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Manchetes da semana – 27-07 a 02-08-2024

Manchetes da semana - 27-07 a 02-08-2024

Brasil conclui caso de Newcastle

O foco da doença de Newcastle em um aviário comercial de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, é considerado encerrado pelo governo brasileiro, que formalizou a decisão em comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Todas as informações técnicas indicam a conclusão do foco. Todas as informações serão repassadas para os países, sobre o diagnóstico atual e as ações tomadas. Com a conclusão do foco e com as suspeitas descartadas – cinco testes realizados apresentaram resultado negativo para o vírus -, o Mapa espera a retomada da comercialização para os mercados com suspensão das emissões de certificados de exportação.

250 mil peixes morreram no desastre do Rio Piracicaba

Noventa e oito toneladas de material orgânico foram retiradas do Rio Piracicaba, grande parte composta por peixes 250 mil mortos. A poluição no Rio Piracicaba atingiu a área de preservação do “minipantanal paulista”, que ocupa território equivalente a 14 mil campos de futebol. Estimativa é de 9 anos para recuperação. Foi a maior mortandade de peixes já registrada no Rio Piracicaba em um trecho de 70 quilômetros. As famílias que vivem da pesca, decisivas na operação, contarão com um crédito de um milhão de reais disponibilizado pelo governo paulista. O dano ambiental gerou uma multa de R$ 18 milhões à Usina São José, de Rio das Pedras, SP, apontada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) como a origem da poluição que gerou as mortes dos animais.

Carne suína

Brasil bate recorde em exportações de carne suína

De acordo com dados do Agrostat/MAPA, o Paraná registrou o segundo melhor primeiro semestre de sua história em exportações de carne suína em 2024, desde o início da série histórica em 1997. Entre janeiro e junho, foram exportadas aproximadamente 79 mil toneladas de carne suína, ligeiramente abaixo do recorde histórico de 81 mil toneladas alcançado no primeiro semestre de 2023, representando uma queda de 1%. As informações foram divulgadas no Boletim de Conjuntura Agropecuária nesta semana pelo Departamento de Economia Rural (Deral). O Brasil, por sua vez, registrou o melhor primeiro semestre da história, com a exportação de aproximadamente 590 mil toneladas de carne suína, um aumento de 2% em relação a 2023, quando foram exportadas cerca de 579 mil toneladas.

Governo gaúcho anuncia R$ 201 milhões à agricultura familiar

O governo do Rio Grande do Sul lançou ontem o Programa Agrofamília, com investimento de R$ 201,2 milhões em ações de fortalecimento da agricultura familiar e fomento à agroindustrialização do segmento afetado pelas enchentes e inundações deste ano. A maior parte dos recursos (R$ 112,9 milhões) será aplicada na aquisição de leite em pó de cooperativas de pequenos produtores gaúchos. O produto será destinado a mais de 104,5 mil crianças de famílias cadastradas no CadÚnido de 95 municípios do estado com decreto de calamidade. Também serão aplicados R$ 30 milhões no fomento à cadeia produtiva do leite no estado, com concessão de bônus financeiros aos pecuaristas diretamente na contratação das linhas de crédito do Plano Safra 24/25. A medida estará disponível na segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. O governo gaúcho anunciou também a anistia da parcela vencida da safra 23/24 do Programa Troca-Troca de Sementes de Milho e Sorgo, e o aumento do bônus para aquisição desses insumos pelos agricultores familiares.

Campos Gerais se consolida como maior produtor de café do Sul de Minas

Município com quase 770 km² de área territorial, e assim como boa parte da região, a cultura do café floresceu no século 19 e mudou a economia da cidade. Em meio às Serras do Capão Alto e do Paraíso, e tendo como plano de fundo as águas do Lago de Furnas, as lavouras cafeeiras predominam a paisagem e fazem parte da cultura do maior município produtor de café do Sul de Minas. De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Campos Gerais possui 16 mil ha de lavoura de café que, este ano, devem produzir pouco mais de 416 mil sacas, o que dá uma produtividade de 1.562 kg/ha. Campos Gerais está entre os cinco maiores produtores de café de Minas Gerais.

