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Revitalização de Pastagens – 450 produtores mineiros são beneficiados

Pastagem recuperada
O Programa Municipal de Revitalização Tecnificada de Pastagens, implantado pela equipe do escritório local da Emater-MG em Montes Claros, Norte de Minas, vem beneficiando produtores rurais, pecuaristas e agricultores familiares do município.
 
Com a divulgação e troca de experiência com produtores de outros municípios, pode-se dizer que o programa já tem reflexos em toda a região. Como exemplo desses efeitos positivos, pode-se citar a demanda por análise de solo e uso de corretivo em área de pastagem, que cresceu cerca de 400%, desde o início da implantação do programa, em 2016.
 
As ações têm como objetivo perenizar as pastagens, promover recarga hídrica no lençol freático e reduzir o assoreamento de cursos d’água. Desta forma, está sendo possível estimular a bovinocultura no Norte de Minas e aumentar a lucratividade no campo. O pontapé inicial foi há quatro anos, como reação a um cenário de grave crise hídrica e ambiental que impactou todas as atividades agropecuárias do município, em especial a pecuária bovina. De acordo com José Arcanjo Marques Pereira, um dos extensionistas da Emater-MG envolvidos no programa, estudos apontavam a degradação de 85,6% dos pastos da região e do Estado. 

Oito seminários rurais foram organizados para o lançamento e a divulgação do programa, com a mobilização de agricultores, pecuaristas e técnicos do município de Montes Claros. Em outubro de 2016, foi iniciada a implantação de quatro Unidades Demonstrativas. José Arcanjo destaca a importância da rede de 13 parceiros, entre entidades públicas e privadas, para o desenvolvimento do programa. “A experiência também foi compartilhada e apresentada em vários seminários acadêmicos em faculdades e universidades, bem como na Semana do Produtor Rural, realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais”, conta o extensionista.

A estimativa é que o Programa tenha propiciado a revitalização de cerca de 6,5 mil hectares de pastagens no município, com o modelo de tecnificação mínima, com acompanhamento técnico da Emater-MG e dos demais parceiros. Esse formato inclui técnicas que eram ainda pouco utilizadas pelos pecuaristas e agricultores da região, como análise de solo, e consequentemente, calagem e fosfatagem adequadas, além de subsolagem, com preparo profundo de solo, e construção de terraços, que permite melhor infiltração de água para a recarga do lençol freático.
 
“Passou-se a utilizar máquinas e equipamentos mais adequados, e as práticas e técnicas agrárias adotadas estão promovendo uma profunda transformação dessas propriedades”, enfatiza José Arcanjo. “Observamos nessas áreas, a absorção e aproveitamento de 70% a 100% das chuvas precipitadas nas áreas readequadas. O perfil de solo também melhorou muito, com desenvolvimento de raízes de capim com até 80 centímetros de profundidade”, afirma o extensionista. Com os bons resultados obtidos, a perspectiva é que o programa tenha continuidade, sendo que as Unidades Demonstrativas têm vida útil estimada em dez anos.
 
Fonte: Emater-MG – Jornalista Míriam Fernandes
 
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