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Leitões

Um dos custos mais pesados para a suinocultura é o relativo à alimentação. Pesquisadores estão prestes a resolver este problema

A alimentação dos animais representa aproximadamente 70% dos custos totais da produção e, há tempos, pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo em Piracicaba, procuram por novas alternativas mais econômicas e nutritivas, objetivando também tornar a alimentação mais eficiente e sustentável.

Entre algumas das soluções que vêm se destacando, temos a do doutorando Vinícius de Paula que defende o aproveitamento do resíduo da produção do etanol de milho na alimentação dos suínos, e a da doutoranda Natália Cristina Milani, ainda em experimentação, em que o grão de soja e o farelo de soja branca, que é o farelo de soja antes da tostagem, também possam ser usados. Segundo ela, é um ingrediente proteico e muito energético, mas apresenta muitos fatores antinutricionais e depende que a extrusão possibilite o uso desse produto.

Porcos pastando em piquete

Economia não é colocar em risco a saúde e a produtividade do animal

Os testes ocorrem para determinar se os alimentos usados têm resposta econômica, a fim de trazer lucro para o produtor e contribuindo para um animal saudável e produtivo. A alimentação é fator preponderante no bem-estar, na saúde e na composição da carcaça dos animais

A ração feita à base de farelo de soja e milho é a mais utilizada pelos criadores. No entanto, atualmente, graças à indústria do etanol, surge a disponibilidade de coprodutos como o DDG (Dry Distillery Grain – ‘grão de destilaria seco’), que pode ser usado na nutrição animal, como já é feito em outros países. 

Sustentabilidade

Minimizar a produção de resíduos, eis uma preocupação do que deve ser constante. Nem tudo que o animal consome é absorvido. Vários elementos são descartados, como fibras, parte das proteínas… O trabalho dos pesquisadores é focado em minimizar essa geração de resíduos.

Para o bem do agronegócio brasileiro, é necessário investir ainda mais em pesquisas de alternativas como o sorgo, o trigo e a canola, que poderiam viabilizar economicamente o preço da ração, desde que mantenham o nível de desempenho do animal.

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