Taioba é o nome originário do tupi antigo que se refere à planta da espécie Xanthosoma sagittifolium. No Brasil, a planta é considerada uma Panc
A taioba (Xanthosoma sagittifolium) é uma hortaliça originária da América tropical. A planta também é chamada popularmente de cocoyam, macabo, mangala, mangará, mangará-mirim, mangareto, mangarito, taioba mansa, taiova, taiá ou yautia.
Ela é nutritiva e repleta de benefícios para a saúde. O vegetal está entre as seis culturas de raízes e tubérculos mais importantes do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A taioba alimenta mais de 400 milhões de pessoas no mundo, sendo muito consumida na África Ocidental, Oceania e Ásia. O rizoma (raízes), por exemplo, pode ser utilizado para fazer cervejas, farinhas, chips e espessantes.
Entretanto, é preciso tomar cuidado, pois esse vegetal possui aparência semelhante à de variedades venenosas. A planta, considerada uma PANC no Brasil, possui similar venenosa, a taioba-brava, pertencente à espécie Colocasia antiquorum. Mas a taioba verdadeira também pode ser nociva se for ingerida sem cozimento, devido à presença de grandes quantidades de oxalato de cálcio, uma substância que causa sensação de queimação e prisão de ventre. Apesar disso, essa substância é quebrada com calor, por isso é recomendado o cozimento do vegetal antes da sua ingestão. Todas suas partes são comestíveis, incluindo os órgãos subterrâneos, conhecidos como cormos e cormilhos, que lembram o inhame e os talos de taioba.
A taioba comestível (Xanthosoma sagittifolium) deve ter formato de coração, ter talos e folhas totalmente verdes, ter uma linha que circunda toda a folha. Também deve possuir muita rugosidade, não ser trepadeira, a flor em forma de espata amarelada com 25 a 30 cm de comprimento, parecida com a flor do antúrio, e ter o talo que surge do encontro entre as duas orelhas da folha, e não do meio da folha. Ainda assim, não consuma se não tiver certeza da espécie.
A planta proporciona diversos benefícios à saúde. Sua folha é rica em fibras, o que a torna uma aliada da saúde intestinal, contem mais vitamina A que a cenoura, o que faz bem à saúde dos olhos e é importante para o crescimento. Aumenta a imunidade e além da vitamina A, contem cálcio, fósforo, ferro, proteínas, vitaminas B1, B2 e vitamina C.
Uma desvantagem para o uso alimentar de taioba é a presença de antinutrientes, predominantemente, oxalatos em todas as partes da planta. Sua presença interfere na biodisponibilidade de outros nutrientes e pode ser prejudicial à saúde humana quando consumida em excesso.
Lembrando mais uma vez, a taioba pode ser consumida apenas após o seu cozimento. Nenhuma parte da planta deve ser ingerida crua devido à presença de oxalato de cálcio. Métodos tradicionais de cozimento envolvem ferver, assar ou fritar as partes da planta. Você pode fazer a folha da planta preparada da mesma forma que uma couve, ou ainda utilizar outras partes da planta para fazer farinhas, purê e utilizar como ingrediente de sopas e molhos.
Então vamos ao que mais interessa nesse momento:
Ingredientes
- 1 maço de taioba
- 1 colher (sopa) de óleo ou azeite
- Sal e pimenta-do-reino a gosto
- 1 dente de alho picado
- Cebolinha-verde picada
- 1 cebola média cortada em rodelas
- Caldo de ½ limão
Preparo
- Lave bem a taioba, folha por folha. Rasgue as folhas em pedacinhos ou tiras como se faz com a couve, entre os veios, e lave novamente.
- Numa panela, coloque o óleo, o sal, o alho e a cebolinha-verde. Leve ao fogo.
- Quando estiver quente, acrescente a taioba para refogar, sem tampar a panela, por cerca de cinco minutos, mexendo sempre, ou até que a taioba esteja macia. Se desejar, adicione pimenta.
- À parte, faça um molho com as rodelas de cebola e o caldo de limão. Derrame o molho sobre a taioba depois que ela estiver pronta.
Tempo de preparo e cozimento: 15 minutos
Rendimento: 4 porções
Sugestão: Sirva com arroz e feijão.
Faça o download da publicação “Taioba – Orientações técnicas para cultivo” da Epamig CLICANDO AQUI.