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Mastite ambiental – Já ouviu falar? Vamos aprender a controlar a doença!

Detalhe de úberes de vacas de leite

Diversas bactérias podem ser encontradas em quartos mamários. Uma das maneiras destas bactérias se alojarem nos animais é pelo ambiente onde se encontram as vacas

Este é o motivo mais comum para que casos de mastite se instalem nos rebanhos leiteiros. Estas bactérias são conhecidas como grupo de patógenos ambientais.

Os principais patógenos ambientais são os coliformes e os Streptococcus ambientais.

Os grupos de coliformes são:

bactérias Gram-negativas, onde encontramos:

  • Escherichia coli,
  • Klebsiella spp.,
  • Serratia spp.,
  • Citrobacter spp. E
  • Enterobacter.

Nos grupos de Streptococcus ambientais são:

  • Streptococcus uberis,
  • Streptococcus dysgalactiae,
  • Enterococcus spp.,
  • Lactococcus spp. e
  • Streptococcus canis.

Esses patógenos são encontrados geralmente em locais com acúmulo de lama, esterco ou barro. Neste caso, o contato do úbere das vacas com o ambiente infectado pode levar à mastite ambiental.

Casos de mastite ambiental geralmente são de curta duração, com presença de sinais clínicos e com alta incidência após o parto. Além disso, não há alteração na CCS de tanque e na CCS individual em casos clínicos.

ATENÇÃO! O CCS individual pode aumentar em casos de mastite subclínica, mesmo esses sendo menos frequentes e de curta duração.

Como combater?

Higiene e manejo

Dê atenção às camas dos animais. Mantenha-as limpas, secas e confortáveis evitando que sejam fontes de transmissão.

Cuide para que higiene e manutenção adequadas das instalações das vacas em lactação, vacas secas, maternidade e sala da ordenha estejam nas melhores condições possíveis.

ATENÇÃO! Tome todos os cuidados na rotina de ordenha, em que se faz necessário estar devidamente alinhado com as melhores práticas de manejo e evitar a ocorrência de novos casos.

Na rotina de pré-ordenha, a condição de higiene do úbere também é muito importante. Evite o uso de água nesse momento, para que a sujidade do úbere não acabe contaminando as tetas das vacas.

Os primeiros jatos de leite

Descarte dos primeiros jatos de leite! Desta forma você evitará que o leite tenha maior contaminação microbiana, assim como estimula a “descida” do leite.

Desinfecção

Faça uso de pré-dipping para promover a redução do risco de uma possível nova infecção. Essa prática pode reduzir em 5 vezes a CBT (contagem bacteriana total do tanque), além de reduzir em 50% a chance de novos casos de mastite ambiental.

Principais produtos para essa desinfecção das tetas são a base de:

  • iodo,
  • peróxido de hidrogênio,
  • clorexidina e
  • hipoclorito de sódio.

ATENÇÃO! É necessário no mínimo 30 segundos de contato do produto com a pele da teta.

Secagem das tetas

Utilize toalhas de papel. Sendo assim, com tetas limpas, secas e estimuladas, é possível colocar o conjunto de teteiras e iniciar a ordenha.

Durante a ordenha, é válido observar as condições de vácuo do sistema, assim como possível a entrada de ar e deslizamento da teteira o que também acaba sendo um fator de risco de uma nova infecção e de um possível aumento de CBT.

Boas práticas

Para diminuir os riscos de novos casos de mastite ambiental preste atenção ao manejo da fazenda como um todo. Desde a higienização das instalações até a rotina de ordenha! Assim, você estará garantindo a saúde dos animais e a qualidade do leite, gerando maior rentabilidade.

Procure sempre a orientação de um técnico capacitado.

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