Aqui você encontra em notas as últimas e mais importantes notícias semanais do agronegócio nacional e internacional
169 novos mercados foram abertos para o agronegócio brasileiro nesse governo
Desde o início do atual governo, foram abertos 169 novos mercados para os produtos do setor, um reflexo direto da retomada das relações internacionais. O Brasil voltou à civilidade e retomou o bom diálogo que sempre teve, a retomada de diálogo com diversos blocos, diversas regiões do mundo, proporcionando novas oportunidades para o agro. Atualmente, o Brasil é um país de oportunidades, mais do que nunca, e no agronegócio, isso tem se demonstrado através das oportunidades que tem proporcionado aos agricultores, aos produtores brasileiros, de venderem seus produtos no exterior. Esse processo impacta o agronegócio gerando muita empresa, empregos, sobretudo no interior do país.
Projeto de lei propõe a reativação de fundo federal para ações de defesa agropecuária
Após articulação do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) com o setor produtivo e o legislativo federal, foi protocolado nesta semana o Projeto de Lei nº 3179/2024, que visa a reativação do Fundo Federal de Defesa Agropecuária. A proposta também contempla outras medidas para melhorar as condições de trabalho dos auditores agropecuários e, consequentemente, oferecer mais qualidade e eficiência nas inspeções de alimentos de origem animal para o consumidor final. Criado na década de 1960, o Fundo Federal de Defesa Agropecuária está inativo desde os anos 2000. Se for aprovada, a medida permitirá o financiamento de ações de defesa agropecuária por meio da arrecadação de taxas de registro de produtos e empresas. Um frigorífico que deseje realizar abates aos finais de semana, por exemplo, poderá pagar uma taxa via fundo, que será utilizada para remunerar os servidores que trabalharem além do expediente regular. Chamada de indenização por trabalho durante folga, a compensação virá por meio de taxa paga pelo setor produtivo. O texto do PL também prevê que os auditores tenham a opção de acumular esse tempo de serviço em um banco de horas. O pagamento será realizado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) via fundo, garantindo que o trabalho extra seja remunerado de forma justa. A medida é vista como uma forma de aliviar a sobrecarga dos auditores fiscais, que frequentemente enfrentam longas horas de trabalho em locais distantes de suas famílias. O incentivo financeiro pode atrair outros auditores para estas funções, melhorando a qualidade das inspeções e a defesa agropecuária do país, bem como valorizar a profissão.
China compra 35% de tudo que o agro brasileiro exporta
A China, principal destino de produtos do agronegócio brasileiro, aumentou a sua participação sobre as exportações de produtos agropecuários do Brasil em um ano. Nos últimos 12 meses, de agosto de 2023 a julho de 2024, a China representou 35% de tudo o que foi enviado pelo agronegócio brasileiro ao exterior, segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. Em igual período do ano anterior, o país asiático representava uma fatia de 32,8% das vendas externas do agronegócio brasileiro. A receita dos embarques agropecuários brasileiros à China somou US$ 58,60 bilhões em um ano, de um total de US$ 167,41 bilhões reportados pelo setor no período. Em valor nominal, as exportações de produtos agropecuários à China cresceram 10% em um ano, de US$ 53,29 bilhões para US$ 58,60 bilhões no período acumulado de agosto de 2023 a julho de 2024. Esse incremento foi um dos principais fatores que impulsionaram a alta de 3,2% nas exportações totais do agronegócio brasileiro em um ano. O principal produto exportado para o mercado chinês no último ano foi a soja em grãos, somando US$ 36,55 bilhões, o equivalente a 62,4% das vendas do agronegócio brasileiro para o país asiático.
