Diminuição da burocracia para projetos fotovoltaicos em residências e empresas e aumento de contratação da fonte nos leilões de energia do Governo Federal seriam a solução para o problema hídrico
Propostas para o enfrentamento da crise hídrica que tem provocado a alta nas contas de luz do brasileiro e dos setores produtivos do país foram apresentadas ao Ministério de Minas e Energias por representantes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Diversas medidas viáveis e de curto e médio prazos para a diversificação da matriz e o atendimento da demanda elétrica, a partir da ampliação da energia solar no país foram colocadas em pauta na reunião.
Destacaram-se ações para geração própria de energia solar, em telhados de edifícios e pequenos terrenos (geração distribuída) e de grandes usinas solares (geração centralizada).
Na geração distribuída, a entidade propôs o incentivo à geração de energia solar feita por investimentos diretos dos próprios consumidores (em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais). Com isso, em prazo bem curto, a capacidade instalada do segmento aumentaria significativamente. Hoje a capacidade é equivalente a 40% da potência instalada de Itaipu.
Processos parados
A entidade também propôs atuação mais presente do Governo Federal junto às distribuidoras de energia elétrica, para destravar novos projetos de energia solar em telhados e pequenos terrenos, hoje aguardando retorno das distribuidoras para obter conexão.
Em Minas Gerais, há atualmente cerca de 500 megawatts à espera da liberação das concessionárias. Acelerar estes processos e punir atrasos no retorno aos consumidores permitiria a entrada em operação de mais usinas em poucos meses, em todos os estados do País.
Preocupação com a conta de luz dos brasileiros e com a competitividade global
No caso das usinas de grande porte, a entidade recomenda a realização de novos leilões de energia com participação da fonte solar, já que os empreendimentos são de rápida implementação (um ano e meio, em média) e possuem os preços-médios mais competitivos entre as fontes renováveis, colaborando para a redução na conta de luz dos brasileiros.
Na perspectiva de crescimento econômico do Brasil nos próximos anos, o país precisará de energia elétrica limpa e barata para se manter competitivo.
Tanto as grandes usinas quanto os pequenos sistemas em telhados contribuiriam para aliviar a pressão sobre os reservatórios das hidrelétricas e diminuir o acionamento de termelétricas a base de combustíveis fósseis, mais caras e poluentes.
Que o Governo Federal se dê conta da necessidade urgente de mudanças na matriz energética, tanto para aliviar o bolso do consumidor quanto para colocar o Brasil num patamar competitivo globalmente.
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