A vaca Lilica

Vaca produziu 103 kg de leite, apenas com ração caseira

No interior de Minas Gerais, a vaca de nome Lilica tem impressionado a comunidade agrícola com sua notável capacidade de produção de leite. Com mais de 650 kg e 2 metros de comprimento, Lilica, da raça girolando meio-sangue, alcançou um feito notável ao produzir mais de 100 kg de leite em um único dia durante um torneio, quatro vezes a média usual. Esta façanha destacou a eficiência e o potencial dessa raça no cenário leiteiro. Fábio Portugal é o dono da fazenda onde Lilica reside, em Santa Bárbara do Monte Verde. Segundo ele, ela come ração feita com silagem e milho e recebe o hormônio Lactotropin, que estimula a produção de leite, assim como as outras vacas.

Criada a Política Nacional de Agricultura Urbana

O presidente Lula sancionou a Lei nº 14.935, de 26 de julho de 2024 que institui a Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana. A lei define agricultura urbana e periurbana como atividade agrícola e pecuária desenvolvida nas áreas urbanas e periurbanas e integrada ao sistema ecológico e econômico urbano, destinada à produção e à extração de alimentos e de outros bens para o consumo próprio ou para a comercialização. A lei determina que a agricultura urbana e periurbana deverá estar prevista no planejamento dos municípios, especialmente nos planos diretores ou nas legislações de uso e ocupação do solo urbano. O governo federal deverá, por sua vez, apoiar os municípios no desenvolvimento de agricultura urbana e periurbana, viabilizar a aquisição de produtos daí provenientes e estabelecer linhas especiais de crédito para agricultores urbanos e periurbanos.

Governo regulamenta recurso extra para seguro rural no RS

O Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural aprovou duas resoluções para regulamentar a aplicação dos R$ 210,8 milhões extras liberados pelo governo federal para a política especificamente no Rio Grande do Sul. Com o acréscimo, o orçamento total do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2024 chegou a R$ 1,15 bilhão. O recurso será destinado à subvenção ao prêmio de produtores rurais gaúchos na área atingida pelas enchentes e inundações em abril e maio deste ano. A expectativa do Ministério da Agricultura é apoiar a contratação de 31 mil apólices por cerca de 22 mil produtores com esses valores, em uma área segurada de 1 milhão de hectares e valor total segurado de R$ 9,5 bilhões. Além da verba extra, os produtores gaúchos terão um percentual de subvenção maior que o restante do país. O percentual será de 30% para a cultura da soja nos municípios em estado de emergência e de 40% onde há decreto de calamidade. Nos demais estados brasileiros, o percentual é de 20%.

Ostras

Santa Catarina e Paraná suspendem retirada e comercialização de moluscos bivalves

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) anunciou nesta semana, a suspensão da retirada, consumo e comercialização de moluscos bivalves—incluindo mexilhões, ostras, vieiras e berbigões—em várias localidades do estado. As restrições afetam os seguintes locais: Maciambu, Enseada do Brito, Praia do Cedro e Praia do Pontal, em Palhoça; Freguesia do Ribeirão, Costeira do Ribeirão, Caieira da Barra do Sul, Taperinha, Barro Vermelho e Tapera, em Florianópolis; e Fazenda da Armação, em Governador Celso Ramos. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina. A decisão foi tomada após a detecção de níveis elevados de ácido ocadáico, uma ficotoxina cuja concentração excedeu os limites estabelecidos pela legislação vigente. A ingestão desta toxina pode provocar graves problemas de saúde, como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. O Paraná também tomou as mesmas providências. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) também detectou a presença da ficotoxina ácido ocadáico (DSP) acima do limite máximo permitido pela legislação federal em exames laboratoriais realizados em ostras no litoral do estado.

