Aqui você encontra em notas as últimas e mais importantes notícias semanais do agronegócio nacional e internacional
Relatório de inspeção do greening atinge o melhor índice dos últimos 20 anos
Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), a entrega do relatório Cancro/HLB (greening) chegou ao fim no dia 15 de janeiro e segundo dados do sistema informatizado de Gestão Animal e Vegetal (GEDAVE), na ocasião, 96,6% do setor da citricultura conseguiu atender o prazo de entrega do documento que relatava as vistorias realizadas entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2023. Visando a sanidade do setor citrícola, a Defesa Agropecuária a partir de janeiro começou a acionar os inadimplentes para regularizarem suas situações, sendo possível saber a real situação desses pomares e para que a cultura dos citros no estado de São Paulo continue sendo uma referência nacional. As propriedades que entregaram relatório após o dia 15 de janeiro serão sorteadas e terão fiscalização in loco para conferência do manejo adequado. Com a publicação da Portaria MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, que institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle ao HLB (PNCHLB), a eliminação de plantas sintomáticas passou a ser obrigatória apenas para pomares com idade inferior a oito anos, sendo que para os pomares acima desta idade, os produtores são obrigados apenas a realizar o controle eficiente do psilídeo. No estado de São Paulo, a entrega do relatório é obrigatória para todos os produtores, independente da idade das plantas e a entrega do 1° semestre de 2024 tem início nesta terça-feira, dia 2 de abril. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) disponibiliza um canal para denúncias de pomares de citros abandonados ou mal manejados CLICANDO AQUI.
Texas e CDC afirmam que gripe aviária foi detectada em pessoa exposta a gado leiteiro
O Texas e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos relataram nesta semana um caso humano de gripe aviária em uma pessoa que teve contato com vacas leiteiras supostamente infectadas pelo vírus. É o segundo caso da cepa H5N1 da gripe aviária identificado em uma pessoa nos Estados Unidos. O CDC disse que esta infecção não altera a avaliação de risco para a saúde humana da gripe aviária H5N1 para o público em geral dos EUA, que considera baixa. A agência de saúde disse que as pessoas expostas a pássaros ou animais infectados ou a ambientes contaminados por eles correm maior risco de infecção. O único sintoma do paciente foi inflamação nos olhos, segundo a secretaria de saúde do estado.
“Ouro Negro” do Amazonas recebe selo de Indicação Geográfica
O açaí de Codajás recebeu o registro da 122ª Indicação Geográfica concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O novo título, na categoria Indicação de Procedência (IP), vai para a região de Codajás, no Amazonas, que ficou conhecida como centro de extração e produção de açaí. Na prática, o selo conquistado após quatro anos de trabalho em parceria com o Sebrae e demais organizações é um reconhecimento oficial de Indicação de Procedência concedido à região que se tornou conhecida em função das características únicas do seu açaí. O município de Codajás é denominado culturalmente como a “Terra do Açaí”. A região possui vegetação e clima favoráveis à produção, estando na lista dos maiores mercados nacionais do fruto. Essas características geram emprego e renda para cidade, que até 1938 consistia em uma aldeia indígena com o mesmo nome. Conhecido como “ouro negro” pelos moradores da região, o açaí de Codajás foi dominante no Amazonas nos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021, movimentando mais de R$ 31 milhões na economia. Somente no município, 70% da população atua em atividades indiretas relacionadas à produção e escoamento do açaí e cerca de 600 produtores trabalham de forma direta com o produto.
Governo autoriza renegociação de dívidas rurais
O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou a autorização para a renegociação das dívidas do crédito rural de investimento com vencimento em 2024 para produtores de soja, milho e bovinocultura de leite em 16 estados da federação. A medida visa atender à necessidade dos agricultores diante dos desafios climáticos e da queda nos preços agropecuários. Os pedidos de renegociação devem ser feitos até 31 de maio deste ano. A solicitação para a prorrogação das dívidas foi uma das propostas apresentadas pelo Paraná no início de março, durante a formulação do Plano Safra 2024/25. O Conselho Monetário Nacional entendeu o quadro difícil pelo qual passa a agricultura em 2024 e tomou uma decisão importante, permitindo que as parcelas de dívidas de investimento, seja na pecuária bovina de corte, de leite, de soja e de milho, que vencem em 2024 sejam prorrogadas para o final do contrato, mantidas as condições originais de financiamento. Destaca-se também a crise enfrentada pela atividade leiteira devido ao aumento nas importações de leite em pó, o que tem levado à saída de produtores da atividade.
