Quanto menos materiais poluentes, dejetos e produtos químicos utilizados e quanto menos agressivo o manejo no plantio melhor será a forma de lidar com o ambiente. Neste sentido, a fertilização é um fator importante quando estamos na busca pela diminuição de poluentes.
E o fertilizante orgânico é um grande aliado nesta luta pela sustentabilidade. A principal característica dos fertilizantes orgânicos é que eles são naturais (sem aditivos sintéticos).
Você conhece as classificações para os adubos orgânicos? Confira:
Adubos orgânicos simples. Têm apenas uma origem, seja ela animal ou vegetal. Podemos citar como exemplo: restos de plantas, folhas, esterco etc.
Adubos orgânicos mistos. Consistem na mistura de dois fertilizantes orgânicos simples, gerando uma composição mista.
Adubos orgânicos compostos. Podem ter diversas origens: da indústria, da cidade ou do campo. Costumam, também, ser enriquecidos por minerais e outros princípios ativos para a melhora de suas características físicas, químicas e biológicas.
Contribuindo para a sustentabilidade e melhoria do solo
Materiais orgânicos, por reterem bastante água, têm capacidade de agregar melhor o solo, diminuindo a erosão. Além disso, ajudam a estabilizar a temperatura do solo.
Eles também apresentam a capacidade de estimular o desenvolvimento de uma rica biodiversidade no solo, criando um ambiente favorável para microorganismos e fungos, o que auxilia no crescimento da planta.
A maioria dos materiais descartados no dia-a-dia podem ser reaproveitados na sua lavoura, como borra de café, cascas de ovos e restos de frutas. Este procedimento é fácil e benéfico para você, para sua lavoura, para sua rentabilidade e, consequentemente, para o meio-ambiente.
Quais são os fertilizantes orgânicos mais eficazes?
Esterco animal (ou estrume). Este tipo de adubo costuma ser o mais utilizado. Ele é proveniente de dejetos de animais como o gado bovino, ovelhas, cavalos e outros animais herbívoros.
O estrume precisa de preparação para ser utilizado. Deve-se, um mês antes, juntar todos os dejetos e revirá-los a cada três dias, não deixando que o monte fique muito úmido — para que a umidade não propicie o surgimento de patógenos e microorganismos prejudiciais ao desenvolvimento da planta.
Compostagem. Neste método, é estimulada a decomposição de restos de materiais orgânicos que seriam descartados, como alimentos, grama cortada e folhas secas.
Para que o adubo seja preparado para o uso, são necessárias caixas de compostagem (composteiras) e o seguinte processo:
- Forra-se o fundo da primeira caixa com folhas;
- Deposita-se o material orgânico por cima;
- Coloque húmus e minhocas na segunda caixa, que ajudarão na decomposição do material;
- Na terceira caixa, por sua vez, será onde o fertilizante líquido obtido no processo (produto final) ficará armazenado.
Resíduos de minhocas (ou adubo vermicomposto). O húmus de minhoca é um grande aliado no crescimento das plantas, pois é extremamente rico em nutrientes.
Para prepará-lo, é necessário um viveiro dividido em três caixas. Na primeira caixa, serão depositados terra, minhocas e o material orgânico — resto de alimentos e plantas. Na segunda, ficam os dejetos das minhocas, após processarem a matéria orgânica disponibilizada. Já na terceira parte, é onde ficará armazenado o líquido final — o chorume — utilizado no processo da adubação orgânica.
Grama (cobertura morta). O procedimento de adubação com grama consiste em, basicamente, distribuir pela plantação a grama recém-cortada. Sua decomposição irá liberar matéria orgânica a ser processada pelos microorganismos do solo, que a transformam em “alimento” para as plantas.
Lodo de esgoto. O esgoto pode, realmente, ser benéfico para a plantação? — Não, o esgoto em si não traz vantagem nenhuma para a lavoura. Entretanto, o lodo produzido pelo tratamento de esgoto, sim.
Ele é um material orgânico, barato, secundário ao processo de purificação da água. Ele possui alto teor de nitrogênio e carbono orgânico, que são benéficos para o solo.
Este é um procedimento incomum, porém, acredite você ou não, é um método eficaz para a fertilização, além de ser sustentável. Entretanto, devemos sempre ter cautela ao lidarmos com este tipo de componente para adubação.
A utilização de fertilizantes orgânicos pode ser uma excelente decisão! Para o ambiente, para a produção, para a sua saúde e a de seus consumidores e para o bolso! Pense verde. Pense orgânico. Pense fertilizante orgânico!
