APICULTURA -  Como montar um apiário

Manchetes da semana - 13 a 19-07-2024

Governo quer defensivos e ultraprocessados no imposto seletivo

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ainda busca a inclusão dos defensivos e dos alimentos ultraprocessados no imposto seletivo na regulamentação da reforma tributária. O tema ficou fora do projeto de lei de regulamentação aprovado nesta semana na Câmara dos Deputados. Ele afirmou que espera que o Senado “corrija algumas decisões da Câmara“, propondo que defensivos e alimentos ultraprocessados estejam no imposto seletivo. Ainda segundo palavras do ministro, “Inclusive para subsidiar o fato de não ter imposto para frutas, verduras e proteínas”. A pasta apresentou uma série de demandas para a reforma tributária ao Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados. Para Teixeira, são medidas necessárias do ponto de vista da saúde pública. “Causam doenças graves, como a obesidade, no caso dos ultraprocessados”, disse. Segundo Teixeira, quem venceu o debate na Câmara foi o lobby da indústria e agora o Senado teria que fazer esse debate com a sociedade. A Casa vai avaliar o projeto de regulamentação da tributária a partir de agosto. Hoje, os insumos agropecuários estão sob o escopo do regime diferenciado, com alíquota reduzida em 60% ante a geral. O setor produtivo é contrário às medidas, alegando que a maior taxação dos agroquímicos inflaciona o custo de produção e que sobretaxar alimentos ultraprocessados torna inviável o acesso da população de baixa renda a estes produtos.

EUA confirmam 4 novos casos de gripe aviária em trabalhadores

Quatro trabalhadores de granja avícola no estado do Colorado foram diagnosticados com gripe aviária, segundo autoridades de saúde dos Estados Unidos. Os novos casos elevam o total dos EUA para 9 desde que o primeiro caso humano do surto atual foi detectado em 2022, também em um trabalhador de avícola do Colorado. Oito dos nove casos foram relatados este ano. Uma quinta pessoa com sintomas está sendo testada, mas os resultados ainda não foram divulgados. Os trabalhadores abatiam aves em uma fazenda no nordeste do Colorado e todos tiveram contato direto com aves infectadas.

La Niña em ação
La Niña em ação

Brasil se prepara para mudanças no clima com La Niña a caminho

Após um período sob a influência do El Niño, o Oceano Pacífico Equatorial dá sinais de que pode estar entrando em uma nova fase climática: a La Niña. Modelos de previsão indicam uma crescente probabilidade, de até 58%, do fenômeno se estabelecer até outubro deste ano. La Niña, o oposto do El Niño, é caracterizada pelo resfriamento anormal das águas do Pacífico e pode ter impactos significativos no clima global. No Brasil, a La Niña tende a trazer um aumento das chuvas na região Sul e potencial para secas no Nordeste, invertendo o padrão observado durante o El Niño. No entanto, a intensidade e distribuição geográfica desses efeitos podem variar. Enquanto o Pacífico se prepara para a possível chegada da La Niña, o Atlântico também apresenta anomalias. O aquecimento anormal das águas do Atlântico Norte, conhecido como Dipolo do Atlântico, já causa impactos no Brasil, com temperaturas 1,3°C acima da média e redução das chuvas no norte da Região Nordeste. Com a possibilidade da La Niña e a persistência do Dipolo do Atlântico, o cenário climático para o Brasil nos próximos meses apresenta desafios e incertezas.

Exportação de mel e própolis movimenta R$ 7,7 milhões para Ásia e Europa

A ApexBrasil promoveu uma rodada de negócios do Exporta Mais Brasil em Teresina, PI. Participaram 19 produtores nacionais do setor apícola se reuniram com oito compradores estrangeiros de seis países, resultando em um movimento de mais de R$ 7,7 milhões. O evento contou com a participação de empresas brasileiras de mel e própolis e representantes internacionais da Tailândia, Bangladesh, Reino Unido, Polônia, Espanha e Emirados Árabes Unidos.