Brasil abriu 26 novos mercados em 2024
Em um trimestre marcado por conquistas históricas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) registrou a abertura de 26 novos mercados em 18 países distintos. De acordo com os dados do Mapa, o mês de março liderou com a abertura de 10 novos mercados em sete países diferentes, seguido por fevereiro, que registrou sete mercados em seis nações, e janeiro, com nove mercados em cinco países distintos. Essa trajetória ascendente não apenas superou registros anteriores, mas também aponta para um horizonte promissor de expansão econômica para o setor. Desde o início de 2024, o Mapa tem estabelecido novos laços comerciais em diversos continentes, incluindo África, Ásia, Europa, Oceania e Américas. Entre os destaques estão a abertura de mercados na África do Sul, Egito, Arábia Saudita, Filipinas, Grã-Bretanha, Canadá, Estados Unidos e México, entre outros. Além das commodities tradicionais, como carnes e soja, os novos mercados abertos também abrangem uma ampla gama de produtos agropecuários, incluindo açaí em pó, sementes, gelatina e colágeno, ovos, produtos de reciclagem animal, café verde, entre outros.
1 bilhão de refeições vão fora nos domicílios
Domicílios em todos os continentes têm sido culpados por desperdiçar mais de 1 bilhão de refeições diariamente no ano de 2022, conforme revelado por um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Enquanto isso, 783 milhões de pessoas foram afligidas pela fome e um terço da população mundial enfrentou insegurança alimentar no mesmo período. O impacto do desperdício de alimentos transcende a questão da fome, afetando significativamente a economia global e contribuindo para as mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição ambiental. Medir o desperdício alimentar permite aos países compreender a magnitude do problema, revelando assim a dimensão da oportunidade, ao mesmo tempo que estabelece uma base para acompanhar o progresso. Os dados alarmantes do relatório divulgado inclui também partes não comestíveis. Isso equivale a uma média de 132 quilos por pessoa, representando quase um quinto de todos os alimentos disponíveis para os consumidores.
Vendas de máquinas agrícolas devem voltar a crescer em 2025
O mercado de máquinas agrícolas deve retomar o caminho do crescimento em 2025, segundo a avaliação da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Para a instituição, não deve ter seca e os juros serão menores, condições importantes para a decisão de compra do produtor. As indústrias não foram pegas de surpresa pela queda nas vendas, iniciada no ano passado e que chegou a quase 30% no primeiro bimestre deste ano. No ano passado, foram comercializadas 68.988 unidades no período, sendo 61.018 destinadas ao mercado interno e o restante (7.970) para exportação. A queda em relação a 2022 foi de 13,6%. A Abimaq prevê que as vendas devem ser pelo menos 15% menores ainda em 2024 em relação ao ano passado. A segunda safra está indo bem e a perspectiva de um Plano Safra com juros de 8% melhora as possibilidades de compra no segundo semestre.
Mapa quer turbinar orçamento do setor em R$ 10 bi
Sem fórmula mágica para baratear os preços dos alimentos rapidamente, mas certo de que o movimento sazonal de alta nas cotações de alguns produtos vai passar em breve, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura afirma que o remédio para o tema que preocupa o Planalto é turbinar o orçamento da área. Com mais recursos em caixa, a pasta quer fomentar ações de comercialização dos produtos agrícolas, como o lançamento de contratos de opção aos agricultores, e reforçar a verba destinada à equalização de juros do Plano Safra 2024/25 para incentivar o plantio de culturas como arroz, feijão, milho e trigo, aumentar a oferta dos alimentos a nível nacional e segurar os preços aos consumidores. A intenção é de aumentar em R$ 10 bilhões o orçamento para comercialização e equalização de juros. Isso poderia gerar um impacto forte na economia do país, pois não é um gasto e sim um investimento que devolve muitos recursos posteriormente.