Gigante chinesa investe em fábrica de tratores no Brasil

A YTO, fabricante estatal chinesa de tratores, está intensificando sua presença no Brasil, trazendo uma nova dinâmica ao mercado agrícola. Em 2023, a empresa anunciou oficialmente sua entrada no mercado brasileiro com uma proposta audaciosa: conquistar 20% do mercado nacional de tratores em apenas uma década. Para alcançar esse objetivo, firmou uma parceria estratégica com a BDG Máquinas, uma empresa brasileira com mais de 30 anos de experiência no setor automotivo. A chegada da YTO ao Brasil está marcada por uma estratégia robusta de infraestrutura. A empresa está criando lojas e centros de distribuição em locais estratégicos, como Ribeirão Preto e Belo Horizonte, visando garantir que os produtores rurais tenham acesso rápido e eficiente a suas máquinas. Em maio de 2024, a YTO deu um passo significativo ao assinar um termo com a Prefeitura de Caruaru, PE, para a construção de sua primeira fábrica no Brasil. Com investimento inicial de 150 milhões de dólares, a empresa firma o compromisso com o mercado brasileiro e sua estratégia de longo prazo para se estabelecer como uma líder no setor agrícola. A nova fábrica terá capacidade para produzir 100 tratores por mês, com planos de aumentar essa capacidade ao longo do tempo. O projeto da fábrica prevê a criação de 3.000 empregos diretos, beneficiando a economia local e fortalecendo a presença da YTO no país. Além da produção local, a YTO está focada em garantir um suporte técnico robusto e eficiente, essencial para conquistar a confiança dos agricultores brasileiros.

Governo anuncia investimento de R$ 600 milhões para restaurar florestas

O Serviço Florestal Brasileiro, órgão que responde ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, anunciou um investimento de R$ 600 milhões para restaurar 16 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Trata-se de um dos maiores projetos de restauração no Brasil. O Serviço Florestal Brasileiro entende que é preciso dar um uso econômico para a floresta no sentido de se proteger de agressões ambientais. Neste caso, a função econômica não significará o manejo da madeira, mas a restauração florestal ecológica, uma modalidade recém-introduzida, que será remunerada principalmente pela venda de créditos de carbono pelo concessionado.

Indígenas do povo Mashco Piro vistos na beira do rio Las Piedras
Foto: Survival International/Reuters

Indígenas isolados são vistos na Amazônia peruana em região com madeireiras

Imagens raras de indígenas isolados do povo Mashco Piro em uma área remota na amazônia foram publicadas nesta semana pela Survival International, mostrando dezenas deles nas margens de um rio em uma área próxima de uma zona de concessão de empresas madeireiras. Os indígenas reclusos têm sido avistados nas últimas semanas com mais regularidade em busca de alimentação, aparentemente em fuga da presença crescente de madeireiros na floresta, segundo o grupo de direitos indígenas Fenamad. Os mashco piro foram fotografados no fim de junho nas margens de um rio na região Madre de Dios, no sudeste do Peru, próximo da fronteira com o Brasil. Essas imagens mostram que um grande número de mashco piro isolados vivem a poucos quilômetros do local no qual madeireiras estão prontas para começar as suas operações. Mais de 50 mashco piro surgiram nos últimos dias perto do vilarejo chamado Monte Salvado. Outro grupo de 17 indígenas apareceu perto do vilarejo próximo de Puerto Nuevo.

Rios Madeira e Purus enfrentam escassez hídrica severa até novembro

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de Escassez Quantitativa de Recursos Hídricos nos rios Madeira e Purus e seus afluentes que correm no sudoeste do Amazonas. A medida visa a intensificar os processos de monitoramento hidrológico dessas bacias, dos impactos sobre usos da água e propor ações preventivas desses impactos em articulação com diversos setores usuários de água. A situação de escassez vai valer até o dia 30 de novembro. A região norte passa por uma seca que já afeta o abastecimento de água e o transporte aquaviário em diferentes partes da amazônia. As chuvas acumuladas nas bacias dos rios Madeira e Purus ao longo do período chuvoso, de novembro a abril, foi abaixo da média, tendência que continua no atual período seco.

Brasil abre mercado para exportação de pet foods derivados de produtos lácteos

O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio da aprovação sanitária feita pelo Taipé Chinês para a importação de alimentos para animais de companhia não convencionais derivados de produtos lácteos. O mercado de alimentos para animais de companhia não convencionais inclui espécies como tartarugas, papagaios, coelhos, chinchilas, hamsters e outros. Essa aprovação permite ao Brasil expandir suas exportações de produtos lácteos, atendendo a um segmento específico e crescente no mercado global de pet foods. O Taipé Chinês é um importante destino para os produtos agrícolas brasileiros, que, em 2023, somaram US$ 1,64 bilhão em exportações para aquele mercado. Os principais itens foram cereais, farinhas e preparações, e produtos do complexo soja. No primeiro semestre deste ano, foram US$ 712 milhões.

