Para garantir a qualidade do grão, teor de umidade deve estar em torno de 14%, entidades do setor dão largada à colheita no Mato Grosso
Com uma produção estimada em 69,9 milhões de toneladas, a colheita nacional do milho 2021 foi aberta oficialmente dia 22 de julho, em Primavera do Leste (MT) pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
Este ano a produção do cereal sofreu uma redução de 6,8% em relação à safrinha anterior, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os principais problemas apontados pelos produtores do Centro-Oeste do Brasil foram a falta de chuva e o ataque de cigarrinha. Na região Sul do País, além da estiagem no início do plantio, os produtores enfrentaram ainda geadas em plena fase de desenvolvimento da cultura, sobretudo nesses últimos dois dias, causando mais perdas.
De olho na umidade
Diante da redução significativa na produtividade por conta das adversidades climáticas, o produtor deve ficar de olho no momento ideal para colher as espigas, já que a umidade é um fator relevante na qualidade dos grãos.
De acordo com a Embrapa Milho e Sorgo, a colheita do milho deve ser realizada quando os grãos estiverem bem secos, ou seja, com umidade em torno de 14%, se o objetivo for armazenar o produto debulhado e ensacado ou debulhado e a granel.
É possível colher com grau de umidade mais elevado, até 28%, desde que se faça a secagem artificial imediatamente. Entretanto, para o armazenamento do milho na forma de espigas, em paióis arejados, pode-se tolerar umidade de até 18%, considerando-se que o grão poderá completar seu processo de secagem no próprio paiol ou armazém.
O produtor rural deve retirar amostras representativas de grãos de milho em diversos locais da lavoura para medir a umidade, que pode ser realizada pelo próprio agricultor, através de aparelhos determinadores de umidade de grãos existentes no mercado.
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