Na maior parte do país, a vacinação preventiva contra febre aftosa nos bovinos com até dois anos de idade (24 meses) é realizada no mês de novembro, quando teremos mais de 70 milhões de cabeças imunizadas
Na maioria das fazendas, este período marcará o início da estação de monta (EM) das fêmeas em idade reprodutiva.
Aproveitando-se deste manejo vacinal, podemos e devemos associar outros manejos que ainda podem estar pendentes nos animais, tais como aplicação de:
- vermífugos,
- suplementos minerais
- vitamínicos injetáveis,
- outras vacinas etc.
Com estas iniciativas, aumentam as chances de os animais aproveitarem de maneira plena o incremento das pastagens com a chegada do regime de chuvas e dos períodos de dia prolongados do verão.
Uso racional da mão-de-obra
O manejo sanitário com aplicação de vacinas clostridiais, antirrábicas em áreas endêmicas e reprodutivas nas fêmeas aptas, e o uso de antiparasitários conforme categorias e indicações do programa sanitário da propriedade deve ter atenção especial.
As chuvas iniciaram-se no final de setembro/início de outubro e se consolidam agora no mês de novembro seguindo até o mês de março, dando fim ao chamado inverno seco.
Neste período os animais entram em uma temporada ótima de pastagens, tanto em volume como em qualidade. É o momento de recuperar os animais da estiagem que assolou o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste do País e de promover o ganho de peso dos animais.
Com as chuvas, o aumento das temperaturas e o incremento das pastagens, outro desafio é o combate aos parasitas que espoliam os animais, sendo eles o carrapato, as moscas e principalmente as verminoses.
Portanto, junto ao manejo vacinal devemos fazer o uso de antiparasitários, tanto internos como externos, mesmo nos animais de baixo desafio parasitário como zebuínos e animais adultos, onde a utilização do endoparasiticida (vermífugo) associado a um “Pour-On” ectoparasiticida é de grande importância.
Com a adoção de manejos conjuntos é possível que os animais manifestem todo seu potencial produtivo e reprodutivo, tanto para ganho de peso dos animais de engorda, como reprodutivo nas fêmeas aptas.
Atualmente, o maior desafio está em manter nos estados livres da obrigatoriedade do uso da vacina contra a febre aftosa, os manejos regulares de controle antiparasitário nos períodos considerados ótimos como na entrada da seca e/ou inverno meio e principalmente na entrada das águas.
Portanto, devemos aproveitar o manejo de curral no mês de novembro, pois é o momento de aferir como estão os animais, se a desmama está ganhando peso, se os bezerros do cedo (carimbo 8, 9 e 10) estão se desenvolvendo.
Também é hora de organizar os lotes para IATF, promover os programas sanitários previstos e, resumidamente, cuidar da saúde total do rebanho.
Cuidados adequados a características dos animais
Nestes manejos, cada categoria animal deve receber produtos conforme as necessidades e sensibilidade aos desafios. As categorias mais jovens (6 a 24 meses) são as mais sensíveis aos parasitas internos, os taurinos e seus cruzamentos são os mais sensíveis aos parasitas externos e, as categorias mais eradas (>24meses), tanto zebuínas como taurinas, são as que contaminam as pastagens.
Atenção! Em casos de desafio intenso por ectoparasitas o controle deve ser realizado de forma assertiva, exigindo maior cuidado quanto aos medicamentos utilizados, doses e datas das aplicações.
Por isso, a importância da avaliação das categorias antes dos manejos é essencial, pois é preciso conhecer o desafio e direcionar o controle e tratamento de forma eficaz.