Aqui você encontra em notas as últimas e mais importantes notícias semanais do agronegócio nacional e internacional
Amazonas aumenta fiscalização contra besouro das colmeias
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) vai intensificar as medidas preventivas para evitar a infestação de colmeias pela aetinose, doença que afeta as abelhas e é causada pelo inseto conhecido como pequeno besouro das colmeias (Aethina tumida). Como parte do trabalho de prevenção, a agência vai intensificar as visitas a propriedades que criam abelhas com ou sem ferrão. A ação inclui atividades de educação sanitária junto aos produtores, vigilância ativa das colmeias, reforço na fiscalização das barreiras especialmente nas divisas do estado e orientações sobre a obrigatoriedade da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento oficial que permite o transporte de animais no Brasil. Os técnicos alertam que a notificação do pequeno besouro das colmeias é obrigatória e qualquer pessoa deve comunicar, imediatamente, à Adaf uma suspeita da presença do inseto, seja em sua forma adulta ou em larva. O alerta para o risco da aetinose foi feito após a confirmação oficial da praga em Mato Grosso, pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), em fevereiro deste ano. A medida é essencial para controlar e evitar a disseminação da praga, que torna o mel impróprio para consumo humano e pode causar graves prejuízos econômicos aos apicultores e meliponicultores.
Governo estuda melhorias no serviço de inspeção de produtos de origem animal
Com o objetivo é impulsionar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, apresentou no início da semana para o presidente Lula medidas para melhoria do serviço. Fávaro citou a possibilidade da participação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na capacitação aos produtores por meio de parceria técnica para ampliar o Sisbi-POA. A ideia é aumentar o alcance do sistema nos municípios brasileiros e avançar no número de estabelecimentos cadastrados. O Sisbi-Poa concede o selo nacional a produtos pecuários que atendam aos requisitos de sanidade e manipulação. A meta da pasta é que até o fim do ano 1,8 mil municípios façam a adesão ao sistema, ante os atuais 970. Em março, o governo federal havia anunciado a meta de aumentar a aplicação do sistema de vigilância para 3 mil municípios ao fim de 2026. A ampliação integra também as medidas para enfrentamento da inflação de alimentos.
Brasil e China fazem acordo para exportação de pescados
Brasil e a China assinaram um protocolo que permite a exportação de pescados de origem extrativa para o país asiático, não abrangendo os pescados de cultivo. As negociações para a abertura desse mercado vinham sendo conduzidas desde 2016 e eram uma demanda da Câmara Setorial de Pescados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A norma autoriza o embarque de todos os pescados de origem extrativa que atendam aos requisitos estabelecidos pelas autoridades chinesas. O acordo tem potencial de movimentar até US$ 1 bilhão por ano e representa ao setor pesqueiro, não apenas o fortalecimento das exportações, mas também uma ampliação das perspectivas de crescimento e diversificação de mercados, reforçando a posição do Brasil como fornecedor confiável de alimentos no mercado global e consolida a relação estratégica com a China. No ano passado, a China importou, entre todos os tipos de pescados, US$ 17,9 bilhões.
Brasil tem segundo ano mais violento no campo desde 1985
O Brasil registrou 2.185 conflitos no campo em 2024, o segundo maior índice desde 1985, segundo relatório divulgado esta semana pela CPT (Comissão Pastoral da Terra). Os dados integram o “Caderno Conflitos no Campo 2024”. A publicação, que já teve 38 edições, é um dos mais importantes mapeamentos da violência e da resistência no meio rural brasileiro. O ano passado só não foi mais violento do que o de 2023, quando ocorreram 2.250 casos. Na última década, o aumento de conflitos é de 57%. As ameaças de morte também aumentaram, passando de 219 em 2023 para 272 em 2024 (alta de 24%), o maior patamar dos últimos dez anos. O número de tentativas de assassinato, por sua vez, chegou a 103, aumento de 43% em comparação com o ano anterior, quando ocorreram 72 casos. Em 79% dessas tentativas, as vítimas foram indígenas. Em 52% das ocorrências, foram integrantes de povos originários de Mato Grosso do Sul. Já o total de assassinatos caiu nos últimos dois anos e atingiu o menor patamar da década: foram 13 ocorrências em 2024. Em 2022 foram registradas 47 mortes e, em 2023, 31 ocorrências. O relatório destaca que a maior parte das mortes do ano passado ocorreu em áreas de expansão do agronegócio, as principais vítimas foram indígenas, enquanto os principais responsáveis foram fazendeiros.