Empresa de fertilizantes vai instalar três unidades no Rio Grande do Sul

A empresa de energia renovável BeGreen Bioenergia e Fertilizantes vai instalar três plantas industriais no Rio Grande do Sul, em Passo Fundo, Tio Hugo e Vacaria. Em reunião com as secretarias de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), foram discutidos a elaboração de um memorando de entendimento com o governo estadual(https://www.estado.rs.gov.br/inicial) e o encaminhamento da licença ambiental para operação de unidades de produção de fertilizante verde. A BeGreen fabrica amônia verde, produzida a partir de hidrogênio e nitrogênio verdes. O resultado final é um fertilizante nitrogenado cujo volume utilizado nas lavouras do RS é 100% importado. A empresa já atua em Passo Fundo, onde possui uma usina-escola no campus da Universidade de Passo Fundo.

Rebanho

Receita investiga sonegação de quase R$ 1 bilhão em venda de gado

A Receita Federal deflagrou a Operação Rei do Gado, uma megaoperação que mira um esquema de sonegação fiscal e vendas fraudulentas de gado que movimentou R$ 1,4 bilhão, causando um prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos. A Receita Federal e o Gaeco mobilizaram centenas de agentes e desencadearam a operação simultaneamente em São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Tocantins, Goiás e no Distrito Federal. Com um total de 50 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, a ação revelou um esquema de sonegação fiscal que envolvia a falsificação de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e a emissão de notas fiscais fraudulentas. O montante sonegado em impostos federais chega a impressionantes R$ 300 milhões. o esquema fraudulento envolvia servidores públicos, contadores, laranjas, fantasmas, compradores e transportadores de gado que movimentaram 448.887 bovinos.

Justiça condena fazendeiros à prisão por desmatamento para criação de gado

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) confirmou a condenação de dois fazendeiros acusados de desmatamento ilegal em áreas de especial preservação na amazônia para criação de gado. As decisões foram proferidas pela 3ª e 10ª Turmas do Tribunal. Em um caso, julgado em julho, um fazendeiro desmatou 111 hectares em Trairão, no Pará. Ele usou motosserra para limpar o terreno e criar gado de leite. O fazendeiro confessou ser dono da área e ter cometido o crime. O desembargador federal Néviton Guedes, relator do caso, destacou que a intenção criminosa do acusado é clara. A maioria do Colegiado manteve a condenação. Em outro processo, julgado em junho, o fazendeiro desmatou 56,49 hectares em Itaituba, também no Pará. Ele também confessou o crime e disse que usou a área para criar gado, plantar mandioca e capim. Em ambos os casos, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) coletou provas que confirmaram a autoria e materialidade dos crimes. A relatora, desembargadora federal Solange Salgado da Silva, destacou que as provas contidas no processo confirmam de forma suficiente a materialidade e a autoria criminosa. O TRF1 trocou a pena de prisão neste caso por duas medidas: prestação de serviços à comunidade e pagamento de uma multa equivalente a 10 salários mínimos.

Pronaf passa a ter linha de financiamento com foco na regularização fundiária

O Pronaf possui agora uma nova linha financiamento com foco na regularização fundiária. O Pronaf Regularização Fundiária, é uma iniciativa voltada a todas as etapas de regularização fundiária de imóveis rurais, incluindo despesas com serviços de georreferenciamento, tributos, emolumentos e custas cartoriais. A linha de financiamento será de R$ 10 mil, com taxa de 6% ao ano, e prazo de pagamento de dez anos, incluídos três anos de carência. Para acessar o programa é necessário ter o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) válido ou a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa, além disso, procurar o agente financeiro (bancos ou cooperativas de crédito) ou profissional/empresa habilitada, para elaboração e acompanhamento de projetos de crédito do Pronaf junto aos agentes financeiros e realização de serviços de regularização fundiária.

