A primeira vez que um dos mais tradicionais e relevantes eventos sobre as duas cadeias produtivas agrícolas, acontece tanto na região Norte do país como no Matopiba
O manejo da adubação do milho é sempre crucial, pois representa entre 25% e 30% do custo total de produção da cultura, e essa e outras questões serão abordadas no 34º Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que ocorrerá de 9 a 12 de setembro, em Palmas, TO. O evento é um importante fórum de discussão técnica e científica, especialmente relevante para a região do Matopiba. Essa área ainda carece de informações qualificadas e direcionamentos para ajustes locais. O evento oferece uma oportunidade para que os produtores da região avancem no manejo das lavouras, otimizando o retorno econômico.
Será a primeira vez que o evento, um dos mais tradicionais e relevantes sobre as duas cadeias produtivas agrícolas, acontece tanto na região Norte do país como no Matopiba (área que envolve partes de quatro estados: Maranhão; Tocantins; Piauí; e Bahia). A missão é buscar soluções tecnológicas e compartilhar conhecimentos que promovam o aumento da eficiência no uso de nutrientes. O melhor aproveitamento dos fertilizantes melhora a rentabilidade e evita desperdícios. O uso inadequado pode causar desequilíbrios ambientais, poluição e prejuízos, como a perda de nutrientes para os cursos d’água.
O tema central do evento diz respeito aos sistemas de produção em fronteiras agrícolas. Entre os grãos, o milho ocupa a segunda maior área plantada, somente superada pela soja, e é a atividade agrícola mais frequente nas propriedades rurais do Tocantins, do Matopiba e do Brasil. Da mesma forma, o sorgo apresenta um enorme potencial de crescimento nesta região e têm sido observados aumentos constantes de área plantada e de produtividade, apresentando-se como uma forte alternativa para as condições do cerrado.
Outro ponto relevante é a demanda por redução das emissões de carbono no sistema de produção. A pegada de carbono, especialmente da adubação nitrogenada, tem um grande impacto na sustentabilidade do cultivo de milho. A eficiência produtiva começa com a construção de uma base de fertilidade do solo. O simpósio focará no manejo de adubação para alta produtividade de milho, manejo de micronutrientes de baixa altitude e desafios do manejo em solos arenosos, além da necessidade de condicionamento do perfil do solo para que as plantas cresçam adequadamente e aproveitem ao máximo os nutrientes aplicados. Práticas como correção da acidez do solo, com calagem e gessagem, são fundamentais para o crescimento das raízes, permitindo que as plantas absorvam nutrientes e água eficientemente, alcançando alta produtividade.
Ainda serão debatidos temas como as taxas de extração e exportação de nutrientes na cultura do milho, essenciais para dimensionar a necessidade de adubação, adubação de manutenção, a importância de ajustar as práticas de manejo conforme as especificidades locais de produção, considerando sequência de culturas, características do solo e clima.
O Matopiba foi responsável por cerca de 15% da área cultivada (o que equivale a 7,4 milhões de hectares) e por aproximadamente 9% da produção total (13,9 milhões de toneladas) de grãos no Brasil. A região tem se tornado o destaque do agronegócio brasileiro, com a maior média nacional em crescimento da produção de grãos, chegando a 20% ao ano. Os números atestam que, de potencial fronteira agrícola, o Matopiba nas últimas safras se tornou realidade.
A organização espera uma grande participação de todos os atores envolvidos nas cadeias produtoras de grãos, tanto daqueles que residem e trabalham no Tocantins e em estados vizinhos, quanto daqueles que vêm de outras regiões do Brasil. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS) e organizado pela Embrapa, envolvendo os centros de pesquisa Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) e Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). Para mais informações e inscrições, visite o portal do congresso CLICANDO AQUI.