Aqui você encontra em notas as últimas e mais importantes notícias semanais do agronegócio nacional e internacional
Grave seca interrompe escoamento de grãos em corredor estratégico no norte
O grupo brasileiro de terminais portuários Amport anunciou a interrupção do transporte de grãos pela hidrovia do Tapajós, em razão da severa seca que atinge o norte do Brasil, reduzindo drasticamente os níveis de água do rio. O rio Tapajós é um corredor logístico essencial que conecta as regiões centro e norte do país, facilitando o escoamento de grãos provenientes de estados agrícolas importantes, como Mato Grosso, o maior produtor de soja do Brasil. O rio permite o transporte desses grãos até os portos da região amazônica, desempenhando papel crucial na exportação brasileira. A navegação de comboios de barcaças no Tapajós está suspensa desde a passada e a retomada das operações só deve ocorrer em novembro, caso as chuvas esperadas se concretizem.
Senado debate ampliação do transporte ferroviário
A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado discutiu a qualidade e a expansão do transporte ferroviário, essencial para o escoamento de produtos do agronegócio e da indústria. A senadora Rosana Martinelli (PL-MT), autora da audiência, destacou a importância das concessões ferroviárias e os gargalos existentes, afirmando que um sistema de transporte eficiente é vital para a competitividade do agronegócio e da indústria no Brasil. O agronegócio depende de um sistema de transporte eficaz para escoar a produção de grãos, carnes e outros produtos agrícolas para os mercados internos e externos. De forma semelhante, a indústria precisa de transporte rápido e confiável para garantir que seus produtos sejam competitivos. O senador Fernando Farias (MDB-AL) destacou a necessidade de atualizar e compartilhar os desafios do setor de infraestrutura com o governo, enfatizando que, embora todos precisem de ferrovias, a construção é cara e a operação deve ser viável. Ele mencionou que a sazonalidade no agronegócio pode ser resolvida por meio da estocagem, como no setor sucroalcooleiro.
Ícone da raça nelore recebeu homenagem
Um dos maiores símbolos da pecuária moderna teve sua história relembrada em live promovida pela Central Leilões com transmissão pelo Canal do Boi e retransmissão pela ABCZ TV. Evento contou ainda com pacotes especiais de doses de sêmen do reprodutor e prenhezes de suas melhores filhas. O touro Backup, nascido 2001 em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, que faleceu de morte súbita em fevereiro de 2016 no auge dos seus 15 anos. Ícone indiscutível da raça no país, registrou mais de 460 mil filhos nascidos e recordista de produção de sêmen no Brasil, com 1 milhão de doses produzidas e comercializadas. O animal continua a gerar descendentes em todo o país, através das doses de sêmen armazenadas. Backup era propriedade de um condomínio formado pela CRV Lagoa em conjunto com Ricardo de Castro Merola, João Roberto Françolin, Pedro Novis e Iporanga Agropecuária.
Amazônia elege apenas 8% das candidaturas indígenas no primeiro turno
Em 2024, os nove estados da Amazônia Legal tiveram o maior número de candidaturas indígenas (1.274) desde o início dos registros por etnia do Tribunal Superior Eleitoral, mas só 107 se elegeram no primeiro turno, 8% do total. O Amazonas é o estado que mais escolheu candidatos indígenas (47), representando 44% do total eleito, sendo três prefeitos, 96 vereadores e oito vice-prefeitos. Ainda assim, houve um aumento de 32% no número de indígenas eleitos neste ano em comparação aos 81 eleitos em 2016. Em relação a 2020, houve um aumento de 7%, já que, naquele ano, foram eleitos 100 prefeitos, vice-prefeitos e vereadores indígenas. Esses números são definitivos, já que não existem candidatos indígenas disputando segundo turno.
Radar que detecta eventos meteorológicos extremos a 100 km de distância é instalado
Um novo radar meteorológico de alta tecnologia foi instalado no estado de São Paulo, com capacidade de detectar eventos climáticos extremos em um raio de até 100 km. O equipamento foi adquirido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com a Agência Metropolitana de Campinas (AgemCamp) e conta com o apoio da Defesa Civil. O radar foi instalado no Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da universidade. A previsão é que o equipamento comece a operar de forma experimental em dezembro, contribuindo para a previsão e monitoramento de eventos climáticos. A expectativa é que a nova tecnologia reforce as ações da Defesa Civil, ajudando na prevenção de eventos climáticos que possam colocar vidas em risco. Os dados coletados pelo radar serão integrados ao Sistema de Radares do Governo de São Paulo, que já conta com um equipamento de alta tecnologia instalado em Ilhabela, no litoral, com um alcance de até 120 km.
