APICULTURA -  Como montar um apiário

Manchetes da semana - 15 a 21-06-2024

Governo instala sala de crise para seca e incêndios

O governo federal instalou uma sala de situação preventiva para tratar sobre a seca e o combate a incêndios no país, especialmente no pantanal e na amazônia. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, há um agravamento dos problemas de natureza climática e as consequências chegarão mais cedo este ano, com repercussão ambiental “muito grave”. O pantanal já vive uma estiagem severa, com escassez hídrica em toda a bacia. Historicamente, a escalada de incêndios acontece em agosto, mas já há, agora, pelo menos, 15 focos identificados. Segundo o Ibama, o pantanal nunca teve fogo no primeiro semestre do ano.

Governo do RJ concede linha de crédito para produtores de flores

De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio), para este ano, há uma expectativa de um aumento de 15% em relação a 2023, gerando um impacto positivo para a economia estadual. Para impulsionar o setor, o programa Florescer, do governo do estado, em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, concede aos produtores de flores, um empréstimo com juros de 2% ao ano. Desde o ano de 2020 até o momento, o Florescer ofereceu 129 contratos, gerando cerca de R$ 1.9 milhão em empréstimos. De acordo com dados da Emater-Rio de 2023, a floricultura do estado do Rio conta com 906 produtores para uma área de produção com cerca de 1600 hectares. O faturamento global do setor, anualmente, é de R$ 516 milhões.

Treinamento dos agentes de defesa civil para a operação SP Sem Fogo
Treinamento dos agentes de defesa civil para a operação SP Sem Fogo

Defesa Civil de SP capacita agricultores para combate a queimadas

As oficinas de prevenção e combate a incêndios florestais da Defesa Civil do Estado de São Paulo contaram, neste ano, com a participação de 2 mil agentes de 450 municípios paulistas. Pela primeira vez, as atividades de controle de queimadas tiveram a participação de agricultores. O objetivo da iniciativa, que integra a operação SP Sem Fogo, foi instruir os produtores rurais sobre as principais técnicas para evitar queimadas de grandes proporções no período de estiagem. ‌Entre abril e maio, o órgão realizou 15 capacitações em diferentes regiões do estado. Os treinamentos foram presenciais e cada etapa teve duração de dois dias. Nos cursos, os participantes – que também englobam agentes de defesa civil municipais – aprendem sobre previsão meteorológica para o período de estiagem, planos de contingência, emissão de alertas e comunicação em desastres.

Rio Grande do Sul deixa de produzir quase 400 mil litros de azeite em 2024

A produção de olivas e a safra de azeites 2023/2024 foram avaliadas nesta semana pela Câmara Setorial das Oliveiras da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O excesso de chuvas, desde a floração até a colheita, foi o principal motivo que causou a quebra na produção de azeites de oliva. A redução foi na ordem de 73% frente à expectativa inicial da coordenação do Programa Estadual de Desenvolvimento da Olivicultura (Pró-Oliva) e de 67% referente à produção de azeite obtida em 2023. Passou de 580.228 litros no ano passado para 193.150 litros em 2024. Os dados da safra 2023/2024 foram levantados junto aos 25 lagares do Rio Grande do Sul. A área plantada estimada está próxima a 6.500 hectares, enquanto a área estimada em idade produtiva (quatro anos ou mais) em 5.000 hectares.

Incidência de greening aumenta 56%

O greening, conhecido também como Huanglongbing (HLB), emerge como uma das mais severas ameaças à citricultura mundial, deixando um rastro de devastação em plantações ao redor do globo. Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a incidência média de laranjeiras com sintomas da doença no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais alcançou 38,06% no último ano. Esse aumento de 56% em relação a 2022 marca o sexto ano consecutivo de crescimento acelerado da doença na região. O HLB, transmitido pelo psilídeo asiático Diaphorina citri, desafia os citricultores globalmente devido à sua dinâmica epidemiológica complexa. Diferentemente de outras doenças de culturas anuais, uma vez que uma árvore cítrica é infectada, as opções de controle são limitadas. O HLB tem sido um obstáculo significativo para os citricultores em todo o mundo, requerendo abordagens inovadoras para sua contenção.