Lula recebe líderes do MST
O presidente Lula se reuniu com lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Uma das pautas foi a situação no Rio Grande do Sul. O encontro ocorreu na residência oficial do presidente, a Granja do Torto, em Brasília. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que participou da reunião, destacou a ajuda federal para tratar das dívidas de produtores rurais e para a compra de terras para a reforma agrária. A reunião serviu para acertar os ponteiros e avançar na reforma agrária. Discutiu-se a situação do Rio Grande do Sul, das famílias acampadas e assentadas, a crise ambiental, a violência no campo, a desigualdade social e a concentração da terra, as experiências de agroecologia e produção de alimentos. Entre as demandas estão a facilitação do acesso ao crédito, regularização da situação de cerca de 100 mil acampados em todo o país, estruturação de cadeias produtivas, educação na reforma agrária e incentivos para a produção de alimentos agroecológicos e saudáveis para a população brasileira. Além de expor a pauta de reivindicações, os cerca de 35 integrantes do MST ouviram de representantes do governo federal sobre os programas e ações que se conectam com os interesses dos integrantes dos movimentos sociais. Paulo Teixeira destacou a importância do diálogo para acelerar os programas públicos para o campo visando alimentos saudáveis na mesa do povo brasileiro. O governo já conseguiu tirar 24 milhões de pessoas do Mapa da Fome. Ainda existem temos cerca de 9 milhões, mas metade da sociedade ainda não se alimenta adequadamente porque falta produto bom, de qualidade, saudável, na mesa. O MST é parceiro importante na produção de alimentos para o país. O movimento ouviu do presidente o compromisso de uma segunda reunião de trabalho em 30 a 40 dias para que o governo apresente resposta às pautas apresentadas. Houve o comprometimento do governo em acelerar as ações e caminhar de mãos dadas.
Propriedades rurais com acesso à internet atinge 81%
A conectividade no campo nunca foi tão importante para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. De acordo com a pesquisa mais recente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de fazendas com acesso à internet saltou de 78,1% em 2022 para 81,0% em 2023. Este avanço é um reflexo direto do esforço contínuo para integrar tecnologia e inovação no setor rural, superando, inclusive, o ritmo de crescimento registrado nas áreas urbanas. A importância do acesso à internet para as propriedades rurais vai muito além da simples conectividade. A internet no campo é um fator essencial para a modernização das operações agrícolas, a otimização de recursos e o aumento da produtividade. Com a conectividade, os produtores rurais têm acesso a ferramentas que permitem o monitoramento em tempo real das lavouras, gestão eficiente dos recursos hídricos e energéticos, além de facilidades na comercialização de produtos e no acesso a informações de mercado. A pesquisa do IBGE destaca que esse crescimento de 2,9 pontos percentuais na conectividade rural não só representa um avanço significativo, mas também um indicativo de que as fazendas estão cada vez mais conectadas com as tendências tecnológicas. Em 2023, estima-se que 163,8 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel para uso pessoal no país, o que correspondia a 87,6% da população dessa faixa etária. Enquanto 89,6% das pessoas que viviam em área urbana tinham celular para uso pessoal, esse percentual foi de 73,7% entre as pessoas da área rural. O impacto disso é evidente na melhoria da competitividade das propriedades rurais brasileiras, que agora conseguem se posicionar de forma mais estratégica nos mercados nacional e internacional.
República, Márcio Macedo, estiveram na TI em março último, no Pará, para assinatura
de certidão que marca a conclusão da operação de desintrusão do território – Foto: SGPR
Povo Parakanã denuncia novas invasões na TI Apyterewa
Líderes da Terra Indígena Apyterewa viajaram a Brasília e comunicaram a diferentes órgãos federais as novas invasões de fazendeiros, queimadas ilegais, ameaças e ataques. Em março, o povo Parakanã havia recebido uma Certidão de Conclusão de Desintrusão das mãos da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e do secretário-geral da Presidência, Márcio Macedo. O documento concedido declara a retirada dos invasores de dentro do território após anos de ocupação ilegal. O cacique Mama Parakanã afirma que a desintrusão aconteceu, mas não adiantou nada. Os fazendeiros estão voltando, estão trazendo gado novamente. Em junho, houve um ataque mais grave, Dez indígenas que haviam saído para coletar cacau dentro do território foram abordados por homens armados e agredidos fisicamente. Por conta disso, os integrantes do povo Parakanã deixaram de circular livremente na terra indígena. Após a denúncia em Brasília, o MPI informou que o MJSP irá dar continuidade à operação da Força Nacional no território e que a equipe em campo será ampliada. A última portaria de emprego da Força Nacional foi publicada em 10 de abril e determinou a atuação por 90 dias. O prazo acabou há um mês.