Mapa aumenta fiscalizações no setor de importação de bebidas
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) intensificou, em 2024, suas auditorias no setor de importação de bebidas, incluindo vinhos e derivados da uva, com o objetivo de regularizar o mercado importador. A iniciativa visa assegurar a equidade na concorrência entre importadores e produtores nacionais, bem como garantir que os consumidores tenham acesso a produtos de qualidade, em conformidade com as normas brasileiras. As auditorias realizadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) mapearam processos de importação que não tiveram suas certificações finalizadas entre os anos de 2021 e 2024, identificando irregularidades em 1.255 casos. As falhas, atribuídas exclusivamente às empresas importadoras, incluem perda de amostras, abertura de processos duplicados, falta de controle interno sobre os trâmites necessários e inconformidades na rotulagem dos produtos. Em resposta a essas irregularidades, o Mapa emitiu 390 ofícios e 138 intimações para que as empresas envolvidas corrigissem as pendências. Essas irregularidades resultaram em 126 autuações de empresas importadoras, referentes a 518 processos irregulares. As ações do Mapa buscam garantir que todos os importadores de bebidas estejam sujeitos às mesmas regras aplicadas aos produtores nacionais, promovendo um ambiente de concorrência justa. As medidas visam assegurar que produtos importados não tenham vantagem competitiva por meio de práticas comerciais irregulares, como a ausência de inspeção ou o desrespeito às normas de qualidade e segurança. As empresas importadoras terão a oportunidade de regularizar suas pendências, e aquelas que não cumprirem as exigências poderão enfrentar sanções adicionais, a fim de garantir a conformidade do setor com a legislação vigente.
Conab estima nova safra recorde
A primeira previsão oficial do governo para a safra de grãos 2024/25 indica mais um crescimento para a agricultura no país que, confirmado, dará novo recorde de produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma safra de 322,5 milhões de toneladas, 8,3% superior à estimativa de colheita de 2023/24. Esse desempenho seria fruto de uma área de cultivo 1,9% maior, com 81,34 milhões de hectares em três períodos distintos. E de uma produtividade média 6,2% maior, com 3.964 quilos por hectare. A produtividade, neste momento é fruto de dados estatísticos, uma vez que a segunda e a terceira fase de plantio de 2024/25 estão muito distantes. Neste momento, estão sendo semeadas as culturas de verão, como soja, primeira safra de milho e de feijão. Carro-chefe do agronegócio nacional, a soja deve apresentar um crescimento de 2,8% na área semeada, mesmo com o atraso no plantio devido ao tempo seco. A estimativa é que a produção cresça 12,7%, para 166,05 milhões de toneladas.
STF suspende lei sobre invasões de terras em Mato Grosso
Por unanimidade, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, em sessão recente, suspender a aplicação da Lei nº 12.430, de 05 de fevereiro de 2024 do estado de Mato Grosso, que previa sanções severas para quem cometesse invasões de terras no estado. A lei estava inativa desde 17 de setembro, quando o ministro Flávio Dino, relator do caso, concedeu uma decisão monocrática que já havia interrompido sua aplicação. A decisão final, agora referendada por todos os ministros, solidifica a suspensão, destacando questões de inconstitucionalidade na legislação. A lei impôs uma série de punições aos invasores de terras, tanto urbanas quanto rurais, em Mato Grosso. Entre as principais medidas, estava o enquadramento desse tipo de delito no Código Penal, além de impedir que os invasores tivessem acesso a benefícios sociais, cargos públicos de confiança e contratos com o governo estadual. Essas sanções, conforme previsto pela legislação, durariam até o cumprimento integral da pena aplicada ao infrator.
Vaca Girolando produz mais de 100 kg de leite em duas ordenhas
Durante a Expoimp 2024, a Exposição Agropecuária de Imperatriz, no Maranhão, a vaca girolando Verner 01 atingiu a impressionante marca de 100,82 kg de leite em duas ordenhas, tornando-se a maior produtora do Brasil nesse formato de competição, um marco na pecuária leiteira brasileira. O feito, alcançado por meio de um rigoroso protocolo de manejo e tecnologia, reafirma a importância de investimentos em genética, cuidados intensivos e inovação tecnológica na pecuária moderna. O animal pertence ao criador e empresário Rafael Verner, da Verner Agropecuária.
Número de indígenas nas universidades da Amazônia cresce, mas menos de 10% concluem o curso
Em 2022, pouco mais de 6 mil indígenas estavam matriculados em uma das 26 instituições de ensino superior públicas da região. Esse número é três vezes maior do que em 2013, primeiro ano de aplicação da Lei Federal de Cotas (Lei nº 12.711 de 29 de agosto de 2012). Entre 2012 e 2022, o total de estudantes indígenas matriculados cresceu 245% na Amazônia Legal, passando de 1.784 para 6.157. Além disso, o número de ingressantes que iniciaram a formação nesse período aumentou 82,5% (de 635 para 1.159). A análise, que abrange os censos de 2012 a 2022, permitiu comparar a evolução anual da presença indígena nos grupos de ingressantes, matriculados e concluintes. Em 10 anos, de 2012 a 2022, 53.757 indígenas se matricularam em cursos de graduação públicos na Amazônia Legal, mas apenas 5.327 concluíram os estudos, o que representa uma taxa de conclusão inferior a 10%.
Minas Gerais pode guiar a independência do país de fertilizantes
O agronegócio brasileiro importa hoje cerca de 85% dos fertilizantes utilizados para se viabilizar. Um elevado nível de dependência que deixa a economia brasileira vulnerável às oscilações do mercado internacional do insumo. Entretanto, Minas Gerais, principal produtor de fertilizantes do Brasil e da América Latina, pode ter um papel predominante na reversão deste cenário. O estado é o principal player de mineração de fosfato e abriga as maiores reservas do insumo do país, não só pela mineração, mas a parte química também. Minas Gerais têm grande produção de potássicos e muitos projetos de nitrogenados sendo anunciados, sendo responsável pela produção de 8,4 milhões de toneladas de fertilizantes anuais. Número que corresponde a 62,5% da produção nacional. Para atingir as metas do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) do Brasil reduzir para 50% a dependência dos fertilizantes até 2050, ações já estão sendo desenvolvidas no estado que pode liderar essa empreitada.
