O Concurso premia excelência e sustentabilidade no setor, com finalistas definidos que concorrem em duas categorias: varietal e mistura
A capital paraense será palco, no próximo dia 28 de novembro, da cerimônia de premiação do VI Concurso Nacional de Cacau Especial – Sustentabilidade e Qualidade, no no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, à Av. Dr. Freitas, s/n, Marco. O evento, organizado pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC), consolidou-se como um dos maiores da cadeia produtiva do cacau no Brasil, reunindo 94 amostras provenientes de nove estados.
Nesta edição, marcada por um número recorde de origens participantes, Bahia, Espírito Santo, Pará e Rondônia se destacaram como finalistas. Os produtores competem em duas categorias: varietal, que avalia amêndoas de uma única variedade genética, e mistura, dedicada a blends de diferentes variedades. Entre os estreantes, estados como Alagoas, Ceará e Pernambuco participaram da fase inicial, ampliando a abrangência do concurso.
O concurso tem como objetivo incentivar a excelência na produção de cacau, promover práticas sustentáveis e melhorar continuamente a qualidade do fruto. Além disso, busca valorizar o cacau nacional, evidenciando suas características únicas e impulsionando a produção de chocolates especiais, tanto no mercado interno quanto internacional. Este ano, a premiação totaliza R$ 60 mil, que será distribuído entre os três primeiros colocados de cada categoria.
Uma das iniciativas do evento é o foco na sustentabilidade, guiada pelo Currículo de Sustentabilidade do Cacau, referência para produtores, técnicos e instituições. Na etapa de inscrição, os participantes respondem a questionários sobre práticas sustentáveis. Já na fase final, auditores visitam as propriedades para verificar as informações fornecidas.
O concurso também funciona como seletiva para o Cacao of Excellence Awards 2025, um dos maiores eventos do setor no mundo. O Brasil tem se destacado internacionalmente, conquistando três prêmios nas últimas edições, incluindo duas medalhas de ouro e uma de prata na cerimônia mais recente, realizada em Amsterdã.
A escolha das melhores amêndoas passa por uma rigorosa análise técnico-científica. Em laboratório, são realizadas análises físico-químicas das amêndoas não torradas e testes sensoriais do líquor de cacau. Na etapa final, um júri externo realiza uma prova às cegas com chocolates 70%. O concurso segue como um marco para o setor, reafirmando o compromisso com qualidade, inovação e sustentabilidade na produção de cacau no Brasil.