Mapfre aprovou seguro rural a cafeicultores da “lista suja” do trabalho escravo
Segundo a Repórter Brasil, a seguradora espanhola Mapfre garantiu apólices do seguro rural para cafeicultores flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão. Em dois dos três casos identificados, os produtores já integravam o cadastro conhecido como “lista suja” do trabalho escravo no momento em que as apólices foram contratadas. Os seguros foram pagos parcialmente com dinheiro público, por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Para auxiliar produtores na contratação de seguros, o PSR cobre até 40% do valor cobrado pelas seguradoras. Os dados dos beneficiados pelo programa foram obtidos pela reportagem via Lei de Acesso à Informação (LAI) (Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011). Os três contratos dos cafeicultores flagrados com trabalho escravo foram assinados em 2023, ano em que a Mapfre recebeu R$ 146,3 milhões de subvenções, figurando como a terceira maior receptora de recursos do PRS. Questionada, a seguradora não esclareceu se houve falha ou ausência de checagem da “lista suja”, tanto no momento da assinatura das apólices como no monitoramento dos segurados. Em nota, a Mapfre afirmou que “continua comprometida com o aperfeiçoamento de seus processos”.
Governo Lula tem baixa execução de orçamento social e ambiental em 2024
O governo federal não tem conseguido gastar valores previstos no orçamento de 2024 em áreas consideradas essenciais para o atendimento da população mais vulnerável do país. Isso é o que mostra o estudo “Balanço semestral do Orçamento da União: janeiro a junho de 2024”, divulgado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). A análise esteve focada em nove áreas: Educação, Direito à Cidade, Geração Distribuída de Energia, Meio Ambiente e Clima, Povos Indígenas, Quilombolas, Igualdade Racial, Mulheres, Crianças e Adolescentes. Para elaborar o relatório, o Inesc avaliou a execução orçamentária de janeiro a julho deste ano. Descobriu que, “com algumas exceções, no geral, os gastos estão muito aquém do desejado”. Em certos casos, não há qualquer execução entre janeiro e junho deste ano. Os dados de janeiro a junho preocupam, embora ainda faltem seis meses para o final do ano – e, portanto, para o gasto de tudo previsto no orçamento –, políticas públicas geralmente dependem de gastos contínuos para que não passem por interrupções. O novo arcabouço fiscal comprimiu o orçamento e muitas áreas precisam esperar para ver como anda a arrecadação para terem uma execução maior. O relatório também indica que a baixa execução não é culpa só do governo federal nem mesmo da gestão atual, pois a União depende de projetos de governos estaduais e municipais para o envio de verbas. Para além disso, é preciso equipes do governo federal para executar recursos previstos no orçamento. Para o Inesc, o desmonte de órgão públicos promovido durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter prejudicado a execução orçamentária. Muitas áreas estão desarticuladas por falta de funcionários. Não é à toa que o governo fez esse enorme concurso unificado.
MPA lança novo canal de comunicação
Nesta semana, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) lançou seu mais novo canal de comunicação com os pescadores de todo o Brasil no WhatsApp: o “Zap do MPA”, iniciativa que, de acordo com o órgão, reforça o compromisso de estar sempre próximo aos pescadores e aquicultores, fortalecendo, ainda mais, a comunidade pesqueira. A ideia com a ferramenta é atender a uma antiga demanda dos pescadores por um contato mais próximo com o ministério. Sendo assim, o órgão apostou justamente no WhatsApp que, de acordo com o Global Overview Report e Digital 2024, é o aplicativo de mensagens instantâneas mais utilizado entre os brasileiros e que de fato, vai auxiliar o MPA nessa aproximação com o setor. E como a ideia é estreitar esse laço com pescadores e aquicultores de todo o país, é preciso ter a figura humana e quem estará à frente do novo canal de comunicação é Pedro da Silva, o novo personagem do MPA no ambiente digital que por sua vez, vai conversar diretamente com o público. O aquicultor ou pescador interessado já pode seguir o Zap do MPA no WhatsApp. Para isso, basta CLICAR AQUI para abrir o aplicativo no celular ou computador de forma automática. Depois, é só clicar na opção “Seguir” ou “Acessar Canal” para assim, se inscrever no canal de transmissão. Após a confirmação, o usuário já estará inscrito e começará a receber as principais informações e novidades diretamente no seu WhatsApp. E para conferir tudo, é só checar a aba “Atualizações” (no celular) ou na aba “Canais” (na versão web).