Bando de javalis

Instituto deve contratar empresa para controlar de javalis

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina está com um projeto piloto para contratar empresa para fazer o controle de javalis em pontos específicos: Parque Estadual Rio Canoas, em Campos Novos e no Parque Estadual Fritz Plaumann em Concórdia. Com uma capacidade notável de adaptação e reprodução acelerada, o javali tem causado prejuízos tanto no âmbito ambiental quanto econômico. Sua presença desencadeou uma série de impactos negativos, que vão desde a destruição de habitats naturais até danos em plantações agrícolas e riscos à saúde pública. A presença do javali no Brasil é uma característica que desperta preocupação crescente entre especialistas, organizações ambientais e comunidades rurais. Originário da Europa e do norte da África, esse animal foi introduzido no país inicialmente como fonte de alimento durante a colonização europeia. Desde então, sua população vem crescendo de forma exponencial, sobretudo nos últimos anos, gerando uma série de impactos ambientais, econômicos e sociais.

Centrão governa 60 das 70 cidades mais desmatadas do Brasil

MDB, União Brasil e PSD governam 60 dos 70 municípios mais desmatados na região da amazônia. Percentualmente, os três partidos, que integram o espectro da política brasileira chamado de “centrão”, são responsáveis por 85% da lista. O levantamento foi feito pelo Brasil de Fato utilizando a relação dos 70 municípios mais desmatados da região amazônica, que foi publicada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, através da Portaria GM/MMA nº 834, de 9 de novembro de 2023, pelo Programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia. Os municípios que aparecem no documento foram monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utilizou dados do Deter, programa desenvolvido como um sistema de alertas para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal. O MDB governa 28, dos 70 municípios que aparecem na relação do Ministério do Meio Ambiente. Desses, 18 estão no estado do Pará, sete no Mato Grosso, dois no Amazonas e um no Acre.

Costa Rica abre mercado para equinos vivos

O Brasil poderá exportar equinos vivos para a Costa Rica, informaram o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores em nota conjunta divulgada nesta semana. A autorização foi recebida pelo governo brasileiro. Esta nova abertura deverá contribuir para o aumento do fluxo comercial entre os dois países, refletindo a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil.

Expointer

Expointer não terá exposição de aves

A 47ª Expointer, que ocorrerá de 24 de agosto a 1º de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, contará com 3.458 animais de argola. Estarão presentes ovinos, bovinos de corte, leite e mistos, zebuínos, bubalinos, equídeos, caprinos e pequenos animais como coelhos e chinchilas. No entanto, pássaros e aves não participarão desta edição devido a medidas de contenção sanitária. De acordo com informações da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul, a decisão de excluir pássaros e aves foi tomada após a detecção de um foco de doença de Newcastle (DNC) em um estabelecimento comercial em Anta Gorda (RS).

Anatel vai liberar sinal de internet 5G para mais 506 municípios

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou nesta semana que vai liberar a ativação do sinal de internet 5G para mais 506 municípios. A medida ocorrerá a partir de 5 de agosto, quando as operadoras que possuem lotes na faixa de 3,5 GHz poderão solicitar o licenciamento e a ativação do sinal. Segundo a agência, a liberação das faixas não garante que as redes serão instaladas automaticamente nos municípios. O funcionamento do serviço depende do planejamento individual de cada operadora. Com as novas autorizações, 19 estados passam a ter todos seus municípios liberados para o serviço de 5G. O sinal chegará a 4.808 municípios, onde vivem 197 milhões de pessoas, número equivalente a 92% da população do país.

Governo institui nova política nacional de manejo de fogo

Após o Congresso Nacional decretar, o presidente Lula sancionou a Lei nº 14.944, de 31 de julho de 2024 que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo com o objetivo de reduzir a incidência e os danos dos incêndios florestais no país. A nova política será implementada pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal, pelos municípios, pela sociedade e por entidades privadas, em regime de cooperação e em articulação entre si, diz o documento. As novas formas de manejo valerão para incêndio florestal, queima controlada ou prescrita (que, em geral, é planejada), uso tradicional e adaptativo do fogo, combate à incêndio florestal, entre outros. A política contempla o reconhecimento do papel ecológico do fogo nos ecossistemas e respeito aos saberes e às práticas de uso tradicional do fogo.

