A expectativa para a economia brasileira em 2020 era positiva, mas a pandemia trouxe um cenário de drama e pessimismo global e aqui não foi diferente
O ponto fora da curva? O agronegócio! O cenário favorável se manteve.
Representante de 20% do PIB brasileiro, crescimento recorde na produção de grãos, aumento na área plantada com as principais culturas, investimento em máquinas e a utilização de pacotes tecnológicos avançados, são questões que evidencia como o setor está forte e saudável e que devem colocar o segmento como protagonista na retomada da economia brasileira.
Principalmente em um momento como este, de riscos iminentes, o seguro rural se apresenta como uma ferramenta de proteção da renda, da permanência do produtor no meio rural e da manutenção da cadeia produtiva.
O seguro rural é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola, por permitir ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos adversos. Contudo, é mais abrangente, cobrindo não só a atividade agrícola, mas também a atividade pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, o crédito para comercialização desses produtos, além do seguro de vida dos produtores.
O objetivo maior do seguro rural é oferecer coberturas que, ao mesmo tempo, atendam ao produtor e à sua produção, à sua família, à geração de garantias a seus financiadores, investidores, parceiros de negócios, todos interessados na maior diluição possível dos riscos, pela combinação dos diversos ramos de seguro.
Existem várias modalidades de seguro rural: agrícola; pecuário; aquícola; benfeitorias e produtos agropecuários; penhor rural; florestas; vida do produtor rural; cédula do produto rural.
Incentivo ao acesso
O valor do seguro sempre foi considerado alto demais pelos produtores rurais, acarretando em uma baixa contratação do serviço.
No entanto, o governo, por meio de subsídios, tem agido para que este panorama se modifique. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que foram disponibilizados R$ 440 milhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2019, beneficiando 58 mil produtores, com 95 mil apólices e R$ 20 bilhões em importância segurada.
Para 2020, o governo já aprovou o valor de R$ 1 bilhão para ajudar os agricultores a pagar um seguro.
É visível que o Mapa está agindo em várias frentes, com uma preocupação maior na qualidade e gestão da safra, escoamento de produção, formas de minimizar eventuais fraudes, ou seja, focado no desenvolvimento do setor propriamente dito.
O produtor rural começa a ter um melhor entendimento do seguro rural e é justamente nos momentos de crise que surge a necessidade de preservação do patrimônio.
Maquinário e estruturas seguradas
Com o investimento em maquinários e estruturas em suas propriedades (construção de armazéns, silos e aviários, por exemplo), surge a necessidade de proteção desses bens e o seguro se apresenta como uma solução relativamente barata, quando comparamos o valor da apólice com o prejuízo que ele pode ter.
Assim como o agronegócio está cada vez mais tecnológico, as seguradoras, que amparam o setor, estão buscando na tecnologia maneiras de explorar novos negócios e garantir produtos que atendam às necessidades no campo.
O seguro rural tem se apresentado como uma ferramenta importante para a gestão de risco do produtor.
A SUSEP – Superintedência de Seguros Privados é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. É uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia. Em caso de dúvida o produtor rural pode procurar a SUSEP pelo site.