Junto com campanha de solidariedade, o movimento pretende levantar fundos para contribuir nas ações junto às famílias dos municípios atingidos
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já doou cerca de 12 mil marmitas para as vítimas da forte chuva que atinge o Rio Grande do Sul nos últimos dias. As refeições são produzidas pela cozinha solidária do movimento no município de Encantado. Teve dia em que 3.200 marmitas foram produzidas pelo espaço. As marmitas são entregues pelo conselho de crise que está administrando a situação na região. São eles que determinam para quem elas são entregues.
O Rio Grande do Sul vive uma calamidade pública nunca antes vista na sua história. Com perdas incalculáveis, ainda não é possível dimensionar o volume da catástrofe das águas que já deixou dezenas de mortes, isolamento de centenas de cidades, deslizamentos, quedas de barreiras e alagamentos nesta que já é considerada a maior enchente até hoje no estado.
Com o objetivo de iniciar uma ampla campanha de solidariedade junto às famílias atingidas, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lança neste final de semana um mutirão de arrecadação financeira para contribuir nas ações nos municípios gaúchos.
Assentamentos do MST também foram atingidos
A campanha emergencial foi criada apoiar as vítimas atingidas pelas enchentes no RS. Mais de 500 famílias assentadas foram atingidas pela calamidade climática. Famílias produtoras de arroz do MST foram atingidas, e seus lares, inundados. Os moradores foram todos removidos de suas casas, deixando para trás seus móveis, suas recordações e pertences, bem como suas lavouras e hortas, o que representa o seu ganha-pão.
Trata-se da maior campanha de apoio à população do campo, para que centenas de pessoas possam se acomodar enquanto a chuva inundar seu território. E quando as águas baixarem, a reestruturação e a dignidade do povo do Rio Grande será garantida por este grande mutirão de arrecadação de recursos.
Cerca de 300 famílias do Assentamento do IRGA, onde fica a sede da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), em Eldorado do Sul, estão sendo resgatados. O salvamento começou sendo feito pelos próprios assentados, agora só pode ser seguido pelo Exército e Defesa Civil. As famílias estão sendo levadas para assentamentos na região onde a água não chegou nas casas.
Com a perda da estrutura das casas, móveis, lembranças, e produção de arroz e hortas agroecológicas, onde muitos camponeses e camponesas já haviam replantado, após a enchente do final do ano passado, as famílias seguem em abrigos coletivos nesse período. Os assentamentos de Nova Santa Rita, Viamão e Tapes também tiveram perdas nas suas produções de arroz e hortas.
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