Com seca e ação humana, fazendas lideram áreas queimadas no cerrado
De janeiro a setembro de 2024, o fogo consumiu 8,4 milhões de hectares do cerrado, uma área equivalente às proporções da Áustria. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, isso representa um aumento de 117%. Os territórios mais afetados foram as fazendas, com 3,9 milhões de hectares incendiados, quase a metade do total do período. As Terras Indígenas ficam em segundo lugar em maior área afetada, com 2,8 milhões de hectares incendiados. Áreas militares, unidades de conservação e terras públicas não destinadas também tiveram aumento. Os quilombos e assentamentos foram os únicos territórios com redução da área queimada quando comparadas à área média dos anos anteriores. As informações foram divulgadas pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
Governo envia projeto que aumenta pena para crimes ambientais
O governo federal anunciou o envio ao Congresso Nacional, com regime de urgência constitucional para apreciação dos legisladores, de um projeto de lei que endurece as penas para quem comete crimes ambientais no país. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a proposta aumenta de 4 para 6 anos a pena para delitos como o de atear fogo em vegetação, e estabelece que o crime seja inicialmente cumprido em regime fechado de prisão. Atualmente, as penas, que variam de 2 a 3 anos, normalmente não levam à prisão e ainda propiciam a rápida prescrição dos crimes. O regime de urgência acelera as etapas de tramitação e estabelece prazo máximo de 45 dias para a deliberação da matéria, em cada uma das casas legislativas. A medida é uma resposta à onda de incêndios florestais que devastou o país ao longo dos últimos meses, em praticamente todas as regiões.
Cinco países abrem mercado para erva-mate brasileira
O governo brasileiro recebeu a notícia de abertura de mercados nos cinco países integrantes da União Econômica Eurasiática (UEEA): Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão para as exportações, de forma simplificada, de erva-mate do Brasil. Trata-se de mais uma abertura comercial no grupo, visto que, ainde neste ano, foram autorizadas os embarques de amêndoas de cacau, suínos vivos, sêmen e embriões bovinos (“in vivo” e “in vitro”), e bovinos vivos reprodutores e de produção para a região. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nos primeiros nove meses de 2024, o Brasil exportou mais de US$ 1 bilhão em produtos agrícolas para a UEEA, com destaque para soja, carne bovina, café e açúcar. Segundo a pasta, com os anúncios recentes, o Brasil alcançou sua 180ª abertura de mercado neste ano, totalizando 258 novas aberturas em 60 países desde o início de 2023.
Associação critica desmembramento de fazenda do IAC
A Fazenda Santa Elisa, que pertence ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC), acaba de passar por um processo de mapeamento e de desmembramento encomendado pelo Governo de São Paulo. Segundo a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), o procedimento inclui uma gleba de 70 mil metros quadrados, denominada de São José, onde existem exemplares únicos de diversas espécies de café, além de abrigar a população mais antiga do mundo de plantas de cafeeiro arábica clonadas por cultura de tecidos, sendo mais de 20 anos de estudo dedicados à avaliação da viabilidade técnica e longevidade desses cafeeiros clonados por Embriogênese Somática. O desmembramento, afirma a APqC, indica que o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura (SAA), mantém o plano de vender áreas experimentais de pesquisa do instituto. Para os pesquisadores, fatiar e vender áreas experimentais de pesquisa reforçam o posicionamento negacionista do Estado de São Paulo diante da emergência climática. Neste momento, em vez de abrir mão destas áreas o governo estado deveria estar ampliando as áreas de pesquisa e conservação. Na Fazenda Santa Elisa, em Campinas, interior de São Paulo, está o maior banco de germoplasma de café do Brasil, um dos principais do mundo. A área experimental reúne cerca de cinco mil “acessos”, que são plantas de diferentes tipos de café, muitos considerados raros e em extinção. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) se manifestou enviando um ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressando preocupações em relação à possível venda de parte da área da Fazenda Santa Elisa e destacando, caso seja concretizada, representa ameaça direta ao patrimônio genético armazenado e às pesquisas em curso, com impacto na sustentabilidade e competitividade da cafeicultura brasileira. Além disso, a Faesp avalia que a eventual transferência das pesquisas para outra localidade seria um processo dispendioso e demorado, comprometendo os avanços científicos em desenvolvimento. A entidade defende que decisões sobre a venda de bens públicos considerem não apenas os aspectos financeiros, mas também os impactos sociais, econômicos e ambientais a longo prazo. Por fim, o ofício solicita ao governador que reconsidere a possibilidade da venda da área e que preserve a unidade de pesquisa do IAC, essencial para o desenvolvimento e a sustentabilidade da cafeicultura e da agropecuária brasileira.
