Ações transformadoras devem ser implementadas em todos os setores, incluindo energia, transporte e finanças
A Organização Mundial da Saúde e cerca de três quartos dos profissionais de Saúde do mundo pediram na última segunda-feira, 11, que os governos adotem mais ações pelo clima na conferência global climática COP 26, apontando que isso pode salvar milhões de vidas ao ano.
O relatório da agência sanitária da ONU sobre mudanças climáticas e os pedidos da área por ações transformadoras em todos os setores, incluindo energia, transporte e finanças, aponta que os benefícios de ações ambiciosas em relação ao clima superam de longe seus custos.
Segundo a organização, a queima de combustíveis fósseis está nos matando. As mudanças climáticas são a principal ameaça de saúde que a humanidade enfrenta.
Cerca de 13,7 milhões de mortes por ano, ou cerca de 24,3% do total global, aconteceram por conta de riscos ambientais como a poluição do ar e a exposição a químicos.
Não está claro exatamente quantos dessas mortes estão diretamente ligados às mudanças climáticas, embora segundo os técnicos, cerca de 80% das mortes que foram causadas por conta da poluição do ar poderiam ter sido prevenidas se suas orientações fossem cumpridas.
As mudanças climáticas também impulsionam algumas doenças infecciosas como a dengue e a malária, causando mortes em algumas das regiões mais pobres do planeta
“Nossa saúde não é negociável: estamos indo para negociações sobre o clima, estamos negociando muitas coisas, mas a vida de uma só criança, seja ela perdida para a poluição do ar ou para as mudanças climáticas, não é algo que deveria estar na mesa”, disse Diarmid Campbell-Lendrum, diretor da unidade de Mudanças Climáticas da OMS.