Santa Catarina deve colher 30% mais pinhão em 2024
Segundo a Epagri, o estado de Santa Catarina deve colher 30% mais pinhão em 2024, com 5,7 mil toneladas. A colheita da semente se iniciou em 1º de abril e vai até julho. Apesar do crescimento, a avaliação dos pesquisadores é de que o volume não é expressivo dado que a produção no ano passado foi muito baixa. A suspeita é de que o clima dos últimos três anos tenha interferido na produtividade das araucárias, árvore que dá origem ao alimento, já que o pinhão leva 32 meses pra atingir a maturação plena.
Juros atuais espantam investimento no agro
A estratégia de aumentar a oferta e o abastecimento de alguns produtos da cesta básica brasileira, como arroz, feijão, milho e trigo, e de baratear os preços desses itens aos consumidores também passa pela redução dos juros no Plano Safra 2024/25 e pelo direcionamento de recursos para atividades específicas. O governo pretende apresentar um Plano Safra mais direcionado para algumas culturas, bem como financiar calcário e fósforo para fazer perfil de solo, que diminui risco na questão da seca e aumenta a produtividade, com juros baratos. O objetivo também é fortalecer o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), linha acessada por avicultores e suinocultores para a incorporação de tecnologia nas propriedades. Avalia-se juros com teto de 8% para grandes produtores em operações de custeio e comercialização, de 6% para médios e 4,5% para pequenos.
El Salvador abre mercado para ovos e carne de aves do Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que o governo de El Salvador autorizou o Brasil a exportar ovos e carne de aves ao país. Com os novos anúncios, este é o terceiro mercado aberto para o país da América Central neste ano. No início do mês, houve aprovação para a exportação de gelatina e colágeno originados de peles bovina, suína e de outros ruminantes. As exportações agrícolas para El Salvador somaram US$ 137 milhões em 2023. Os principais itens embarcados foram cereais e produtos florestais.
MST promete novas ocupações em novo Abril Vermelho
No cenário agrário brasileiro, o mês de abril é frequentemente marcado por intensas atividades e manifestações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Este ano, não vai ser diferente, com o movimento prometendo novas ocupações de terra em diversas regiões do país. As ações planejadas pelo movimento têm o objetivo de alertar as autoridades sobre o direito à terra, reforma agrária e desigualdade social. João Pedro Stédile, um dos líderes do MST, reiterou o compromisso do movimento com a luta pela distribuição de terras no Brasil. O Abril Vermelho é um momento de resistência e de reivindicação dos trabalhadores rurais sem terra que estão preparados para intensificar as ações e ocupações de terra como forma de pressionar o governo a implementar políticas efetivas de reforma agrária.
Vem aí o maior Plano Safra da história do Brasil
O MAPA anunciou planos audaciosos para o futuro do agronegócio brasileiro. Entre os vários temas que vêm sendo discutidos na pasta, destaca-se a perspectiva de lançamento do maior Plano Safra da história do Brasil. Medidas que estão sendo planejadas para impulsionar ainda mais o setor agrícola do país e o ministério está empenhado em lançar um Plano Safra que não apenas atenda, mas supere as demandas crescentes dos produtores. A pasta tem o compromisso de trabalhar em colaboração com a sociedade civil organizada e outras instituições do setor e está ouvindo atentamente as necessidades e sugestões dos produtores e cooperativas para garantir que o Plano Safra seja uma ferramenta verdadeiramente eficaz para impulsionar o agronegócio nacional. O governo está planejando uma série de medidas abrangentes para fortalecer o setor agrícola brasileiro, entre elas, estão iniciativas para ampliar o acesso ao seguro rural, modernizar o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e aumentar os recursos para subvenção.
