A técnica de arrasto de praia envolve o uso de redes puxadas manualmente com o auxílio de pequenas embarcações, diretamente da praia
Os pescadores artesanais de arrasto de praia do litoral de Santa Catarina comemoram um marco significativo na safra da tainha deste ano, superando amplamente as capturas do ano anterior. Usando a tradicional técnica de arrasto de praia, eles conseguiram capturar mais de 780 mil tainhas, um número que não apenas reflete a abundância do pescado, mas também a eficiência e dedicação das comunidades pesqueiras. Na safra do ano passado foram 505.502 tainhas capturadas.
Existem várias modalidades da pesca da tainha (Mugil liza) no litoral e o governo do estado está acompanhando de perto todas elas e trabalhando nas ações possíveis para auxiliar os pescadores. O arrasto de praia não possui cota e isso contribui para uma grande mobilização de famílias nos ranchos. Toda essa magia de puxar a rede e ver a tainha ser capturada faz parte da cultura que envolve a pesca em Santa Catarina.
Estimativas levantadas pela plataforma Informações da Pesca (IDP), diretamente com os ranchos de pesca, apontam que desde o início da safra até o dia 12 de junho de 2024 a cidade de Florianópolis liderava a lista com o maior de número de tainhas capturadas, com um total de 339.960 peixes. Logo atrás aparece Bombinhas, com 282.324 tainhas capturadas e em terceiro lugar está Palhoça, com 39.393 tainhas. Ao todo são 1.326.363 quilos, o equivalente a 780.214 tainhas capturadas até a última quarta-feira, 12.
As coletas de dados das informações levantadas sobre as tainhas capturadas no litoral catarinense são feitas com base nas informações repassadas pelos donos das embarcações e ranchos de pesca. A quantidade de peixes capturados é atualizada em uma tabela que mostra um panorama do estado. É um trabalho que traz uma estimativa da safra para auxiliar na contabilização desses dados.
A técnica de arrasto de praia envolve o uso de redes puxadas manualmente com o auxílio de pequenas embarcações, diretamente da praia. Um dos fatores que podem ter contribuído para o sucesso desta safra em Santa Catarina incluem as condições climáticas e principalmente a diminuição drástica da captura de tainha dentro da Lagoa dos Patos (RS) neste ano. O impacto econômico do aumento na captura de tainha é significativo para as comunidades costeiras, que dependem da pesca como principal fonte de renda.