Brigadistas com apoio de helicoptero para o combate de incêndios no pantanal
Brigadistas com apoio de helicoptero para o combate de incêndios no pantanal

96% dos incêndios foram extintos ou controlados no pantanal

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança climática (MMA) comemora mas mantém as equipes mobilizadas. Segundo os técnicos, no momento se tem 56% de um total de 55 incêndios já extintos, 40% em processo de serem controlados e 4% em combate. Mesmo com esse resultado, as equipes estão de prontidão pois a partir desse final de semana chegará uma onda de calor, com baixa da umidade relativa do ar, portanto, há risco de novos incêndios. Estão nesse trabalho, o Corpo de Bombeiros, Ibama e ICMBio para salvar o pantanal, a biodiversidade e os sistemas econômicos que estão sendo colapsados pela emergência climática. A mobilidade para o trabalho dos brigadistas em decorrência das novas regras, a operação conjunta entre os governos e as instituições, além do crédito extraordinário (que permite agilizar a contratação e pagar os brigadistas na nova modalidade) são fundamentais para o trabalho de combate aos focos na região.

Raça Purunã terá projeto de aprimoramento

Os atributos do gado de corte Purunã vêm ganhando o reconhecimento e atraindo cada vez mais criadores de diversas regiões do país. A raça, genuinamente paranaense, foi desenvolvida por pesquisadores do antigo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), atual IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e oficialmente reconhecida há apenas oito anos. A Purunã é a primeira raça de bovino para corte desenvolvida no Paraná e a única criada por um centro estadual de pesquisa no Brasil. A ACP (Associação dos Criadores de Purunã) está promovendo um amplo recadastramento dos animais Purunã, puros ou cruzados, para uma detalhada avaliação genética, um pente-fino para saber exatamente a dimensão e qualidade do rebanho. O projeto de identificação genética permitirá ganhar 10 anos de evolução em apenas dois anos. A estratégia foi discutida recentemente com o IDR-Paraná e vai assegurar mais assertividade na realização de cruzamentos para transmissão aos descendentes de determinadas características desejáveis dos genitores.

Novo foco de monilíase do cacaueiro é confirmado no Amazonas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a ocorrência de um novo foco de monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri) no município de Urucurituba, Amazonas. Os dados indicam que a suspeita foi identificada em 24 de junho durante ações de vigilância fitossanitária conduzidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), e confirmada por meio de análise laboratorial realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO). Medidas emergenciais foram prontamente discutidas e implementadas em conjunto com as autoridades locais, antes mesmo da confirmação oficial da doença. Procedeu-se com a interdição imediata da propriedade afetada para evitar qualquer propagação da praga, implementou-se técnicas de erradicação para eliminar a monilíase na propriedade foco e proibiu-se o trânsito de frutos e amêndoas do município afetado para outras regiões.

Colheita de maçã em Santa Catarina
Colheita de maçã em Santa Catarina

Produção de maçã cai 24% em Santa Catarina

As adversidades climáticas impactaram a safra 2023/2024 da maçã em Santa Catarina, resultando em uma produção de 423 mil toneladas, uma redução de 24% em comparação com as 552,2 mil toneladas da safra anterior, conforme dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). Santa Catarina, maior produtora nacional de maçã, está intensificando investimentos em pesquisa e programas de incentivo para aumentar a produtividade. A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) está desenvolvendo ações contínuas junto à Epagri, Cidasc e Ceasa para implementar novas tecnologias no cultivo. São Joaquim, principal município produtor de maçã em Santa Catarina, teve 63% de sua área destinada ao cultivo da fruta. Em 1º de julho de 2024, a Prefeitura de São Joaquim declarou situação de emergência devido às chuvas intensas, conforme o Decreto nº 277/2024. O relatório da Epagri/SJ estima perdas de 20% na produção da variedade Fuji e 30% na variedade Gala.