Lula minimizou a insatisfação de setores do agronegócio com o
Plano Safra 24/25 – Foto: Valter Camparato/Agência Brasil

Governo afirma que o agro foi contemplado com os mais importantes Planos Safras

O presidente Lula minimizou a insatisfação de setores do agronegócio com o Plano Safra 24/25, com valor superior a R$ 400 bilhões, anunciado no início do mês de julho. A fala aconteceu em entrevista à TV Centro América, do Mato Grosso. “Eu não sei se a gente poderia chamar de descontentamento. Eu não sei como a gente pode denominar isso. O dado concreto é que foi exatamente nos governos do PT, comigo ou com a Dilma, que a gente fez os mais importantes planos safra deste país, para atender o agronegócio e para atender a agricultura familiar“, afirmou. “As pessoas se esquecem que em 2008 eu fiz uma medida provisória que discutiu a securitização. Foram quase R$ 500 bilhões para salvar a agricultura brasileira. E eu nunca perguntei se o cidadão gosta de mim ou não gosta. Eu faço porque é preciso fazer. Porque o Brasil necessita de uma agricultura forte e pujante. Eu tenho orgulho da nossa agricultura. Agora, não dá para o cidadão receber, sabe, um financiamento de R$ 475 bilhões e achar que é pouco“, acrescentou o presidente.

Faturamento das cooperativas agropecuárias recuou em 2023

O faturamento das cooperativas agropecuárias brasileiras recuou levemente em 2023, para R$ 423,1 bilhões, após dois anos de fortes altas. A retração é explicada pela acomodação dos preços das principais commodities agrícolas e dos insumos. Em 2021 e 2022, os ingressos — como são chamadas as receitas no segmento — haviam atingido R$ 358,4 bilhões e R$ 429,9 bilhões, respectivamente, no embalo dos recordes de safra e de cotações dos grãos durante a pandemia(https://portal.fiocruz.br/observatorio-covid-19). Com isso, os lucros (ou as sobras, no jargão cooperativista) caíram de R$ 22,5 bilhões em 2022 para R$ 20,4 bilhões em 2023. Os dados fazem parte do Anuário do Cooperativismo 2024 da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Goiás registra primeiro caso de greening

A Defesa Agropecuária de Goiás (Agrodefesa) registrou este mês o primeiro caso de greening do estado, o que deve levar à perda do status fitossanitário de área livre da doença da região. O foco foi confirmado no último dia 2/7 após fiscalização em pomares de Campo Limpo de Goiás e Quirinópolis. A principal suspeita é de que a contaminação tenha se dado a partir da compra de mudas não certificadas contaminadas com a doença bacteriana cujo vetor é o inseto psilídeo. Durante fiscalização realizada no início deste mês, o governo do estado apreendeu mais de 25 mil mudas cítricas cultivadas em Herculândia e Tupã. As plantas estavam sendo cultivadas sem as devidas medidas sanitárias, que incluem a necessidade de viveiros telados para evitar o contato com o inseto vetor da doença.

A raça Moura, brasileira que remonta há 300 anos, é estudada por
equipe multidisciplinar da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Foto: Marson Bruck Warpechowski

Audiência quer tornar “Porco Moura” patrimônio do Paraná

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD), que coordena a Frente Parlamentar de Promoção Municipalista, é o proponente da audiência pública “Porco Moura: Um patrimônio histórico, cultural e genético do Estado do Paraná”. O encontro será realizado na próxima terça-feira, 06/08, a partir das 9:30, na Assembleia Legislativa, em Curitiba. Romanelli é autor de dois projetos de lei para fortalecer a cadeia produtiva do Porco Moura. O PL 386 propõe o reconhecimento da raça como patrimônio histórico, cultura e genético do estado, enquanto o PL 387 insere no Calendário Oficial de Eventos do Paraná a Semana Estadual dos Porcos Crioulos. O Porco Moura produz uma carne diferenciada e o estímulo à criação pode gerar renda adicional nas pequenas propriedades da agricultura familiar.

