Distúrbios nutricionais e de saúde no início da lactação afetam o pico do leite
O pico de leite é a produção de leite mais alta registrada nos primeiros 150 dias em lactação (DEL) e indica como a vaca responde às práticas de alimentação durante o período seco, parto e período inicial de lactação.
Está provado que distúrbios nutricionais e de saúde no início da lactação afetam o pico do leite. Então, vamos a algumas dicas que podem lhe ajudar a resolver este problema.
Período seco. A nutrição e o controle do período seco afetam a saúde e o desempenho após o nascimento. Portanto, avalie sempre seu programa de vaca seca. Os principais objetivos para vacas secas incluem:
- manutenção da ingestão de matéria seca (12,5 a 14,5 quilos por dia);
- evitar fornecimento excessivo de energia;
- prevenção do ganho do escore de condição corporal (ECC);
- otimizar o conforto;
- cuidar da saúde do casco.
Febre do leite subclínica. Reduza o risco de febre do leite subclínica (baixo cálcio no sangue) durante a primeira semana de lactação. Baixo nível de cálcio no sangue (menos de 8,0 miligramas por decilitro) se correlaciona com o seguinte:
- cetose;
- maior contagem de células somáticas;
- involução uterina atrasada;
- metrite;
- queda no consumo de alimentos;
- produção de leite reduzida.
Ingestão de alimentos pós-parto.
- forneça quantidade adequada de água limpa às vacas;
- permita o acesso a uma nova ração mista total;
- forneça quantidade adequada de volumoso;
- mantenha os cochos limpos e frescos.
Bem-estar pós-parto. Para otimizar o conforto das vacas no grupo de vacas após o parto:
- use uma taxa de lotação de 80 a 85% da capacidade;
- mantenha as vacas em um grupo de vacas que acabaram de parir por 14 a 21 dias;
- forneça espaço suficiente no cocho para cada vaca;
- reduza o estresse social (especialmente para novilhas de primeiro parto);
- cuide para que as vacas não se separem de suas companheiras de rebanho;
- invista no resfriamento de vacas para vacas secas e lactantes.
Saúde ruminal. Previna a acidose ruminal. Preste atenção em detalhes como:
- fornecer volumoso durante os primeiros cinco dias após o parto. A dieta no início da lactação deve conter muita fibra digerível de boa qualidade (31 a 35% de fibra em detergente neutro);
- manter o tamanho da fibra visando uma ingestão consistente e evite cochos vazios;
- minimizar o risco de lentidão no consumo ou seleção da dieta que possa resultar em acidose ruminal.
Histórico de problemas metabólicos ou de saúde. Vacas com histórico de febre do leite, cetose ou mastite provavelmente enfrentarão esses problemas novamente. Ficar de olho nas vacas propensas a problemas de saúde permite ajudar a prevenir esses problemas.
Escore de condição corporal (ECC). O ECC alvo no parto é 3,0-3,25. Você deve evitar que as vacas atinjam uma ECC maior que 4. Um ECC mais baixo no parto permite 0,5 a 1,0 unidades de ECC dentro da variação do rebanho. Isso fornece uma margem de segurança para evitar vacas com excesso de peso que:
- têm um risco maior de cetose e fígado gorduroso;
- muitas vezes têm dificuldades de reprodução.
Aditivos alimentares. É provável que grupos de vacas recém-paridas ofereçam um retorno sobre os investimentos em aditivos alimentares. Estudos apoiam os seguintes aditivos:
- ionóforos – aumentam a disponibilidade de glicose;
- colina – melhora a função e a saúde do fígado;
- aminoácidos protegidos – atendem aos requisitos de aminoácidos sem fornecer proteína demais;
- gordura protegida suplementar – aumenta a ingestão de energia;
- leveduras – estabilizam a fermentação ruminal.
Fatores antinutricionais. Fatores antinutricionais incluem alimentos contendo mofo, levedura selvagem e alimentos pouco fermentados. A contagem de mofo em mais de 100.000 colônias por grama provavelmente diminui a ingestão de alimentos e a digestibilidade da dieta.
Antioxidantes. Vitamina E e selênio ajudam a reduzir o impacto do estresse oxidativo. O estresse oxidativo pode ser muita mobilização de gordura, má qualidade do ar ou lesões. Tudo isso diminui a eficiência da função do sistema imunológico.
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