Tempestade danifica telhados de imóveis no município de São Luiz Gonzaga, RS - Foto: Brigada Militar
Tempestade danifica telhados de imóveis no município de São Luiz Gonzaga, RS
Foto: Brigada Militar

Microexplosão causa severos estragos em São Luiz Gonzaga/RS

No último sábado (15), por volta de 22:30, ocorreu, na cidade de São Luiz Gonzaga, um fenômeno classificado pela Sala de Situação do Estado como uma microexplosão, decorrente de uma intensa instabilidade associada a uma frente-fria estacionária, juntamente com o fluxo de umidade do norte do país. A Defesa Civil do Estado deslocou uma equipe até a cidade no início da madrugada de domingo para apoiar a administração municipal. De acordo com o levantamento da prefeitura, cerca de 1200 residências, quatro escolas, dois postos de saúde, o prédio da Secretaria Municipal da Saúde, o Museu Arqueológico e diversos estabelecimentos comerciais foram destelhados por ventos fortes e queda de granizo. Além da Defesa Civil estadual e municipal, atuam na cidade guarnições da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar e equipes da administração municipal. A microexplosão trata-se de um fenômeno que pode ocorrer quando existem tempestades intensas com muitas descargas elétricas, granizo e muita água na sua base. Quando a nuvem não suporta mais a quantidade de água, ela “despeja” toda essa quantidade significativa de chuva em direção ao solo, fazendo com que ocorra muita precipitação em pouco tempo, geralmente sendo acompanhada de rajadas de vento que podem chegar a 150 Km por hora.

União Europeia aprova regulamento para restauração da natureza

O Conselho da União Europeia adotou formalmente o primeiro regulamento de restauração da natureza, medida que visa restaurar pelo menos 20% das áreas terrestres e marinhas da UE até 2030 e todos os ecossistemas que necessitam de restauração até 2050. Este regulamento estabelece metas específicas e legalmente vinculativas para a restauração da natureza em diversos ecossistemas, desde terrestres até marinhos, de água doce e urbanos. O principal objetivo do regulamento é mitigar as mudanças climáticas e os efeitos de desastres naturais. Além disso, ele ajudará a UE a cumprir seus compromissos ambientais internacionais e a restaurar a natureza europeia. O regulamento abrange uma ampla gama de ecossistemas, incluindo áreas terrestres, costeiras, florestas, agrícolas e urbanas, bem como ecossistemas marinhos, como pradarias marinhas e recifes de coral. Os Estados-membros devem implementar medidas para restaurar pelo menos 20% das áreas terrestres e marinhas da UE até 2030.

Vaca mais cara do mundo vende 100 oócitos por R$ 3,15 milhões

Em um evento que já entrou para a história do agronegócio brasileiro, a vaca Viatina 19 FIV Mara Móveis estabeleceu um novo padrão de excelência e valor no Leilão HRO Experience – Grand Prix. Um pacote com 100 oócitos desta notável representante da raça Nelore foi arrematado por impressionantes R$ 3,15 milhões, um recorde que não só ressalta sua excepcionalidade genética, mas também a reconfirma como a vaca mais cara do mundo, reconhecida pelo Guinness Book. A Fazenda Tapijara, localizada em Arandu (SP), foi o palco para criadores e convidados de mais uma emocionante edição do “Leilão HRO Experience”. A recordista Viatina 19 é proveniente do renomado criatório Mara Móveis – reconhecido como a casa das Viatinas e por sua dedicação ao aprimoramento genético e à sustentabilidade na produção pecuária. A venda dos oócitos não apenas estabelece um novo marco financeiro, mas também destaca a vaca como uma fonte inestimável de características desejáveis dentro da raça Nelore, como adaptabilidade, longevidade reprodutiva e eficiência alimentar, que são essenciais para o sucesso no cenário agropecuário competitivo de hoje.

Beneficiários do acesso à terra

Comissão aprova projeto que eleva crédito para financiamentos de imóveis rurais

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4685/23, que eleva para R$ 400 mil o valor máximo de crédito que as famílias poderão tomar junto ao Fundo da Terra e da Reforma Agrária (FTRA) para a compra de imóvel rural. A proposta traz novos limites compatíveis com o aumento do preço da terra nos últimos anos, resultado da inflação e da pujança do agronegócio. O FTRA financia programas de reordenação fundiária e de assentamento rural, por meio dos quais agricultores sem acesso à terra, ou com pouca terra, podem comprar imóveis rurais com juros e condições de pagamento especiais.

Mercado Público de Porto Alegre reabre

Mercado Público de Porto Alegre, localizado no centro histórico da cidade, retomou as atividades nos dois pisos do prédio. Agora, 53 lojas, bancas e restaurantes reabrem para atender o público de 8:00 às 19:00. O mercado público mais antigo do país estava fechado desde 3 de maio, após a enchente recorde do lago Guaíba. Após 41 dias, o mercado abriu parcialmente com 16 restaurantes do segundo piso e com as lojas com acesso à rua. A Prefeitura de Porto Alegre informou que o acesso ao prédio ocorrerá pelos quatros portões principais da avenida Borges de Medeiros, do Largo Glênio Peres, da avenida Júlio de Castilhos e do Terminal Parobé. Algumas bancas ainda estão em obras e permanecerão fechadas por mais alguns dias.