Fiscais do Ministério da Agricultura fecham fábrica clandestina de fertilizantes
Fiscais do Ministério da Agricultura (Mapa) interditaram uma fábrica clandestina de fertilizantes em São Roque, no interior de São Paulo. A ação contou com a participação de agentes da regional de Araraquara, que chegaram ao local após receberem uma denúncia anônima pela Ouvidoria do Ministério. A operação revelou diversas irregularidades, como a falta de registro junto ao Mapa() e a ausência de licença ambiental, além de indícios de fraude nos produtos. A fábrica não possuía registro de estabelecimento e de seus produtos, o que é exigido pela legislação brasileira. Além disso, a empresa não tinha licença ambiental para operar e utilizava equipamentos inadequados para a produção de fertilizantes minerais mistos. Esses fatores levaram à apreensão de 40 toneladas de fertilizantes a granel, usados como matéria-prima, além de 500 sacas de 25 quilos de produtos já embalados e prontos para venda. De acordo com os fiscais, as embalagens indicavam que os produtos eram fertilizantes minerais mistos, mas, na verdade, tratava-se de fertilizante mineral simples. A diferença entre esses produtos pode causar grandes prejuízos aos agricultores, pois fertilizantes não registrados podem apresentar formulações incorretas e desbalanceadas. Seu uso pode gerar desequilíbrio fisiológico nas plantas, comprometendo a produção agrícola. A produção de fertilizantes sem controle adequado pode gerar impactos negativos ao meio ambiente, como a contaminação do solo e dos recursos hídricos. Os fiscais atuaram com base na Lei nº 14.515, de 29 de dezembro de 2022 e no Decreto Federal nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004, alterado pelo Decreto Federal nº 8.384, de 29 de dezembro de 2014, que regulamenta a produção e comercialização de fertilizantes no Brasil. A legislação exige que toda empresa do setor obtenha registros e licenças específicos para garantir a qualidade dos produtos e a segurança ambiental. A fábrica agora tem 30 dias para regularizar sua situação junto aos órgãos competentes, caso contrário, permanecerá interditada e poderá enfrentar outras penalidades previstas na legislação.
MST lança plataforma de investimento para financiar cooperativas
Após o sucesso com a oferta de três Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) desde 2020, um deles com cinco mil investidores interessados, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) criou uma plataforma própria de investimento visando alcançar um público ainda maior. A intenção é levantar R$ 8 milhões em 12 meses para financiar cooperativas formadas por assentados da reforma agrária. A ideia é complementar os instrumentos de financiamento já adotados pelo movimento, não descartando fazer novas emissões de CRA. A principal motivação para criação da plataforma foi a simplicidade e o menor custo da operação. Hoje, a taxa média de juros cobrada dos produtores é de 7,5% ao ano, a depender da linha de financiamento contratada. Com a simplificação, a expectativa é universalizar o acesso ao mercado financeiro a todas as 200 cooperativas da reforma agrária. A plataforma foi aberta ao público com menor capacidade de investimento. Com aportes mínimos de R$ 100, os títulos da dívida oferecerão um retorno pré-fixado de 11% ao ano.
Área plantada com canola bate recorde no RS
A canola é a “bola da vez” entre as culturas de inverno do Rio Grande do Sul. Os gaúchos elevaram a área plantada devido à eficiência da planta na rotação de culturas, combinada com a lucratividade e garantia de compra com preço praticamente fechado já no plantio. Segundo estimativas da Emater-RS, a área plantada da canola, também chamada de “soja de inverno” por sua paridade de preços com o grão mais produzido no Brasil, alcançou o recorde de 135 mil hectares nesta safra em comparação com os 77 mil hectares do ano passado. O volume produzido deve subir de 134 mil toneladas para 226 mil toneladas. A Associação Brasileira dos Produtores de Canola (Abrascanola) tem números diferentes para o estado, que responde por cerca de 95% da produção nacional, mas com a mesma tendência de alta: 179 mil hectares de área plantada neste ano em comparação com os 105 mil do ano passado. A expectativa de colheita é de 270 mil toneladas, a maior da história. A canola não é uma cultura para “plantadores” e sim para agricultores com sistema de produção estabelecido de rotação de culturas porque demanda planejamento, gestão e muito profissionalismo. O cultivo da canola no Brasil esteve em situação de estagnação, com área de 35 mil a 40 mil hectares por dez anos, mas agora está em franco crescimento, podendo chegar a 300 mil hectares nos próximos anos, devido ao avanço na curva de aprendizado dos produtores, que já conseguem produtividades mais altas e consequentemente rentabilidade maior.
Parlamentares e setor agropecuário sulamericano se unem contra a lei antidesmatamento
Parlamentares e representantes do setor agropecuário do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile se reuniram nesta semana na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília (DF), para a 1ª Cúpula Sul-Americana AgroGlobal. Um dos pontos em comum entre os países é a crítica à lei europeia antidesmatamento. Segundo os parlamentares, a União Europeia vai ter que ter um pouco mais de humildade para sentar e entender que o Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai não são colônias. O país está em pleno desenvolvimento e ajudando a dar segurança alimentar para o mundo. Os participantes veem a lei antidesmatamento como uma forma de barreira econômica. Os países do Mercosul são os que menos contaminam no mundo e a UE têm exigências que são também econômicas. Colocam como uma barreira ecológica, mas que é também uma barreira econômica, afirmam os parlamentares. A ideia é elaborar uma carta com intenções com os entendimentos dos setores produtivos dos países participantes da Cúpula. O documento não tem a finalidade de oferecer propostas para os países, mas manifestar os pedidos do setor Agro das nações.