Mpox não é nova covid
O diretor regional da Organização Mundial da Saúde Europa, Hans Kluge, afirmou que a mpox (doença viral cuja transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas) – independentemente de se tratar da nova variante 1, por trás do surto atual na África, ou da variante 2, responsável pela emergência global em 2022 – não configura “uma nova covid”. Sabe-se muito sobre a variante 2 mas ainda é preciso aprender mais sobre a variante 1. Com base nesse conhecimento, a mpox é transmitida sobretudo através do contato da pele com as lesões, inclusive durante o sexo. Sabe-se como controlar a mpox e – no continente europeu – os passos necessários para eliminar completamente a transmissão. Há dois anos, foi possível controlar a doença na europa graças ao envolvimento direto com grupos mais afetados, incluindo homens que fazem sexo com homens (HSH). Foi implementada uma vigilância robusta, investigando exaustivamente novos contatos de pacientes e fornecendo conselhos sólidos de saúde pública. O diretor da OMS Europa destacou ainda a necessidade de aquisição de vacinas e medicamentos antivirais para os que mais precisam, conforme estratégias de risco.
Decretos excluem Ceagesp e CeasaMinas do Programa Nacional de Desestatização
O presidente Lula editou dois decretos (Decreto nº 12.148, de 19 de agosto de 2024 e Decreto nº 12.149, de 19 de agosto de 2024) para excluir a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) do Programa Nacional de Desestatização (PND). Os atos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU). O primeiro decreto também revoga a qualificação da Ceagesp no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República. Já o segundo decreto determina que os imóveis não operacionais da CeasaMinas ficam qualificados no PPI.
Mercado pet brasileiro deve alcançar R$ 77 bilhões
O mercado pet no Brasil está projetado para atingir um faturamento de R$ 77 bilhões em 2024, de acordo com as estimativas da Abinpet e do Instituto Pet Brasil. Esse crescimento de 12,1% em relação ao ano anterior destaca a expansão contínua do setor. Entre os segmentos do mercado, o de pet food, que inclui alimentos industrializados para animais de estimação, deve registrar um faturamento de R$ 42,3 bilhões, representando 54,9% do total. A venda de animais por criadores segue com R$ 8,1 bilhões, ou 10,6% do faturamento do setor. Produtos veterinários, que abrangem os itens relacionados à saúde animal, contribuem com R$ 8 bilhões, ou 10,4%, enquanto os serviços veterinários totalizam R$ 7,5 bilhões, o que equivale a 9,8%. Analisando os canais de venda, os pet shops pequenos e médios lideram o varejo com previsão de movimentar R$ 37,5 bilhões até o final de 2024. Clínicas e hospitais veterinários ocupam a segunda posição, representando 18% do faturamento, totalizando R$ 13,8 bilhões. As grandes cadeias de mega stores pet completam o top três, com um faturamento estimado em R$ 7,2 bilhões, ou 9,4%. No e-commerce, as informações dão conta de que os pet shops virtuais são os mais destacados, respondendo por 40,6% das vendas online, ou R$ 2,4 bilhões. As lojas virtuais das mega stores ocupam o segundo lugar com 26,8% do faturamento online, equivalente a R$ 1,6 bilhão, enquanto os pequenos e médios pet shops virtuais contribuem com 21,5%, ou cerca de R$ 1,3 bilhão.
