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Pequenos produtores paranaenses comemoram primeira exportação direta de cafés especiais

Grãos de café sobre café moído especial
O lucro fica dentro da cooperativa e para os produtores e a remuneração é muito boa
 
Pela primeira vez desde a sua criação, a Cooperativa de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (COCENPP), realizou uma exportação direta – sem intermediação de traders – de cafés especiais para o exterior. As 96 sacas de café natural e cereja descascado, de 30 Kg cada, saíram do Brasil pelo porto de Santos, São Paulo, em 24 de dezembro, e chegaram ao destino final, Barcelona, na Espanha, em 15 de janeiro.
 
O envio contou com a participação de sete pequenos produtores cooperados: Evilásio Shigueaki Mori, Paulo José Frasquetti, Ricardo Batista dos Santos, Claudinei de Carvalho Nunes, Pedro Luiz Costa, Antônio Carlos Delmonico e Armando César Casimiro. O planejamento e a documentação para a exportação foram feitos pela representante comercial da COCENPP, Angelina Harumi Shimysu Jussiani.
Ela conta que recebeu capacitação da Apex Brasil, específica para exportação para micro e pequenas empresas, de forma online, por conta da pandemia. Angelina brinca que a primeira exportação da cooperativa aconteceu de “supetão”. Com apoio do Programa de Qualificação para Exportação – Peiex Brasil e dos sete produtores, conseguiu reunir a documentação e planejar a logística de envio em poucas semanas. Segundo ela, a Indicação Geográfica (IG), na modalidade de procedência do café do norte pioneiro do Paraná, terá o seu selo estampado nas embalagens e ajudará no marketing e divulgação do produto em território espanhol.
 
Na Europa, as indicações de procedência são valorizadas”, afirma. A representante comercial destaca que a exportação não teria acontecido sem o apoio do Sebrae/PR.
Para o cafeicultor, um dos exportadores e presidente da COCENPP, Ricardo Batista dos Santos, o envio direto dos cafés para a Espanha é um sonho realizado. Ele conta que já exporta café há muitos anos, desde 2013, mas sempre com a intermediação de traders. “O lucro vai ficar dentro da cooperativa e para nós, produtores, a remuneração é muito boa. Recebemos o dobro do preço que teríamos aqui no mercado nacional”, comemora.
 
Os cafés enviados à Espanha serão comercializados para torrefações e também vendidos por uma plataforma de e-commerce direto para o consumidor final. Depois do primeiro envio, a cooperativa recebeu propostas de exportações para outros países, como Itália e Rússia.

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