Já há relatos de que os insetos não param de chegar e estão destruindo pomares e hortas das propriedades
Moradores de comunidades rurais de Cuiabá (MT), como os produtores do Distrito da Guia, cerca de 30 Km do centro da capital, dizem que a nuvem atacou árvores frutíferas e a produção de hortaliças.
A confirmação desse novo ataque passa a ser a segunda vez em que uma nuvem de gafanhotos aflige produtores da região em 2020.
Segundo informações dos produtores prejudicados, eles se movimentam muito em função do calor.
A comunidade é formada por pequenos agricultores que cultivam caju e manga para fazer doces. Com a chegada desses gafanhotos, toda a produção está ameaçada.
Segundo a prefeitura, já houve contato com a superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Cuiabá e também com o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT), para juntos elaborarem um plano de ação para minimizar os danos causados pelos gafanhotos.
Até o momento, não há como se certificar de que a ocorrência tem alguma ligação com nuvens vindas nos últimos meses originárias do Paraguai e Argentina. Mas trata-se da mesma espécie que surgiu há algumas semanas na Argentina e que é típica do Brasil também (veja matéria na RuraltecTV). Segundo especialistas o aparecimento pode estar relacionado às queimadas. Esses gafanhotos são de espécie brasileira e típica do Estado do Mato Grosso com nome científico Tropidacris collaris e é considerada entre as maiores espécies do mundo. Os machos adultos podem chegar a 7 cm e as fêmeas 11 cm. Existe a possibilidade das queimadas terem provocado a necessidade destes animais saírem para procurar alimentos. Essas ocorrências são observadas esporadicamente há muitos anos. O que determina esse comportamento são fatores climáticos, ou seja, certas condições do clima da região que determina que os gafanhotos andem em bandos e aumentem a sua população, por questão de sobrevivência.
As ocorrências sobre as nuvens de gafanhotos no estado do Mato Grosso devem ser reportadas ao Indea, através dos canais de atendimento ou na ouvidoria (0800 647 9990).