Governo federal cria Dia Nacional da Agricultura Irrigada
O Governo Federal instituiu 15 de Junho como o Dia Nacional da Agricultura Irrigada. O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, sem vetos, a Lei 14.830, de 27 de março de 2024, que cria o Dia Nacional da Agricultura Irrigada. Aprovada pelo Senado em fevereiro, a nova legislação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). A data será comemorada anualmente e entre as atividades comemorativas sugeridas pela lei estão exposições, seminários, palestras e outros eventos ou ações que contribuam para a divulgação e para a valorização da agricultura irrigada. O projeto original (PL 2.975/2021) foi apresentado na Câmara dos Deputados pelo deputado mineiro Zé Vitor (PL-MG). No Senado, o texto foi aprovado pela Comissão de Agricultura (CRA) em 21 de fevereiro com parecer favorável do relator, senador Jayme Campos (União-MT).
Trator “faz tudo” terá fábrica no Brasil
No cenário agrícola global, um nome tem ganhado destaque: Nexat System Tractor. Trata-se de um trator revolucionário, concebido pelos engenheiros mecânicos Klemens e Felix Kalverkamp, que promete transformar a maneira como a agricultura é realizada. Este trator, apelidado de “máquina-monstro” devido ao seu porte impressionante, não apenas chama atenção pelo seu tamanho, mas também pela sua capacidade de realizar uma ampla gama de tarefas agrícolas de forma integrada. A Nexat surge como um conceito inovador de máquina agrícola, fruto do trabalho conjunto e da visão empreendedora. Com apenas 15 unidades em operação espalhadas por cinco países, incluindo o Brasil, essa máquina-monstro chamou a atenção do mundo não apenas pelo seu porte impressionante, mas também pelo potencial transformador que representa para os agricultores. Dotada de uma proposta revolucionária, a Nexat foi o destaque da Agritechnica, uma das maiores feiras de máquinas agrícolas do mundo, sediada em Hannover, na Alemanha. Além do interesse despertado pelo seu tamanho imponente e abordagem inovadora, a Nexat anunciou sua intenção de iniciar a produção em larga escala – com direito a fábrica no Brasil -, após receber um investimento do EW Group, conglomerado alemão com relevância global no setor agropecuário.
Governo federal renovará a emergência zoossanitária para gripe aviária
O Ministério da Agricultura renovará mais uma vez a Portaria Nº 587, de 22 de maio de 2023 que declara estado de emergência zoossanitária, em todo o território nacional, em virtude da continuidade de detecção de gripe aviária (influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) no Brasil. O status de emergência sanitária foi declarado em portaria no Diário Oficial da União em 22 de maio de 2023 e posteriormente prorrogado por mais 180 dias em 6 de novembro. Ele tem vigência até 3 de maio. Até o momento, o Brasil possui 160 casos de gripe aviária, sendo 157 em animais silvestres e três em aves de fundo de quintal, segundo dados da plataforma oficial de monitoramento da doença. É considerado período crítico para propagação da doença até o fim de maio em virtude das rotas migratórias das aves.
Setor de inoculantes biológicos cresce em média 16,4% ao ano
Dados da Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) mostram que o setor de inoculantes biológicos no Brasil é bastante expressivo e segue em crescimento ano após ano. O setor faturou R$ 441 milhões em 2023, com crescimento médio de 16,4% ao ano, ao considerar o período de 2020 à 2023, acumulando um crescimento de 50,3% em 4 anos. Para 2024, a estimativa de crescimento é ainda maior, chegado a 17,3% em relação ao período anterior. Uma união de fatores faz o setor de insumos biológicos ser tão promissor, tornando inclusive o Brasil o país que mais utiliza biológicos no mundo, sendo líder global na utilização desse tipo de tecnologia sustentável. Nesse contexto pode-se destacar a existência atualmente de uma preocupação muito grande com a sustentabilidade e também com uma alimentação mais saudável. Esses produtos impactam menos o meio ambiente, ao passo que fornecem a mesma qualidade que se tinha antigamente com produtos químicos, só que de forma muito menos agressiva. Estima-se que, até 2029, o país alcançará uma impressionante participação de 59% no market share de vendas desses produtos dentro da América Latina. O crescimento é ainda mais notável quando comparado ao mercado convencional, com o setor de produtos biológicos expandindo-se duas vezes mais rapidamente, e no Brasil, quatro vezes mais rápido.