Georreferenciamento será exigido para imóveis rurais de até 25 hectares
A partir de 20 de novembro de 2025, todos os imóveis rurais com menos de 25 hectares passarão a ser obrigados a apresentar georreferenciamento em processos de desmembramento, parcelamento, remembramento, partilha ou qualquer forma de transferência de propriedade. A exigência segue o cronograma previsto pela Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001 e pelo Decreto nº 4.449, de 30 de outubro de 2002, que vêm escalonando a obrigatoriedade conforme o tamanho dos imóveis. Desde novembro de 2023, a medida já é aplicada a propriedades com 25 a 100 hectares. Agora, com a inclusão das áreas menores, a legislação se estende a todos os imóveis rurais, independentemente de tamanho, consolidando o mapeamento fundiário do país. O georreferenciamento é o levantamento técnico que define, com precisão, os limites, tamanho e localização geográfica do imóvel rural. O processo deve ser realizado por profissionais habilitados, como engenheiros agrimensores, cartógrafos, arquitetos, urbanistas ou topógrafos, utilizando equipamentos de alta precisão, superiores aos GPS convencionais. O georreferenciamento proporciona segurança jurídica ao proprietário rural, evitando conflitos fundiários e sobreposições com propriedades vizinhas. Além disso, a regularização é frequentemente exigida em processos de financiamento rural, especialmente quando o imóvel é oferecido como garantia.
Vaca bate o próprio recorde e passa a valer mais de R$ 15 milhões
A vaca Ibiza FIV Surreal atingiu uma nova marca histórica. O animal de quatro anos bateu seu próprio recorde de valorização da raça Nelore Pintado, ao ter uma cota de 25% arrematada por R$ 3,8 milhões. A venda, no leilão Nelore Pintado Ibiza, em Uberaba (MG), no último sábado (19/4), elevou o valor da matriz para R$ 15,2 milhões. Surreal pertence às empresas Nelore Ibiza, Grupo GAP, Nelore Pintado OT, Grupo Everest, Agropecuária das Américas S/A, Nelore Syagri e Nelore Pintado Haras L.A.. A vaca já era a mais valorizada na raça, e, agora, estabeleceu novo patamar. Em setembro de 2024, teve uma cota de 33% vendida a R$ 3,15 milhões, deixando-a com um valor total de R$ 9,45 milhões. Até então, a marca era da matriz Idolatria FIV V3, cotada em R$ 9,09 milhões. A genética é o ponto forte de Ibiza FIV Surreal. Ela possui filhos em destaque no mercado, após títulos em diversas exposições em 2023 e 2024, como Expozebu, Fenamilho e Expo Rio Verde. Um deles é Betina Fiv Syagri, com valor de mercado de R$ 5,4 milhões.
Chile passará a importar carne suína do Brasil
O Chile reconheceu o Paraná como zona livre de febre aftosa sem vacinação, o que significa a autorização para importar carne suína de produtores paranaenses. De acordo com o Ministério da Agricultura chileno, a iniciativa é parte dos esforços para evidenciar as relações comerciais entre os dois países, fortalecendo o comércio de produtos agropecuários. As autoridades chilenas seguem negociando a compra de carne com representantes de outras unidades federativas brasileiras que atendam às exigências fitossanitárias impostas pelo Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) do Chile. O reconhecimento chileno é uma demanda antiga dos frigoríficos paranaenses. Em 2024, o estado foi o terceiro maior exportador de carne suína entre as unidades federativas livre de aftosa.
