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Nutrição minimiza efeitos do estresse térmico em aves de corte e otimiza produtividade

Frango de corte
As altas temperaturas ambientais são incômodas para as aves de corte, sendo um fator estressante para elas
 
A elevação térmica provoca desconforto nesses animais homeotérmicos, gastando sua energia para manter a temperatura interna por volta dos 41°C. Esse incômodo gera reações comportamentais e fisiológicas, pois as aves tentam diminuir a temperatura corporal, podendo até ocasionar desequilíbrios no organismo conforme duração e intensidade do estresse.

Entre as reações, destacam-se:

  • abertura das asas a fim de aumentar a área de superfície corporal;
  • aumento da procura por locais mais frescos no aviário e
  • maior ingestão de água, além da redução do consumo de ração na tentativa de minimizar o calor corporal produzido pelos processos de digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes.

Isso provoca deslocamento do uso da energia que seria destinada à produção para promover perda de calor, desviando os nutrientes para mantença, com consequente redução no ganho de peso e desempenho, queda na imunidade e aumento da taxa de evaporação pelo trato respiratório na tentativa de resfriamento.

No estresse térmico agudo, podem surgir alterações na morfologia intestinal das aves de corte, visto que as altas temperaturas reduzem a proliferação dos enterócitos, causam redução na profundidade das criptas sem alteração na altura das vilosidades e reduzem a relação vilo/cripta.
 
Já o estresse crônico reduz a altura das vilosidades e o peso do jejuno. Tais alterações afetam a capacidade da ave de digerir e absorver nutrientes para sua manutenção e produção.
 
Para as aves atingirem o máximo desempenho, utilizando a mínima quantidade de energia para manutenção da temperatura corporal, é necessário que a temperatura ambiente esteja na faixa de conforto térmico – que pode variar conforme a idade e com umidade entre 50% e 70%.

O estresse térmico pode causar consistentes prejuízos, elevando os custos da produção a partir da necessidade de equipamentos e instalações, além de proporcionar maior ocorrência de doenças devido à queda da imunidade, frequência respiratória elevada e, como consequência, afetando o bem-estar dos animais.
Nos Estados Unidos, as perdas econômicas devido ao estresse térmico variam de US$ 128 a US$ 165 milhões anualmente. É uma referência importante para entender os prejuízos que causa também à avicultura brasileira.

Para minimizar os efeitos negativos do estresse térmico, o produtor deve ter cuidados com o ambiente da granja e as instalações, com adoção de tecnologias e equipamentos que auxiliem no melhor condicionamento térmico ambiental, como ventiladores, exaustores, nebulizadores e placas evaporativas, o que possibilita bom desempenho produtivo das aves. A instalação precisa ter orientação correta, evitando a incidência da luz solar para evitar o superaquecimento.
 
Porém, a adequação do ambiente não é a única medida recomendada. Os cuidados incluem o bom manejo nutricional, com atenção à formulação das rações para frangos de corte em diferentes instalações, regiões e estações do ano.
 
Fonte: Auster

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