A redução do tempo para prenhez das fêmeas proporcionará maiores lucros aos produtores de gado de corte do Brasil.
Pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo desenvolvem estudo científico para criação de um sistema que permita a produção de novilhas precoces, ou seja, que consigam emprenhar com até 14-15 meses, quando o normal no Brasil é aos 24 meses.
O objetivo dos pesquisadores é que as novilhas desmamadas aos 180 Kg atinjam 300 Kg com até 15 meses de idade, momento que estariam prontas para ficarem prenhas – tempo 40% mais rápido do que a média alcançada pelos produtores brasileiros. A produção precoce é alcançada com a utilização de suplementação na alimentação dos animais.
A tecnologia ajuda na melhor remuneração dos produtores e traz vantagens para as indústrias frigoríficas e os consumidores em geral.
Fêmeas precoces para o mercado gourmet
As fêmeas que apesar de atingir o peso necessário não conseguirem emprenhar também podem ser usadas para aumentar os lucros dos produtores.
A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) desenvolve trabalho para engorda desses animais para um abate precoce. Estas fêmeas que não emprenharam são mantidas em um sistema de terminação intensiva a pasto, favorecendo a venda da carne no mercado gourmet.
Esta é mais uma entrega tecnológica dos Institutos de Pesquisa ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria. Essas entregas fazem parte de um programa do Governo do Estado de São Paulo, que coloca como meta a disponibilização de 150 soluções tecnológicas pela APTA até 2022. Só neste ano, serão mais de 50 nas áreas de agricultura, pecuária, sanidade animal e vegetal, pesca e aquicultura, economia e processamento de alimentos.
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