Indústria de alimentos anuncia R$ 120 bi em investimentos até 2026

Representantes da indústria de alimentos confirmaram, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana, investimentos de R$ 120 bilhões no país até 2026. Serão destinados cerca de R$ 75 bilhões para ampliação e modernização de plantas, além da construção de novas unidades em todo o Brasil. As empresas do setor também vão aportar R$ 45 bilhões em pesquisa e desenvolvimento. Parte desses investimentos já havia sido anunciada. Entre as iniciativas estão aplicações de R$ 15 bilhões da JBS na expansão produtiva, especialmente em Mato Grosso, de R$ 7 bilhões da Nestlé na ampliação de fábricas e da produção de café em Araras (SP) e de R$ 5,6 bilhões da BRF em diversos frigoríficos pelo país. A entidade informou que, do total, R$ 23 bilhões já foram investidos em 2023.

Funai monitora conflitos envolvendo indígenas em quatro estados

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em colaboração com outros órgãos competentes, informou que está acompanhando e adotando providências quanto à mediação de conflitos em áreas tradicionalmente ocupadas por indígenas nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Bahia, ao mesmo tempo em que atua solicitando apoio para o atendimento e proteção dos povos envolvidos. Segundo o órgão, diante dos fatos de violência extrema contra os povos indígenas, o Governo Federal, através do MPI (Ministério dos Povos Indígenas) e Funai, organizaram duas missões para deslocamento aos locais de conflitos a partir desta semana, com o objetivo de ampliar a atuação na mediação de conflitos fundiários em Mato Grosso do Sul e no Paraná. A ação ocorre em conjunto com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), sob a coordenação do MPI.

A Cetesb estima que entre 10 e 20 toneladas de peixes morreram no desastre ambiental que assolou o Rio Piracicaba
A Cetesb estima que entre 10 e 20 toneladas de peixes morreram
no desastre ambiental que assolou o Rio Piracicaba

Milhares de peixes morrem no Rio Piracicaba devido à poluição

O vazamento de dejetos industriais na última semana no Rio Piracicaba, no interior paulista, deve ter provocado a morte de dezenas de toneladas de peixes, aponta levantamento preliminar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que destaca como sendo o registro mais relevante ocorrido na região. Assim que recebeu as primeiras denúncias sobre o odor alterado do Rio Piracicaba e a mortandade de peixes, a Cetesb solicitou à empresa concessionária da Usina Hidrelétrica de Salto Grande, em Americana (SP), o aumento do vertimento de águas do reservatório. O Rio Piracicaba recebeu, então, um incremento de volume de água com oxigênio dissolvido, o que contribuiu para a diluição da poluição. Mas a abertura de comportas não foi o suficiente para evitar a mortandade de peixes, que foram encontrados na região do Tanquã, área de preservação ambiental (APA) localizada rio abaixo 60 quilômetros de Piracicaba. A contaminação da água na região do Tanquã é um risco não apenas para os peixes, mas também para aves e outros animais silvestres que utilizam o mesmo ambiente. Segundo o órgão, a responsável pelo desastre ambiental é a Usina São José S/A, do Grupo Farias, localizada em Rio das Pedras (SP). À Polícia Civil, a companhia negou ser a responsável pelos dejetos e atribuiu o ocorrido à má qualidade do tratamento do esgoto pela Prefeitura de Rio das Pedras.

Cumprimento do Código Florestal evitaria a perda de 32 milhões de hectares de vegetação

O cumprimento das regras do Código Florestal, que obriga os proprietários de terras a preservarem reserva legal (RL) conforme o bioma em que estão, além de áreas de preservação permanente (APP) em suas propriedades, já pouparia a abertura de 32 milhões de hectares de vegetação nativa entre 2020 e 2050. O cálculo é de 35 pesquisadores da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), que lançaram o “Sumário para Tomadores de Decisão” (STD) nesta semana. O documento trata dos desafios associados ao modelo de uso da terra predominante no país atualmente por meio do agronegócio empresarial e as soluções para tornar a agropecuária uma prática mais sustentável e inclusiva. O estudo retoma um cálculo do MapBiomas, segundo o qual a área utilizada para a agricultura no Brasil cresceu 95,1 milhões de hectares em 38 anos (1985 a 2022). Na maioria dos casos, o avanço da atividade agropecuária deu-se às custas da destruição da vegetação nativa, o equivalente a 10,6% do território nacional. Na avaliação dos pesquisadores, esse modelo de expansão agrícola intensificará a pressão sobre unidades de conservação e terras indígenas, com impactos negativos para o meio ambiente e as comunidades locais.