Ministra da Gestão e presidente do BNDES defendem fortalecimento das parcerias com a China
Em um mundo em transição, o fortalecimento das parcerias entre Brasil e China é fundamental para que o mundo caminhe para uma nova governança global, mais justa, inclusiva e verde, defenderam a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na abertura da conferência internacional “Governança global e cooperação China-Brasil”, realizada nesta semana, no Rio de Janeiro. Co-organizada pela Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CBAE-UFRJ), a conferência marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre China e Brasil. A coordenação entre Brasil e China é fundamental para garantir um caminho de desenvolvimento sustentável, enfrentar as crises econômicas globais e promover reformas na arquitetura financeira internacional. As dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento precisam de uma abordagem integrada, em que a modernização produtiva abra caminho para a transição verde, garantindo que nenhuma pessoa seja deixada para trás nesse processo, defendeu Esther Dweck. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, lembrou que a parceria entre Brasil e China se torna agora ainda mais relevante do que foi na última década, quando o país asiático se tornou o principal parceiro comercial do Brasil.
MST procura parceria com a China para utilizar energia solar em cooperativas
O dirigente do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stedile esteve na China para realizar diálogos com instituições e empresas que já iniciaram parcerias envolvendo assentamentos do movimento. Stedile está a procura de solução para um problema energético que enfrentam as cooperativas camponesas no Brasil, incluindo as do MST. O movimento tem 185 cooperativas e 1,9 mil associações, que levam adiante 120 agroindústrias de pequeno e médio porte. As principais cadeias produtivas nos assentamentos do MST são de arroz, leite, carne, café, cacau, sementes, mandioca, cana-de-açúcar e grãos, de acordo com o movimento. As agroindústrias precisam de vapor, água quente, para pasteurizar os alimentos e essa pasteurização é atualmente feita em caldeiras à lenha. Stedile pretende gerar calor através da energia solar com a tecnologia conhecida como heliotérmica, através de um sistema que utiliza espelhos ou lentes que concentram a luz solar em um receptor onde um líquido é aquecido e logo pode girar uma turbina ou alimentar um motor para gerar eletricidade. existem pelo menos quatro tipos principais desses sistemas e o sistema Fresnel, com a qual espelhos de posições ajustáveis, refletem os raios solares em direção ao tubo absorvedor, e o fluido de transferência transporta o calor, é o tipo de sistema desenvolvido pela Beijing Zhaoyang Solar Thermal Technology, com cujos representantes, a delegação do MST se reuniu.
Brasil não terá horário de verão em 2024
O Brasil não vai ter horário de verão este ano. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a decisão e, segundo ele, após reuniões com especialistas do setor energético e das empresas vinculadas ao ministério, a conclusão foi de que não haveria necessidade da medida em 2024. Alexandre Silveira afirmou que o custo-benefício do horário de verão neste ano seria pequeno, já que começaria apenas em meados de novembro. Após o verão, o governo vai avaliar a necessidade ou não da medida para 2025, disse ele.
Nova portaria do MPA encerra a captura da albacora bandolim em 2024
O Ministério da Pesca e Aquicultura publicou a Portaria n° 358, de 10 de outubro de 2024 que declara que, após terem atingido a cota de 259 toneladas estabelecidas na Portaria Interministerial MPA/MMA n° 12, de 02 de agosto de 2024, está encerrada a captura da albacora bandolim (Thunnus obesus) pelas embarcações das modalidades 1.3 espinhel de itaipava e 1.4 espinhel boiado da Instrução Normativa MPA/MMA n° 10, de 10 de junho de 2011. Segundo o MPA, as embarcações das modalidades referidas deverão realizar o último desembarque da albacora bandolim até 20/10/24. Por fim, elas poderão retornar para pescaria, contanto que devolvam ao mar todos os indivíduos da espécie capturados e registrar o descarte no Mapa de Bordo.
Governo lança programa de R$ 1 bilhão para produção e compra de arroz
O presidente Lula lançou o Programa Arroz da Gente para incentivar a produção e formar estoques de arroz no país. O programa contará com um investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão, destinado à compra de até 500 mil toneladas do grão. A iniciativa tem como objetivo permitir que pequenos e médios produtores assinem contratos de opção com o governo federal, garantindo a compra de sua produção a preços previamente estabelecidos. Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que os parâmetros dos contratos foram definidos em parceria com os ministérios da Fazenda e da Agricultura. O programa faz parte do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab), lançado após um leilão fracassado de arroz importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em maio. A medida visa garantir o abastecimento e estabilizar os preços, que tiveram um aumento de até 100% em algumas regiões após as inundações no Rio Grande do Sul, estado responsável por cerca de 70% da produção de arroz no Brasil.
PIB do agronegócio caiu 1,28% no segundo trimestre
O PIB do agronegócio registrou queda de 1,28% no segundo trimestre de 2024, acumulando retração de 3,50% no ano, segundo cálculo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com a pesquisa, o desempenho do setor foi impactado no primeiro semestre pela redução do valor bruto da produção, pressionado, por sua vez, sobretudo pelas quedas nos preços e, em alguns casos, pela menor produção esperada para o ano. No segmento agrícola, a queda acumulada é de 5,1% no semestre, após recuo de 1,22% no segundo trimestre. O resultado foi puxado pelo desempenho 11% menor no mercado de insumos, de 5,39% em serviços e 4,69% nas atividades primárias.