Comissão de Agricultura pedirá ao Cade investigação sobre suspeita de cartel em leilão de arroz

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados vai pedir ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que investigue suspeitas de cartel em leilão de arroz importado. Nesses casos, a Lei de Defesa da Concorrência prevê abertura imediata do inquérito administrativo. O leilão foi cancelado sob a alegação de que as quatro vencedoras não comprovaram capacidade técnica.

A conservação e proteção dos recursos hídricos são fundamentais para a vida em nosso planeta
A conservação e proteção dos recursos hídricos são fundamentais para a vida em nosso planeta

Segurança da água é lei no Paraná

Preservar os recursos hídricos agora é lei no Paraná e em alguns casos o cidadão pode até receber dinheiro para isso. A Lei nº 21.994 de 04 de junho de 2024 cria o Programa Estadual de Segurança Hídrica na Agricultura, que reúne e regulamenta uma série de iniciativas e programas novos e já existentes para a proteção, produção e conservação da água no estado. Segundo a legislação, por exemplo, o agricultor familiar pode receber incentivos financeiros para realizar ações práticas de conservação dos recursos hídricos, como a proteção das nascentes e conservação do solo, que irão beneficiar pessoas que vivem muito além da propriedade rural. Dois terços do território paranaense estão sob influência de atividade agropecuária, que também é o maior usuário de recursos hídricos, o que aponta a importância do setor na gestão destes recursos e torna fundamental uma ação de conservação e uso racional.

Servidores ambientais federais aprovam greve em 17 estados e no DF

Em negociação há cerca de seis meses com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), sem avanços, os servidores federais ambientais decidiram pela greve em 17 estados e no Distrito Federal. Representados pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), os funcionários públicos estão vinculados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e ao Serviço Florestal Brasileiro. As assembleias que aprovaram a paralisação, por tempo indeterminado, a partir do dia 24 de junho, ocorreram em nove estados: Acre, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Tocantins. Em outras oito unidades da Federação, que incluem Distrito Federal, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, a greve foi aprovada para começar no dia 1º de julho. O único estado que, até o momento, não aderiu à greve foi o Ceará, que rejeitou a paralisação em assembleia. Os demais estados (Amapá, Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe) vão realizar assembleias nos próximos dias, o que deve ampliar a mobilização.

Vendas nas principais feiras agro batem recorde

As vendas de máquinas agrícolas devem apresentar redução neste ano, mas nas cinco maiores feiras do agronegócio realizadas no primeiro semestre no país o desempenho anunciado foi superior ao registrado nos mesmos eventos no ano passado. Concluída na última semana, a Bahia Farm Show anunciou ter gerado R$ 10,9 bilhões em negócios em Luís Eduardo Magalhães, o que representa 32,7% de alta em relação aos R$ 8,249 bilhões da edição no ano passado (R$ 8,56 bilhões, corrigidos pela inflação do período, o que indica um aumento real de 27,34%). Com os valores anunciados na Bahia, o faturamento das cinco maiores feiras realizadas neste ano – Agrishow, Show Rural Coopavel, Expodireto Cotrijal, Tecnoshow Comigo e Bahia Farm Show – chegou a R$ 47,86 bilhões, ante os R$ 46,65 bilhões (corrigidos pela inflação) das mesmas feiras no ano passado. A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Máquina e Equipamentos (Abimaq) para o ano, porém, é de queda nas vendas, e foi o que mostrou o balanço do primeiro trimestre.

Vacas jerseys pastando

PR quer recuperar pastagens degradadas

Em relação à produção agropecuária e a preservação do meio ambiente, os próximos seis anos serão desafiadores para o estado do Paraná. O Brasil, através do Plano ABC +, comprometeu-se com a meta de redução da emissão de carbono em 1 bilhão de toneladas até 2030 e o Paraná tem um papel decisivo, sendo um dos principais estados do agronegócio brasileiro. O Paraná estabeleceu como meta recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas, expandir os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, que devem ocupar mais de 500 mil hectares, além de avançar na qualificação do uso do sistema de plantio direto de grãos em 400 mil hectares. O Paraná tem 2,3% da área nacional e as metas traçadas devem diminuir 15% do total da redução esperada para todo o Brasil até 2023. Entre as estratégias também está priorizar o uso de bioinsumos e de sistemas de irrigação, além da ampliação em 78 milhões 900 mil metros cúbicos do manejo de resíduos de produção animal. O estado assumiu ainda o compromisso de aumentar em 60 mil cabeças o número de bovinos terminados de forma intensiva, usando os dejetos para a produção de biogás e biometano.