Justiça bloqueia R$ 292 milhões de fazendeiro por desmatamento

A Justiça Federal bloqueou R$ 292 milhões em bens de um fazendeiro acusado de desmatar e queimar 5,6 mil hectares da amazônia entre 2003 e 2016, determinando ainda a implantação de sumidouros de carbono para compensar as emissões de gases do efeito estufa, informou a Advocacia-Geral da União (AGU). A decisão, proferida em uma ação civil pública por dano climático movida pela AGU em nome do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é a maior já obtida pelo órgão em casos dessa natureza. Acusaram o fazendeiro de desmatar áreas nos municípios de Boca do Acre e Lábrea, no Amazonas, emitindo 901 mil toneladas de gases do efeito estufa. A AGU argumentou que o dano é duplo, pois além das emissões, o desmatamento removeu plantas que absorvem carbono da atmosfera. A quantia de R$ 292 milhões foi calculada com base em parâmetros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estabelece um custo de 60 euros por tonelada de carbono emitida.

Michel Teló é produtor rural em Mato Grosso do Sul - Foto: João Vitor
Michel Teló é produtor rural em Mato Grosso do Sul – Foto: João Vitor

Fazenda de Michel Teló em MS é multada por desmatamento irregular

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu inquérito para apurar supostos danos ambientais causados por desmatamento irregular na Fazenda Esperança, em Campo Grande, pertencente à família do cantor Michel Teló. O inquérito se baseia em autuação pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) por remoção de mata nativa em área de 1,5 hectare (15 mil metros quadrados). A assessoria de Teló informou que a fazenda já respondeu ao MP estadual e a área foi regularizada, conforme solicitado pelos órgãos ambientais. A fazenda tem 942 hectares e o próprio cantor, que é sócio da propriedade, anunciou em rede social que a família está entrando no ramo da soja. O desmate foi flagrado em abril do ano passado por imagens de satélite. O laudo do Imasul aponta “desmate de área de vegetação nativa em duas áreas distintas, somando 1,596 hectare, sendo que 0,604 hectare está localizado em Área de Preservação Permanente, e 0,992 hectare em área úmida de APP, na qual foi realizada a construção de um tanque. Ambas as áreas estão inseridas em Área de Proteção Ambiental Municipal da bacia do Córrego Ceroula”.

Preço da maioria das hortaliças e frutas registra queda em junho

Os preços da cenoura, da alface, do mamão e da melancia registraram queda de cerca de 20% em junho, em média, nos principais mercados atacadistas do país, mostra o 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A pesquisa considera as cinco frutas (laranja, banana, mamão, maçã e melancia) e hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Ministro Fávaro propõe medidas para simplificar exportações

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com Frank Rogieri, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), para discutir estratégias que possam agilizar e aumentar a competitividade das exportações de produtos agropecuários brasileiros. Durante o encontro, foram apresentadas propostas para tornar mais eficiente o processo de exportação de madeira e grãos através do Porto de Paranaguá. O Brasil, como signatário da Convenção Internacional de Proteção Vegetal da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (IPPC/FAO), adere às normas da ISPM-15, que exige que as madeiras usadas no transporte de cargas sejam tratadas e identificadas com a marca IPPC. Mesmo mantendo os rigorosos padrões de Defesa Agropecuária, o ministro busca simplificar os procedimentos portuários, garantindo a fiscalização necessária de maneira mais rápida. “Conquistamos a abertura de 160 novos mercados para os produtos agropecuários brasileiros, mas nosso objetivo é tornar as exportações ainda mais eficientes e expandir a presença dos produtos nacionais no mercado global”, afirmou Fávaro.