Tecnificação e gestão eficiente têm atingido praticamente todos os setores da sociedade e na pecuária leiteira, isso não é diferente
Esses dois fatores estão entre os principais investimentos que os produtores têm feito para conseguir aumentar a produção de leite, fazer crescer a sua qualidade, além de reduzir os custos de produção em tempos de mão de obra escassa.
O avanço tecnológico proporcionou à atividade leiteira grandes avanços. Só nas últimas quatro décadas, a produção cresceu 185% no Brasil. Por outro lado, no caso do Rio Grande do Sul, a quantidade de produtores diminuiu 60,78% desde 2015, com mais de 51 mil deixando a atividade, de acordo com dados de 2023 da Emater-RS. A produtividade de litros/vaca/dia, no entanto, seguiu em curva contrária, crescendo quase 40%.
Nesse cenário, para a sobrevivência do negócio no setor, é preciso cuidar de muitos fatores. A fazenda não vai para frente sem qualidade na recria, na gestão financeira, na reprodutiva, na qualidade do leite e em tantos outros aspectos. Antigamente trabalhava-se de maneira braçal e, grande parte das vezes, o gerenciamento e a gestão acabavam ficando de lado, reduzindo a rentabilidade da propriedade.
Gestão e tecnologia andam juntas atualmente porém, segundo pesquisadores, o desenvolvimento da pecuária leiteira depende mais de gestão do que de novas tecnologias. A gestão da propriedade passa pela coleta rotineira de informações. Tudo deve ser organizado em um banco de dados atualizado. Este controle deve ser feito de maneira organizada e atualizado frequentemente. E para garantir essa presteza a tecnologia é um ferramenta muito importante. Assim, produtor e técnico têm subsídios para interpretar os dados que refletem o custo de produção para, então, planejar as ações de melhoria e gerenciar os resultados.
Os detalhes dessa conjunção serão expostos no maior evento de gestão voltada ao setor lácteo, a 11ª Interleite Sul, que está com inscrições abertas. O evento será nos dias 8 e 9 de maio, em Chapecó (SC). Serão apresentados exemplos de produtores, para inspirar e gerar insights ajudando a preparar, do ponto de vista estratégico, os técnicos, os produtores e as empresas atuantes no setor lácteo, sobre mudanças como a redução no número de propriedades e a profissionalização, abordando ainda como tornar a atividade atrativa para os trabalhadores, aumentando a produtividade da mão-de-obra.
A atividade deve reunir mais de mil pessoas em 23 palestras e encontros para networking. Durante dois dias de imersão, também serão discutidos desde as transformações propostas pela Inteligência Artificial (IA), os impactos das mudanças climáticas na produção de leite até as oportunidades de uma produção NETZero (significa zerar as emissões líquidas, diretas e indiretas, de gases do efeito estufa – sobretudo o dióxido de carbono (CO2), que é o mais abundante na atmosfera. Além disso, prevê a compensação de todo o lançamento dessas substâncias poluentes no ar).
As inscrições podem ser feitas CLICANDO AQUI.