O documentário recebeu o título de semifinalista no Angeles Documentaries e foi selecionado para o Lisboa Indie Film Festival
No estado do Pará, serpenteando paisagens exuberantes do Rio Xingu, populações ribeirinhas das regiões de Altamira, Uruará e São Félix do Xingu se organizam pela garantia da floresta em pé, utilizando seu conhecimento para o sustento e preservação da terra.
O documentário (NEG)“A floresta que você não vê – Narrativas do Médio Xingu”(NEG) mostra a vida das famílias do Médio Xingu, habitado por povos indígenas no estado do Pará, e a luta dessas pessoas pela conservação da floresta amazônica. A produção é uma parceria entre a Synergia Socioambiental e a Dot Films, com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com imagens captadas nos meses de setembro e novembro de 2022, o documentário tem duração de 28 minutos.
A produção do média-metragem passa pelo projeto Redes do Médio Xingu, criado em 2022 pela Synergia Socioambiental, com um objetivo de ajudar na conservação do meio ambiente e a geração de renda de pessoas que vivem em áreas protegidas desses locais.
Essas pessoas se sentem parte da floresta. Vivem num importante área da Amazônia brasileira que enfrenta grande pressão de desmatamento em função do garimpo, da extração de madeira, da pecuária e da monocultura. Defendem modos de vida que, adaptados às novas realidades, abrigam saberes e conhecimentos preciosos para o cuidado com a floresta, aliado ao desenvolvimento da bioeconomia.
O documentário recebeu o título de semifinalista no Angeles Documentaries, na categoria de curtas documentais, e foi selecionado para concorrer ao Lisboa Indie Film Festival.
O projeto apoia a cadeia produtiva do cacau e a geração de renda das famílias da Estação Ecológica Terra do Meio. Em parceria com o ICMBio, a Synergia convoca consultores que fornecem assistência técnica e extensão rural (ATER) para acesso ao mercado de vendas do cacau. O objetivo é capacitar produtores para que eles possam atender toda a cadeia, do cultivo à venda, de maneira sustentável.
A assistência técnica oferece informação sobre o manejo do solo, as podas do cacau, o manejo de pragas e doenças e cuidados no pós-colheita, em um processo que envolve fermentação, secagem e escoamento do cacau.
As famílias da Esec Terra do Meio cultivam o cacau por meio do sistema agroflorestal, com uma agricultura de baixo carbono e o plantio em conjunto com outras espécies, como andiroba e copaíba, que são plantadas entre os pés de cacau, ou seja, um cultivo de cacau totalmente sustentável.
Como parte do projeto, também está em construção uma cantina comunitária na área da Esec Terra do Meio. A ideia é promover o acesso aos alimentos e produtos de necessidades básicas às famílias, sem a necessidade de grandes deslocamentos ou gastos com frete e gasolina. Também está prevista a construção de um paiol para armazenar a castanha cultivada.
A AASFLOR (Associação Agroextrativista Sementes da Floresta), situada em Uruará, que também está localizada no Médio Xingu, recebeu apoio do projeto para o redesenho dos rótulos e embalagens de seus produtos. Agricultores familiares vinculados à associação buscam, desde 2007, viabilizar alternativas de renda diferentes das cadeias produtivas que dominam a paisagem local, como a soja, pecuária e extração de madeira. A associação já conseguiu inserir um produto do extrativismo, a farinha do babaçu, no programa da merenda escolar.
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Ficha técnica
Direção
Andy Costa
Diretor de Fotografia
Thiago Borazanian
Edição, colorização e sound design
Célio Roberto
Produção Executiva
Adriana Barros, Ana Cristine Veneziani, Andy Costa, Cássio Falcón
Produção
Alexandre Pessôa, Andy Costa, Cássio Falcón, Eliane Dal Colleto, Mario Braga Vasconcellos
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