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Uma aliança pela biodiversidade e pela vida!

Aliança pela Retauração na Amazônia
Importante coalizão que envolve múltiplos setores e instituições, espera auxiliar produtores rurais e população local a restaurar a região
 
Já estamos acostumados a ver a floresta Amazônica sob os holofotes da opinião pública nacional e mundial por conta da perda de cobertura florestal e graves incêndios florestais. O desmatamento de fato precisa ser controlado.

 

Mas não só de destruição que vive o bioma

No entanto, estamos testemunhando um outro movimento feito por produtores, empresas, organizações e governos acaba passando despercebido: a restauração de florestas e paisagens.

A Amazônia tem hoje uma grande oportunidade econômica, social e ambiental a partir da restauração de suas áreas degradadas.

E já existe gente no campo fazendo essa restauração acontecer.
Um levantamento identificou 2,7 mil iniciativas de restauração em toda a Amazônia brasileira, somando uma área total de 113 mil hectares.
 
Esse levantamento foi produzido por uma importante coalizão que envolve múltiplos setores e instituições, e espera auxiliar produtores rurais e população local a restaurar a região, com melhoria de índices ambientais, sociais e econômicos na Amazônia. Trata-se da Aliança pela Restauração na Amazônia, um grupo formado em 2017 que une empresas, governos, academia e sociedade civil.
O objetivo da Aliança é promover, acelerar e dar escala à restauração florestal na Amazônia Brasileira. Atualmente, ela conta com 80 instituições-membro (10 governamentais, 13 acadêmicas e instituições de pesquisa, 21 empresas e 36 da sociedade civil, incluindo associações). A seguir apresentamos duas tabelas iniciativas de restauração de paisagens florestais na Amazônia.
O levantamento da Aliança mostra que a restauração florestal já é uma realidade no bioma, mas que ainda precisa de incentivos e apoio. Essas iniciativas ainda são pequenas em escala, mas mostram um futuro promissor para a restauração da floresta amazônica. Para ganhar escala, é importante aproveitar todas as estratégias de restauração e reflorestamento possíveis, identificando as melhores oportunidades para cada paisagem.
 

10 recomendações para a restauração ganhar escala

  1. Priorizar a implementação dos compromissos internacionais e das políticas nacionais
  2. Implementar os Programas de Regularização Ambiental (PRAs) estaduais
  3. Regulamentar o uso e manejo de áreas em regeneração natural
  4. Melhorar a operacionalização das linhas de crédito
  5. Fortalecer cadeias produtivas sustentáveis e a bioeconomia
  6. Criar e promover iniciativas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA)
  7. Priorizar áreas para restauração
  8. Investir em ensino, pesquisa, desenvolvimento, inovação e extensão
  9. Ampliar a participação de mulheres, povos indígenas e populações tradicionais na restauração
  10. Promover redes e espaços de diálogos entre setores

Um detalhamento sobre cada uma dessas ações pode ser encontrado no documento PANORAMA E CAMINHOS PARA A RESTAURAÇÃO DE PAISAGENS FLORESTAIS NA AMAZÔNIA.

Um caminho para a retomada

Além dos benefícios mais evidentes, a restauração de paisagens e florestas pode também ser um trunfo do país para uma recuperação econômica após a pandemia da Covid-19.

Uma retomada verde precisa contar com investimentos e incentivos para a restauração na Amazônia. A recuperação de áreas degradadas no bioma pode gerar emprego e renda, consolidar uma economia de base florestal e apontar para uma bioeconomia do futuro, que em vez de desmatar, aproveita os insumos da floresta.

 

A retomada verde pode fazer com que a Amazônia se torne um dos grandes motores econômicos do Brasil no século 21, além de proteger e restaurar a maior floresta tropical do mundo.

Fonte: Eco Amazônia, WRI e Aliança pela Restauração na Amazônia

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