Câmara aprova projeto de apoio aos produtores rurais do RS

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 1536, de 2024, que concede remissão e posterga o pagamento das parcelas vencidas e vincendas em 2024 de financiamentos relacionados ao setor agropecuário. A medida limita-se a áreas efetivamente atingidas pelos eventos climáticos extremos ocorridos nos municípios do RS com estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecida pelo Poder Executivo Federal. O projeto agora segue para análise do Senado. Conforme o projeto, para ter acesso aos benefícios, os produtores rurais deverão apresentar um laudo técnico que constate as perdas materiais, assinado por um profissional ou entidade habilitada. A homologação dessas perdas será realizada por meio de georreferenciamento das áreas atingidas. Os valores postergados manterão os encargos financeiros vigentes, sem acréscimos de multa, mora ou outros encargos por inadimplemento ou honorários advocatícios. A prorrogação dos débitos não impedirá a contratação de novas operações de crédito rural, nem resultará no registro dos produtores em cadastros restritivos. Durante o prazo de postergação, ficarão suspensas as execuções judiciais, fiscais e os prazos processuais referentes às parcelas renegociadas.

Agroindústria brasileira segue crescendo

A produção agroindustrial brasileira registrou um expressivo crescimento de 12,1% em abril de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com a pesquisa do FGVAgro. Este é o maior aumento para o mês de abril desde 2013. O avanço significativo foi impulsionado, em parte, pelo maior número de dias úteis em abril de 2024 em relação a 2023. No acumulado do ano, a produção agroindustrial teve um aumento de 4,1% em comparação ao mesmo período do ano passado, marcando o melhor primeiro quadrimestre para o setor desde 2018. Este desempenho robusto é atribuído tanto ao segmento de Produtos Não-Alimentícios quanto ao segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas. O segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas liderou o crescimento com um aumento de 6,1%. Este setor tem mostrado desempenho positivo desde 2023, reforçando sua importância para a agroindústria brasileira. Por outro lado, o segmento de Produtos Não-Alimentícios, que enfrentou uma contração de -2,1% em 2023, começou 2024 de forma mais favorável, registrando um aumento de 1,3%. No entanto, dentro desse segmento, o setor de Insumos Agropecuários continua a apresentar resultados negativos. Apesar do desempenho promissor nos primeiros meses de 2024, o setor agroindustrial enfrenta desafios à frente. No próximo mês, serão divulgados os dados sobre os primeiros impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul, um dos estados mais relevantes para a agroindústria brasileira. Esses dados serão cruciais para avaliar quanto do crescimento acumulado até agora poderá ser perdido devido à crise climática.

Ilustração do extensionismo rural
Extensão rural

MDA quer criar sistema de assistência e extensão rural

No dia 17 de junho, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), junto com a Embrapa, realizou um workshop em Brasília para desenvolver diretrizes do Sistema Unificado de Assistência Técnica e Extensão Rural (SUATER). O objetivo foi fortalecer o suporte técnico aos agricultores familiares e promover uma agricultura brasileira mais sustentável e inclusiva. Durante o workshop, o MDA enfatizou quatro desafios centrais que o SUATER pretende enfrentar. Primeiramente, destacou-se a necessidade de reduzir as desigualdades sociais no campo, visando diminuir as disparidades persistentes no ambiente rural brasileiro. Além disso, ressaltou a contradição entre uma agricultura robusta e a insegurança alimentar, apontando que, apesar do país possuir vastas áreas agricultáveis e um setor agropecuário forte que exporta globalmente, ainda há 10 milhões de brasileiros em situação de fome. Também abordou-se os desafios da crise climática, argumentando que a agricultura brasileira deve adotar tecnologias avançadas para enfrentar secas e chuvas extremas. Por fim, enfatizou-se a necessidade urgente de transição para uma agricultura digital e sustentável, abandonando práticas químicas obsoletas em prol de métodos mais eficientes e ambientalmente responsáveis. Outro ponto debatido foi a necessidade de fortalecer instituições como a Embrapa e as EMATERs para o sucesso do SUATER, além da importância de apresentar a proposta do sistema ao Congresso Nacional até outubro.

Plano Safra deve superar R$ 500 bi

O Plano Safra 2024/25 deve superar R$ 500 bilhões em recursos disponíveis para financiamentos da agricultura familiar e empresarial, segundo fontes que acompanham as negociações. O montante já havia sido antecipado pelo MAPA e agora está sendo fechado pelo Ministério da Fazenda. O volume, se confirmado, será maior que os R$ 435,8 bilhões disponibilizados para todos os produtores (pequenos, médios e grandes) na safra atual 2023/24. Ao setor produtivo, o Executivo sinalizou que o Plano Safra pode ficar próximo dos R$ 570 bilhões pedidos pelas entidades do agronegócio. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sugeriu ao governo oferta de R$ 470 bilhões para médios e grandes produtores e de R$ 100 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). As demandas dos ministérios envolvidos para os financiamentos superam R$ 532 bilhões.