A plataforma facilitará o acesso a dados e informações ambientais, com subsídios técnicos fundamentais para aplicação em projetos ambientais
O Instituto Água e Terra (IAT) lançou recentemente uma nova ferramenta para colaborar com a preservação do meio ambiente no Paraná. A plataforma Áreas Estratégicas para a Conservação e Restauração da Biodiversidade (AECR) foi desenvolvida pelas equipes da Diretoria de Patrimônio Natural e do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) reunindo diversas informações de interesse público, com foco na manutenção da biodiversidade.
A AECR traz, por meio de diferentes mapas temáticos, a cobertura florestal nativa paranaense, remanescentes florestais por classe de prioridade, Unidades de Conservação (UC) estaduais e federais, localização de terras indígenas e outras comunidades tradicionais do Estado, regiões fitogeográficas do Paraná, além das áreas estratégicas que podem colaborar com a conservação e restauração da biodiversidade local.
A plataforma vai facilitar o acesso a dados e informações ambientais, com subsídios técnicos fundamentais para aplicação em projetos ambientais, no cumprimento da legislação vigente e na formulação e execução de políticas públicas pelas diferentes esferas.
A equipe técnica demorou em torno de um ano para desenvolver o sistema e espera que a ferramenta ajudará muito o meio ambiente do estado, sendo o ponto focal para elaboração de qualquer política pública voltada para a biodiversidade. A expectativa é que a ferramenta seja amplamente adotada por gestores ambientais, pesquisadores e pela população em geral, potencializando os esforços na preservação e restauração dos recursos naturais paranaenses.
A iniciativa também assegura os compromissos nacionais e internacionais que o Paraná integra, como as campanhas Race to zero e Race to resilience, que visam à redução e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e a resiliência climática.
O mapeamento das áreas estratégicas também contou com o suporte técnico e especializado de pesquisadores do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) para atualização do mapeamento já existente. Desenvolveram, ainda, uma metodologia inédita de priorização de fragmentos remanescentes de vegetação nativa como ferramenta adicional à conservação da biodiversidade.
A criação do banco de dados dos remanescentes florestais, que integra a plataforma, facilitará muito o monitoramento da floresta nativa, além de trazer subsídios técnicos para a formação de corredores ecológicos e outras políticas ambientais. Ajudará a indicar também as áreas prioritárias para criação de novas Unidades de Conservação, inclusive municipais, bem como indicar propriedades rurais que detenham áreas prioritárias para compensação relacionada licenciamento ambiental.