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Raça – Conheça um pouco mais sobre o nelore pintado

Nelore pintado

A raridade dos animais inteiramente vermelhos ou com manchas rubras ou negras encanta produtores e compradores de todos os cantos

Diferente da raça que no Brasil ficou conhecida como tradicionalmente branca, a raridade dos animais inteiramente vermelhos – ou com manchas rubras ou negras – encanta produtores e compradores de todos os cantos

Além disso, possuem uma ótima qualidade genética, conforme estudos da Embrapa apontam: rusticidades, precocidade e qualidade da carne.

O plantel nacional ainda é pequeno para conclusões definitivas, mas já consegue-se perceber que os Nelores Pintados são animais pesados e que chamam a atenção pela bela pelagem.

A raça nelore representa 80% da força produtiva da indústria na carne do país.

O animal é o equivalente brasileiro ao Ongole Indiano, que também pertence à raça zebuína. No Brasil, o animal branco foi introduzido e rapidamente se popularizou devido à sua boa adaptação ao clima e resistência a pragas como o carrapato – grande inimigo dos rebanhos taurinos.

História

Um levantamento histórico da Embrapa aponta que o primeiro nelore vermelho do Brasil veio ao país por acaso. O primeiro relato conta que, em 1906, uma novilha branca, chamada Iraci, veio da Índia. Ela chegou ao país já fecundada e deu cria a uma bezerra vermelha que recebeu o nome de Itabira.

Touros nelores pintados no pasto
Touros nelores pintados

Com o tempo, percebeu-se que, ao cruzar Itabira com nelores brancos tradicionais, alguns bezerros continuavam nascendo com pelagem vermelha. Isso mostra que existe um gene recessivo nos nelores, que pode originar um animal com variação de pelagem. (NEG)Esta característica pode ser refinada e selecionada para criação das próximas gerações(NEG).

Os pintados do Mato Grosso do Sul

O levantamento indica também que, no estado de Mato Grosso do Sul, os primeiros animais que apresentaram variação de pelagem foram introduzidos na região pelo já falecido produtor rural Joaquim Cavalcanti Freire, em 1943. Foram os animais dessa seleção que a Embrapa Pantanal utilizou para suas pesquisas introdutórias, na fazenda Nhumirim.

São animais muito pesados, que se adaptam muito bem ao clima rústico do pantanal, porém, uma das dificuldades encontradas para alcançar dados mais pontuais é a pouca quantidade dos nelores pintados disponíveis para análise na fazenda da Embrapa e a relação de consanguinidade, que levou à identificação de animas com problemas de fertilidade e características que podem ser muito específicas. Para eliminar essa consanguinidade, foram introduzidos dois touros vermelhos recém-adquiridos de um dos maiores criadores de nelore pintado do MS (estado com o maior rebanho de animais do país).

Touro nelore pintado preto
Touro nelore pintado preto
Touro nelore pintado marrom
Touro nelore pintado marrom

Com o aproveitamento genético de reprodutores desta pelagem, oriundos de um plantel Nelore, tido como puro de origem, alguns criadores deram o passo inicial para a proliferação desta genética nos rebanhos de todo o território nacional.

Hoje já é comum ver em diversas exposições apresentação deste gado, que chama a atenção de muitos pecuaristas por sua coloração e pela caracterização racial. Além da curiosa beleza de sua pelagem, o Nelore pintado pode alinhar, também, todas as principais qualidades da raça, como produtividade, precocidade, fertilidade, rusticidade e conversão alimentar.

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