Chineses atingem maior importação de carne bovina da história

A China fechou o primeiro semestre de 2024 com 1,44 milhão de toneladas importadas de carne bovina, um acréscimo de 17% sobre o resultado de 2023 e o maior volume da história para este período do ano. O fornecimento de carne bovina ao mercado da China continua a se concentrar na América do Sul. O Brasil respondeu por 42% das entregas totais de carne bovina ao mercado chinês no primeiro semestre, seguido pela Argentina (21%) e Uruguai (10%). Os três países fornecem quase 3/4 da carne bovina importada pelos chineses. Considerando que 33% do consumo doméstico chinês advém das importação, significa que esses três países da América do Sul são responsáveis por 25% do abastecimento de proteína bovina da China.

Aberturas de mercados do agronegócio têm recorde histórico em julho

O mês de julho deste ano já se destaca como o melhor julho da série histórica em termos de novos acordos comerciais para produtos do agronegócio brasileiro. Conforme balanço da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram abertas 16 novas oportunidades de mercado em 9 países ao longo dos últimos 31 dias. O desempenho ultrapassa o recorde anterior de julho de 2020, quando foram abertas dez oportunidades em cinco países. No ano passado, o mesmo mês registrou a abertura de um mercado em um país, contribuindo para a marca histórica de 78 novos mercados em 39 países ao longo de 2023. Durante o terceiro mandato do presidente Lula, já houve a expansão de 166 novos mercados em 55 destinos. Em 2024, já foram contabilizados 88 novos mercados em 34 países, abrangendo todos os continentes.

Hortas submersas após enchentes em Guaíba, na região
metropolitana de Porto Alegre – Foto: Emater/RS

Publicada MP para apoiar produtores rurais gaúchos afetados por chuvas

O Governo Federal publicou a Medida Provisória 1.247/2024. Ela visa conceder desconto para liquidação ou renegociação de parcelas de operações de crédito rural. A medida atende produtores gaúchos que sofreram perdas materiais devido às chuvas entre abril e maio deste ano. A autorização vale para municípios com estado de calamidade pública ou emergência reconhecido pelo Executivo federal. Com a iniciativa, o Mapa reafirma o trabalho para a reconstrução do agro no Rio Grande do Sul. A MP vem para dar mais agilidade neste suporte do governo. O produtor vai poder ter novas perspectivas para cumprir seus compromissos e produzir com tranquilidade. A medida concede subvenção econômica em forma de desconto para produtores com perdas iguais ou superiores a 30%. Enquadram-se produtores cujas parcelas foram contratadas até 15 de abril deste ano e vencem entre 1º de maio e 31 de dezembro de 2024. Para operações de crédito rural de industrialização, o desconto incidirá em operações contratadas no âmbito do Pronaf. O produtor deve ser integrante da operação de crédito e comprovar as perdas materiais da produção agroindustrial. Por outro lado, a medida não agradou o setor, uma vez que muitas das expectativas não foram atendidas e parte dos produtores ficará de fora. Segundos representantes do setor, o governo criou uma burocracia enorme ao invés de criar uma linha de crédito nova com garantias para o produtor refinanciar suas dívidas de forma organizada e a questão vai além deste ou do próximo ano, afetando as próximas décadas. A Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) avaliou a MP como positiva, mas aguarda outras medidas provisórias para produtores com dívidas em cooperativas, cerealistas e empresas particulares. “Esperávamos que a resolução trouxesse os percentuais de desconto e de perda que terão anistia total da dívida”, disse o presidente da entidade, Joel Carlos da Silva. Produtores apontaram que a MP não adaptou quase nada para o Pronamp e o juro livre, colocando muitos termos para que os produtores não tenham acesso, o que não vai contribuir em nada para a solução do problema. Para o setor, a medida causou decepção e gerou revolta, pois a expectativa de socorro foi frustrada por restrições.

Brasil contará com mais 11 adidâncias agrícolas

Trata-se do maior aumento do número de adidos agrícolas no exterior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que serão implementadas de uma única vez. Agora terá adido do Ministério da Agricultura nas embaixadas brasileiras para ajudar a vender a produção agrícola brasileira. Dos 11 novos postos, cinco estão na Ásia, três na África, dois na América do Sul e um na Europa. Já os locais para instalação das novas adidâncias agrícolas serão definidos posteriormente por meio de portaria interministerial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

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