Ruralista Tereza Cristina vai presidir grupo no Senado para regulamentar mineração em terras indígenas
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), criou um grupo de trabalho (GT) com o objetivo de elaborar um projeto de lei para regulamentar a pesquisa e a exploração de recursos minerais em terras indígenas (TIs). A coordenação do GT ficou a cargo da ruralista Tereza Cristina (PP), ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro. Uma proposta legislativa deverá ser apresentada no prazo de 180 dias. A regulamentação da mineração em TIs tomou o debate público em março, quando apareceu em um anteprojeto de lei elaborado pelo gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O documento foi apresentado como proposta de texto final da comissão de conciliação sobre o marco temporal que foi criada pelo magistrado e vem sendo, desde o início, deslegitimada pelo movimento indígena.
Nestlé é multada em R$ 13 milhões por propaganda enganosa
O Procon-SP autuou a empresa Nestlé por publicidade enganosa. A multa é de R$ 13 milhões, calculada com base no artigo 56 do Código de Defesa do Consumidor. A empresa de alimentos pode recorrer da decisão. De acordo com o órgão, a companhia disponibilizou no mercado produtos que “não possuíam ingredientes anunciados na embalagem, caracterizando infração ao Código de Defesa do Consumidor“. A publicidade supostamente enganosa, de acordo com a entidade de defesa do consumidor, estaria nos rótulos dos seguintes produtos, que não conteriam mel em sua formulação: Biscoito Nesfit Aveia e Mel; Biscoito Nesfit Leite e Mel; Nesfit Cookie Cacau, Aveia e Mel. Também foi analisado o produto Mistura de Creme de Leite, cuja composição é Mistura de UHT de Creme de Leite e Soro de leite, um subproduto mais barato, e faz parte do pacote de autuações. Para a entidade, “o consumidor foi claramente induzido a erro quanto às características e à composição dos referidos produtos”. Em nota, a Nestlé afirmou que cumpre as legislações vigentes, incluindo as normas relacionadas à rotulagem e comunicação de seus produtos.
Setor de armazenagem pede R$ 15 bilhões para programa de silos
O custo para construir um sistema de armazenagem para grãos depende de vários fatores como capacidade do silo, tipo de construção, região, mão de obra, materiais, fundação, equipamentos como moegas e secadores. A adoção ou não de inteligência artificial no sistema ou o tipo de manutenção também influenciam. Assim, o custo para erguer uma estrutura pode variar de R$ 2 milhões a R$ 100 milhões. Além dos custos, um dos entraves para o investimento nesses sistemas é a taxa de juros, acima de 25% ao ano no mercado financeiro tradicional. O retorno de um sistema de armazenagem bem feito leva de oito a 12 safras para ocorrer. Com essas taxas é impossível pensar em investir. Para minimizar o problema, os produtores esperam os recursos do PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) do Plano Safra. O problema é que nos últimos anos, os recursos anunciados não foram efetivamente ofertados. No Plano 2024/25, o governo anunciou R$ 7,8 bilhões para a linha, mas apenas R$ 2,95 bilhões foram liberados até março, 38% do total. Há dez anos, eram R$ 4,5 bilhões, mas 100% dos recursos saíam do papel.