Embrapa lança tecnologia que renova e devolve pasto turbinado para a pecuária
A Embrapa e Latina Seeds confirmaram, para o próximo dia 29 de outubro, às 19:30 (horário Brasília), o pré-lançamento oficial do Sistema Diamantino (mecanismo para renovação de áreas degradadas da pecuária com geração de renda durante o processo e sem conversão para lavoura). O objetivo é permitir que o pecuarista brasileiro tenha acesso à nova tecnologia (totalmente desenvolvida em Mato Grosso do Sul, mas com aplicabilidade em várias regiões do país) em tempo de experimentá-la no ciclo 2024/2025. Na ocasião, pesquisadores da estatal e a direção da Latina Seeds, apresentarão o detalhamento técnico e aplicação do novo sistema. Para facilitar, tudo acontecerá de forma online e com acesso gratuito, aberto a qualquer cidadão. O “Diamantino” segue o conceito de renovação da Embrapa, que é restaurar a produção de forragem introduzindo uma nova espécie ou cultivar, em substituição à anterior, procedimento geralmente indicado quando mais de 40% do pasto está degradado. A transmissão será feita de forma exclusiva pela Embrapa através de seu canal no Youtube.
Milhões de sacas de café não são exportadas por atraso nos portos
Os atrasos significativos nos portos brasileiros e alterações frequentes nas escalas de navios tem gerado um problema financeiro à cadeia do café: em setembro, 2,155 milhões de sacas do grão deixaram de ser embarcadas pelo caos logístico, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A apuração identificou que o Brasil deixou de receber R$ 3,2 bilhões em receita pelo não envio dessas milhões de saca(NEG)s, que são equivalentes a 6.529 contêineres do produto. Para chegar a este valor nominal, a entidade calculou o preço médio Free on Board (FOB, em inglês) de setembro, de US$ 269,40 por saca do café verde, e a média do dólar a R$ 5,5410 em setembro. Somente em setembro, 69% dos navios, ou 190 de um total de 277 embarcações, tiveram alteração de escalas ou atraso para exportar café nos principais portos do Brasil, conforme o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela startup ElloX Digital em parceria com o Cecafé. O cenário fica ainda mais crítico quando se analisa o prejuízo que os exportadores de café vêm acumulando devido à falta de infraestrutura portuária adequada para cargas conteinerizadas no país.
Ator critica sertanejo
O ator Pedro Cardoso, conhecido por interpretar Agostinho Carrara na série “A Grande Família”, fez críticas severas à música sertaneja atual em uma entrevista à Rádio Bandeirantes. As declarações começaram a ganhar repercussão na última quarta-feira (16) e provocaram reações de artistas e fãs do gênero nas redes sociais. Durante a entrevista, Cardoso questionou a autenticidade do sertanejo contemporâneo, afirmando que ele se distanciou das tradições e temas originais do gênero. Segundo o ator, o sertanejo tradicional falava sobre a vida no sertão e as dificuldades do campo, enquanto as músicas atuais se concentram em temas mais superficiais. “Acho injusto chamar isso de sertanejo. Sertanejo é: ‘no rancho fundo, bem pra lá do fim do mundo’. Isso é sertanejo”, afirmou Cardoso. E continuou, “O único assunto que eles têm [hoje] é a questão da masculinidade e da fidelidade feminina”. O ator classificou o sertanejo atual como “a música do fascismo brasileiro”. Segundo ele, o gênero é vazio de conteúdo e se repete em temáticas limitadas. “É uma música vazia de interesse teórico, sobre assunto nenhum. É uma música sobre ser corno ou não ser corno“, afirmou. Cardoso também fez observações sobre a influência da cultura norte-americana no sertanejo atual, sugerindo que o gênero foi “importado” e moldado para atender ao mercado, alegando que o sertanejo moderno perdeu suas características genuinamente brasileiras.
BNDES aprova R$ 258 mi para centro de inovação e desenvolvimento da macaúba para combustíveis
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 257,9 milhões para a Acelen implantar um centro de inovação tecnológica – o Acelen Agripark – focado em pesquisa e desenvolvimento da cultura da macaúba, planta nativa brasileira de alto poder energético. A unidade faz parte do projeto integrado da empresa para produção de diesel renovável (RD – renewable diesel) e combustível sustentável de aviação (SAF – sustainable aviation fuel) baseado no desenvolvimento da cultura da macaúba, incluindo a sua domesticação e o cultivo em terras degradadas. Esse é o primeiro financiamento do banco voltado ao desenvolvimento de SAF, considerado o “combustível do futuro”. Com recursos do Programa BNDES Mais Inovação, a operação visa aumentar a produtividade e a competitividade em um setor de potencial exportador. O projeto permitirá o desenvolvimento de novas mudas de macaúba e a seleção dos maciços com maior potencial de produção de óleo e estruturação de banco de germoplasma. A tecnologia permitirá a seleção das melhores plantas para a produção de sementes, clonagem e melhoramento genético.
