A nova cultivar é insensível ao fotoperiodismo, sendo uma excelente opção pela ampla adaptabilidade em diversos ambientes, inclusive no período da segunda safra
Desenvolvido pela Embrapa para atender à demanda por cultivares mais produtivas, a cultivar de sorgo forrageiro BRS 661 reúne atributos fundamentais para o alcance de alta produtividade de massa verde com excelente qualidade nutricional. É a escolha ideal para aumentar a eficiência e a sustentabilidade dos cultivos, uma vez que alia produtividade, adaptabilidade e resistência a doenças.
A nova cultivar foi criada especialmente para sistemas de produção de silagem com baixo custo e tem potencial para atingir produtividade de massa verde superior a 70 toneladas por hectare. Sua adaptabilidade a diversos sistemas de produção de forragem a tornam uma escolha versátil e estratégica para pecuaristas e agricultores. Isso chama a atenção e torna esse sorgo uma escolha eficaz para o sudeste, o centro-oeste e o nordeste, regiões para as quais ele é indicado.
Destaques da BRS 661
- A nova cultivar tem potencial para atingir produtividade de massa verde superior a 70 toneladas por hectare.
- Sua adaptabilidade a diversos sistemas de produção de forragem a tornam estratégica para pecuaristas e agricultores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
- Experimentos demonstram também que é mais tolerante às principais doenças que incidem na cultura do sorgo, como a antracnose e a ferrugem.
- Em 2024, foram produzidas 90 toneladas de sementes do sorgo BRS 661 por empresas parceiras licenciadas, mas a expectativa é triplicar essa quantidade para a próxima safra.
A cultivar BRS 661 também se sobressai pela capacidade de rebrota, tolerância ao alumínio no solo, estresse hídrico e acamamento, e pela sanidade foliar. Em relação à sanidade do material, a BRS 661 demonstrou ser mais tolerante às piores doenças que incidem na cultura do sorgo, principalmente a antracnose.
A cultivar é recomendada para a safra de verão e segunda safra. Os pecuaristas procuram por cultivares com melhor desempenho nas condições de segunda safra, isso porque a maior parte dos materiais de sorgo existentes no mercado, que são cultivares híbridas, tem seu rendimento reduzido nessa fase, por serem sensíveis ao fotoperiodismo (reação da planta à disponibilidade de luz). Nesse contexto, a BRS 661, por ser uma cultivar insensível ao fotoperiodismo, se torna uma excelente opção pela ampla adaptabilidade em diversos ambientes, inclusive no período da segunda safra.
Na opinião dos técnicos, o novo sorgo é a escolha ideal para quem busca maximizar a produção de forragem com qualidade. A produtividade, adaptabilidade e a sanidade a tornam uma opção indispensável para sistemas de produção eficientes e sustentáveis.
Ponto de colheita da silagem
O sorgo BRS 661 apresenta uma boa uniformidade no desenvolvimento das panículas, o que favorece a determinação do ponto da ensilagem, contribuindo para a qualidade da silagem que é um dos diferenciais que a nova cultivar traz. Não só a panícula é uniforme, mas apresenta também folhas largas e um maior número de folhas por plantas, o que é bastante promissor.