Governo lançará edital de leilão de programa para financiar recuperação de pastagens
A Secretaria do Tesouro Nacional vai lançar na próxima segunda-feira (28/4), em São Paulo, o edital do 2º leilão do programa Ecoinvest, com foco no financiamento para a recuperação de terras degradadas. A expectativa na área agrícola do governo é mobilizar US$ 1,5 bilhão em capital privado externo e de contrapartida das instituições financeiras nacionais para a conversão de ao menos 1 milhão de hectares pastagens com degradação ainda em 2025. Técnicos do Ministério da Agricultura estimam que o leilão ocorra até junho. O resultado deve ser homologado em até 45 dias, e os recursos começarão a ser liberados no início de agosto. A pasta, interessada em tirar do papel o programa de conversão de pastagens para apresentar na COP30 de Belém (PA) em novembro, ainda tenta acertar detalhes com a equipe econômica para agilizar o trâmite. No leilão, as instituições financeiras concorrem ao direito de operacionalizar o empréstimo de capital privado estrangeiro mobilizado pelo Ecoinvest mediante contrapartidas e garantias de proteção cambial do recurso que será aplicado. A contrapartida é representada pelo índice de alavancagem, ou seja, quanto de dinheiro próprio os bancos colocarão nas linhas para compor o saldo final dos projetos junto ao dinheiro que eles irão trazer do exterior.
Liberada a importação de tilápia do Vietnã
O Ministério da Agricultura e Pecuária revogou a suspensão cautelar que havia aplicado em fevereiro do ano passado para a importação de tilápia do Vietnã. A decisão de liberar a compra do peixe vietnamita desagradou o setor produtivo nacional. No despacho, relata-se o acolhimento das secretarias de Relações Internacionais e de Defesa Agropecuária de informações prestadas no processo para revogar a proibição adotada em 2024. A Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) reagiu considerando a decisão imprudente. Para a instituição, a revogação da suspensão desconsidera os riscos sanitários apontados anteriormente e ocorre em meio a tratativas comerciais entre os governos do Brasil e do Vietnã. A reversão da medida, sem garantias de que tais riscos tenham sido plenamente mitigados, representa uma ameaça à segurança sanitária dos consumidores brasileiros. A organização solicitará ao Ministério da Agricultura a fiscalização e a testagem de todas as cargas importadas.
Justiça exige que governo paulista apresente impacto nas pesquisas com venda de áreas experimentais
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que o Governo de São Paulo apresente à comunidade científica um plano de ação sobre as pesquisas realizadas nas 35 áreas experimentais que o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende vender. A justiça acolheu pedido da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) e suspendeu uma audiência pública que discutiria a alienação das áreas. O governo recorreu da decisão e conseguiu reverter parcialmente a liminar que impedia a audiência pública. Na decisão, além de exigir o plano de ação sobre pesquisas, a justiça também estabeleceu que o Estado apresente, com no mínimo dez dias de antecedência de uma nova audiência pública, um estudo econômico que justifique a proposta de venda das áreas de pesquisa e o tamanho das áreas que serão alienadas.
Lobos-terríveis seguem extintos, sem evidências científicas de retorno
A afirmação da Colossal Biosciences de que teria trazido de volta à vida o lobo-terrível (Aenocyon dirus), espécie extinta há cerca de 10 mil anos não é aceita por especialistas. Apesar da inovação científica, os profissionais não acreditam que seja um caso de desextinção, visto que a maior parte do DNA vem do Canis lupus (Lobo-cinzento) atual, que é separado por milhares de anos do Aenocyon dirus. Para os pesquisadores, tem-se a impressão de estar olhando para o outro animal, tendo como referência os registros científicos existentes. Mas, se for fazer uma análise genética, ele é muito mais próximo do lobo-cinzento do que do lobo-terrível. Além disso, existem dúvidas em relação ao destino dos três filhotes criados pela empresa. De acordo com os especialistas, a introdução dos animais na natureza não é viável, pois não é uma espécie que conviveria no estado atual do ecossistema. Muitas questões estão em aberto: Ela vai interagir com quais animais? Qual é a dieta dessa espécie? O que a empresa vai fazer com eles?