Imagens de satélite mostram novas áreas de garimpo em terras indígenas
Novos pontos de garimpo nas Terras Indígenas (TIs) Kayapó e Yanomami, que já estão no topo das mais prejudicadas pela atividade, foram identificados pelo Greenpeace. Os locais ficam distantes de outros focos de exploração mais antigos e já consolidados. A organização informa que de julho a setembro deste ano o garimpo provocou o desmatamento de 505 hectares nas TIs Kayapó, Yanomami, Munduruku e Sararé. A medição do perímetro destruído foi feita com o uso de imagens dos satélites Planet Lab e Sentinel-2. A organização afirma que quando se observam as mudanças nas três primeiras TIs, constata-se um aumento de 44,48% da área desmatada no trimestre analisado em comparação com o mesmo período de 2023. O território dos kayapó foi o que mais perdeu florestas, com aumento de 35% de área, no período de análise. No total, foram desmatados 315 novos hectares, o que equivale a aproximadamente duas vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo. De acordo com o Greenpeace, a TI Kayapó atingiu outros três recordes no trimestre: maior concentração de área de garimpo (15.982 hectares); maior quantidade de novas áreas desmatadas para a atividade garimpeira; e maior concentração de incêndios florestais em 2024. Em relação à TI Yanomami, a área total de garimpo é de 4.123 hectares, dos quais 50 hectares são mais recentes, registrados no trimestre avaliado. Nesse caso, o aumento foi ligeiramente menor do que o da TI Kayapó, de 32%.
Especialistas apontam falência de modelo de privatização
Especialistas apontam a falência do modelo de privatização do setor de distribuição elétrica no Brasil e a falta de planejamento da empresa concessionária Enel e da prefeitura como determinantes na demora da restauração da energia elétrica na capital paulista. O apagão ainda atinge parte da capital paulista até hoje. Para especialistas do setor, a deterioração da qualidade da prestação de serviço na distribuição de energia elétrica, como observada em São Paulo, evidencia a falência do modelo do setor elétrico brasileiro, baseado na privatização e na regulação estatal do setor. A questão principal aqui é que o modelo faliu, pois se refere a um setor monopolista. Para eles, não é possível que a concorrência atue do ponto de vista a beneficiar o consumidor. A regulação do setor, executada por uma agência reguladora – que tem como função defender o interesse público no modelo privatizado do setor – também tem se mostrado falha.
São Paulo terá primeira planta industrial de combustível de aviação sustentável
O estado de São Paulo receberá a primeira planta industrial dedicada à produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês). O projeto será desenvolvido a partir do biogás gerado por resíduos de biomassa do setor sucroenergético, uma das principais indústrias da região. Com investimentos de 7,8 milhões de euros, o projeto é fruto de uma parceria entre o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha e a empresa Geo Bio Gas & Carbon. A iniciativa conta ainda com o apoio da Copersucar e financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Do total do investimento, 1,5 milhão de euros virá de recursos públicos alemães. A nova planta, que deve começar a operar em 2025, terá capacidade inicial para produzir cerca de 750 litros de SAF por dia. Este combustível poderá ser misturado ao querosene de aviação (QAV), diminuindo a pegada de carbono do transporte aéreo.
HarmonyOS Next ganha data de lançamento
Após muita expectativa e rumores, a Huawei confirmou a data oficial de lançamento do HarmonyOS Next estável. O novo sistema operacional é totalmente independente do Android. A empresa chinesa disse que o software deve ser apresentado no dia 22 de outubro, às 19:00 (8:00 horas da manhã no Brasil). Um detalhe interessante do teaser é que o logotipo do HarmonyOS Next está estampado em cima de uma grande esfera, que representa a assistente pessoal Celia, indicando que a Huawei também pode usar a sua conferência para apresentar novidades baseadas em Inteligência Artificial, uma vez que rumores indicam a presença de uma assistente mais proativa no HarmonyOS Next. O software 100% chinês terá um ecossistema próprio de aplicativos e serviços, e foi desenvolvido para ser um sistema operacional totalmente independente do Android e terá versões não apenas para smartphones, mas também para tablets, PCs, Smart TVs e dispositivos de casa inteligente.
Encerrou o prazo de 90 dias do Caso de Newcastle no RS
Na última quinta feira (17), em reunião conjunta entre o setor avícola do RS, ABPA, SEAPI e MAPA, teve como pauta principal o encerramento dos 90 dias do caso de newcastle no RS. Após este prazo e cumpridos todos os requisitos e procedimentos definidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a expectativa do setor é de encerramento de embargos às exportações avícolas gaúchas por parte de alguns países que ainda mantém restrições. No dia 11 de outubro, o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura (DSA) emitiu a Nota Técnica 26 que traz a cronologia dos procedimentos e critérios adotados para a solução e finalização do caso de Doença de Newcastle dentro dos 90 dias, preconizados pela OMSA. A nota foi encaminhada a todos os países que ainda mantém embargos ao Rio Grande do Sul e as autoridades vêm dialogando com adidos agrícolas e representantes governamentais destes países com vistas a viabilizar a retirada dos embargos.
