12 de abril de 1961.
Iuri Gagarin fazia o primeiro passeio espacial. Uma data comemorada por todo o mundo (menos pelos americanos, é claro!).
Uma comprovação da capacidade humana de inventar, de ampliar seus horizontes, de se desenvolver. Uma prova de que, se quiser, o ser humano pode ser bem melhor amanhã do que é hoje.
Mas isto valeu apenas para os avanços tecnológicos e industriais mesmo. Parou por aí.
No mesmo período, a segregação racial em escolas públicas e transportes nos Estados Unidos eram ditames constitucionais e o processo de dessegregação continuava em sua luta inglória! O movimento por direitos civis do povo preto ganhava força, mas era combatido severamente pelas instituições consolidadas.
30 de maio de 2020.
Doug Hurley e Bob Behnken, os primeiros astronautas da NASA a voar para uma empresa privada, na Dragon Crew projetada pela SpaceX, são lançados ao espaço, revigorando uma nova possibilidade de revolução.
Cinco dias antes, um homem preto foi “enforcado” em plena luz do dia, com uma multidão assistindo, pela polícia em Minneapolis, Minnesota.
Este é o mundo em que ainda vivemos.
Pouco mudou de 1960 até hoje quando se fala em direitos civis de minorias.
A velocidade exponencial do avanço tecnológico não é nem de perto seguida pelas velocidades risíveis dos avanços da igualdade e da tolerância.
Sessenta anos se passaram. E não só os negros continuam a ser segregados, violentados e mortos.
O povo pobre também é grande vítima dos poderes constituídos. Poderes muitas vezes estabelecidos democraticamente, mas formado por pessoas que não mereciam estar no lugar que ocupam.
Poderes que fazem leis para se proteger das críticas e denúncias. Poderes que fazem questão de se abraçar por baixo do manto da noite, tomando seus uísques e decidindo como farão para se perpetuar no poder.
Podres poderes? Talvez, não. Podres pessoas que os manipulam.
Temos que ter muito cuidado com o que defendemos nas horas de desafios brutais, pois podemos estar corroborando para a aplicação de leis que no futuro trarão prejuízos para a nossa própria liberdade!
As vidas dos pretos têm valor.
Assim como a de qualquer outra raça. E todas têm que estar alertas, pois o que AINDA fazem com os pretos, AINDA fazem com toda população.
Acreditamos que é papel da RuraltecTV, assim como de qualquer outra empresa, estar atenta às demandas sociais e principalmente das humanas. Acreditamos que é nossa responsabilidade lutar pela igualdade de todos. Acreditamos que o ser humano é uma raça indivisível, una.
Então, UNA-SE deixa de ser um grito libertário e passa a ser a manifestação inata de um só povo, de uma só espécie.
Estejamos atentos. E UNOS!