conquistou o título de Melhor Azeite do Brasil – Foto: Fazenda Tuiuva
Azeite de Maria da Fé entra para a lista dos 100 melhores do mundo pela segunda vez
O azeite Mantikir Summit Premium, da Fazenda Tuiuva, em Maria da Fé, no Sul de Minas Gerais, alcançou reconhecimento internacional ao figurar na lista dos 100 melhores azeites do mundo no Guide Top 100 Evooleum Awards, realizado na Espanha. Com 93 pontos, o rótulo brasileiro não apenas se destacou, mas também conquistou o título de Melhor Azeite do Brasil. Este feito coloca-o como o único azeite das Américas presente na edição deste ano da lista, que avalia exemplares de azeites extravirgens sob rigorosa avaliação técnica. O azeite premiado é um blend de campo, resultado da combinação de quatro variedades de azeitonas: arbequina, coratina, grapolo e koroneiki. O plantio ocorre em Maria da Fé, nos olivais da fazenda, situados a uma altitude de 1.910 metros. As condições climáticas da região, marcadas por temperaturas noturnas amenas mesmo durante o verão, influenciam a concentração de compostos fenólicos no produto final. O processo de produção e envase dos azeites, contudo, ocorre na Essenza Vinícola, em Santo Antônio do Pinhal, município do interior paulista. A colheita é manual prematura com baixo rendimento, respeitando os índices de maturação e a integridade dos frutos. Todo o processo é conduzido de forma precisa, desde o manejo no campo até a extração no lagar, com temperatura controlada a 22°C, o que permite alcançar um azeite de excepcional qualidade.
Setor de flores e plantas ornamentais sofre com falta de mão de obra qualificada
A falta de mão de obra qualificada tem sido um desafio crescente para o setor de flores e plantas ornamentais e, ao que tudo indica, em 2025 não será diferente. A dificuldade em atrair e manter os trabalhadores especializados compromete a eficiência da produção, resultando em atrasos na colheita, aumento de perdas e redução da qualidade dos produtos. Esse cenário ganha contornos ainda mais graves com o envelhecimento da força de trabalho e pela migração de jovens para áreas urbanas ou outros setores mais atrativos, deixando um espaço significativo nas operações agrícolas. Mesmo assim, a expectativa é de crescimento em torno de 6% em 2025. A disparidade do mercado cambial, que tem elevado o preço dos insumos agrícolas também contribui nesse processo, que resiste graças à resiliência dos produtores. Outra questão que aflige é a falta de um seguro específico, uma vez que o setor de plantas ornamentais é muito sensível às mudanças climáticas. Os pequenos produtores, descapitalizados, são os que mais sofrem, já que os grandes investem em mecanização e robotização. Trata-se de um setor muito importante, que precisa de um olhar mais cuidadoso pela fragilidade das plantas e flores.
Onça-pintada que matou caseiro no Pantanal é capturada
A onça-pintada (Panthera onca) responsável pelo ataque fatal ao caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, foi capturada na madrugada desta quinta-feira (24), no pantanal sul-mato-grossense. O animal, um macho de 94 quilos, mais magro que o normal, foi localizado nas proximidades do pesqueiro onde ocorreu o incidente e será encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, para exames clínicos e análise comportamental. O ataque aconteceu no dia 21 de abril, quando Jorge foi visto pela última vez no pesqueiro onde trabalhava. Horas depois, seus restos mortais foram encontrados por um guia turístico, que também sofreu um ataque da mesma onça, mas sobreviveu com ferimentos no braço. A tragédia alarmou a comunidade local e levantou preocupações sobre a interação entre humanos e felinos no bioma pantaneiro. Cerca de 10 policiais militares ambientais participaram da ação de captura da onça. Segundo especialistas, ataques desse tipo são extremamente raros, mas podem estar relacionados à escassez de presas naturais ou ao comportamento defensivo do animal. A captura da onça permitirá uma avaliação detalhada para entender os fatores que levaram ao ataque e determinar o destino do felino. O CRAS será responsável por verificar se a onça pode ser reintroduzida na natureza ou se precisará ser mantida sob cuidados humanos. Autoridades ambientais reforçam que a presença de onças-pintadas no pantanal é essencial para o equilíbrio do ecossistema e alertam para a importância da preservação do habitat natural da espécie.