Produtores e empresas do agro renegociam R$ 90 bi em dívidas
Empresas e produtores do agronegócio brasileiro estão renegociando cerca de R$ 90 bilhões em dívidas, em um momento em que os juros altos afetam as companhias, já pressionadas por problemas climáticos, aumento de custos e queda dos preços das commodities. O crescimento das dívidas elevou o número de pedidos de recuperação judicial no setor, que está em nível recorde e, mais recentemente, envolveu em particular as revendedoras de insumos. Em relação às empresas do agronegócio listadas na B3, há R$ 12 bilhões em processo de renegociação no curto e médio prazos, o que corresponde a 6% do volume total dos débitos das empresas que estão na bolsa. Em um outro grupo, de empresas não listadas, tendo como métrica a participação do setor no produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), e produtores rurais, estima-se que as dívidas em renegociação estão entre R$ 70 e R$ 80 bilhões. Mais da metade dos integrantes desse grupo têm vencimentos no curto prazo, ou seja, em até um ano. Assim, somando as duas cifras, a projeção é de que até R$ 90 bilhões estejam em processos de renegociação.
Vassoura de bruxa entra para lista de pragas quarentenárias presentes no país
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria SDA/MAPA nº 1.188, de 15 de outubro de 2024, que altera a lista de pragas quarentenárias presentes no país. A normativa inclui algumas pragas nessa listagem, além de acrescentar estados em que foram detectadas ocorrências de pragas que já estavam na lista. A classificação tem quatro modalidades e uma delas é a praga quarentenária presente, “praga de importância econômica potencial para uma área em perigo, presente no país, porém não amplamente distribuída e que se encontra sob controle oficial”. Além disso, esse cadastro tem outros aspectos como a espécie hospedeira da praga e os locais de ocorrência. A normativa inclui na listagem a vassoura de bruxa – Rhizoctonia theobromae (Ceratobasidium theobromae) – que até então, figurava na relação de pragas quarentenárias ausentes, ou seja, ainda não ocorridas no Brasil. O Mapa incluiu a mandioca (Manihot esculenta) como hospedeira e o estado do Amapá com casos registrados da praga, até então o único nessa lista.
Foram atualizadas as normas sobre clonagem de animais no Brasil
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 5010, de 2013 que fomenta o desenvolvimento tecnológico e atualiza o regramento da fiscalização de material de multiplicação animal no Brasil. A aprovação do projeto proporcionará normas claras para o uso de biotecnologias de reprodução, além de trazer segurança jurídica à atividade pecuária e científica e proporcionar mais transparência aos mercados nacional e internacional. Nas últimas duas décadas, houve um aumento exponencial no uso de biotécnicas de terceira geração, que incluem a produção in vitro de embriões (PIVE) e a transferência nuclear de células somáticas, mais conhecida como “clonagem”. Desta forma, a realidade do mercado deixou de ser devidamente coberta pelo marco legal então existente. O projeto visa corrigir essa defasagem e regulamentar questões relativas ao uso comercial da PIVE e da clonagem, atualizando e modernizando o regramento legal.
Indígenas Avá-Guarani são atacados com caminhões, tratores e pauladas no Paraná
A comunidade Avá-Guarani, localizada na Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavira, em Guaíra, oeste do Paraná, foi alvo de mais um ataque violento por parte de fazendeiros nesta semana. O conflito deixou dois indígenas feridos, um após ser atropelado por uma caminhonete e outro golpeado a pauladas por homens identificados como funcionários de uma propriedade rural da região. Segundo relatos dos moradores da comunidade, um caminhão e quatro tratores carregados de veneno avançaram sobre a comunidade de Yvyju Avary, dentro da TI, alegadamente a mando de um fazendeiro que reivindica a expulsão dos indígenas da área. A Força Nacional de Segurança Pública foi acionada para intervir, e as vítimas foram levadas ao hospital de Guaíra. “Os fazendeiros estão com o caminhão cheio de não indígenas atacando os parentes. Tiveram atropelamentos e também mataram os cachorros da comunidade”, declarou a liderança indígena Nazany Martins. Segundo a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), a comunidade Avá-Guarani vive em constante tensão devido às investidas de proprietários rurais contra os territórios indígenas em processo de regularização. Um dos fazendeiros da região aceitou negociar a venda de suas terras para a demarcação da TI, enquanto outro optou por resistir violentamente, gerando a escalada dos conflitos. Esse ataque é parte de uma série de agressões que vêm ocorrendo nos últimos meses.
Morre um dos maiores nomes da raça Senepol
O criatório Senepol 3G se despediu de um verdadeiro ícone da raça Senepol, o touro Hunter T.E. 3G, falecido em 16 de outubro de 2024. Nascido em 15 de agosto de 2012, Hunter 3G tornou-se um dos principais nomes da genética Senepol no Brasil, consolidando-se como um marco no desenvolvimento dessa raça no país. A morte do animal gerou grande comoção no meio pecuário, tanto pelo seu impacto na evolução genética da raça quanto pela representatividade que alcançou no cenário nacional. Hunter T.E. 3G não foi apenas um touro de excelência genética, mas também um símbolo do potencial da raça Senepol no Brasil. Ao longo de sua vida reprodutiva, contribuiu para a disseminação de uma genética aprimorada e selecionada, impactando diretamente a qualidade dos rebanhos por onde seu DNA foi transmitido. Para muitos, ele representou um divisor de águas no melhoramento genético da raça Senepol no Brasil. Sua influência pode ser medida pela qualidade dos rebanhos que ajudou a formar e pelos resultados obtidos nas propriedades que apostaram em sua genética.