Embora a doença seja de notificação obrigatória e de grande importância econômica, acredita-se que seja subdiagnosticada no Brasil
Quando um cavalo é afetado por essa doença, sua susceptibilidade a infecções secundárias, como pneumonia, aumenta significativamente. Tais complicações agravam o estado de saúde, desempenho e bem-estar do animal. Casos de influenza podem ocorrer durante todo o ano, porém, a maior incidência costuma ser observada durante o inverno, uma vez que o sistema respiratório é mais exigido nessa época, testando os limites de sua barreira natural de defesa.
O diagnóstico laboratorial é feito através do isolamento do vírus em swab nasofaríngeo coletado na fase aguda da doença e encaminhado prontamente ao laboratório (24h), sob refrigeração, em meio de transporte (MEM).
Os principais sintomas da influenza equina incluem tosse, febre, secreção nasal, lacrimejamento, inflamação na garganta, perda de apetite e emagrecimento. É crucial isolar os animais infectados para evitar a propagação do vírus e preparar o suporte adequado para prevenir o agravamento da afecção e o surgimento de doenças secundárias. Além disso, a profilaxia é fundamental, incluindo a vacinação regular dos equídeos, o monitoramento dos animais em locais de concentração e a adoção de boas práticas de higiene e manejo.
Caso não sejam feitos os tratamentos e as higienizações adequadas do local – após o surgimento dos sintomas – podem ocorrer complicações bacterianas secundárias, como a broncopneumonia crônica ou afecção. Caso o manejo seja adequado, e o animal não apresente complicações, a recuperação pode ocorrer, aproximadamente, entre 7 e 14 dias.
Nesse cenário, seguir um protocolo de imunização é essencial, pois alguns animais podem contrair o vírus sem manifestar os sintomas e atuar como fontes de transmissão. Além disso, o atestado de vacinação contra influenza equina é condicional para a emissão do Guia de Transporte Animal (GTA), que autoriza a circulação de animais em todo o território nacional.
Lembre-se, a prevenção é a melhor medida para se adotar no combate à doença. Para isso, algumas atitudes de manejo e biossegurança devem ser tomadas para evitar o surto da enfermidade, tais como:
- evite a superlotação;
- higienização dos itens coletivos;
- acompanhe sempre a saúde do seu cavalo;
- isole animais que apresentem sinais clínicos da doença;
- proporcione instalações ventiladas, higienizadas e limpas aos animais.
A melhor forma de prevenir a enfermidade é manter a vacinação do seu rebanho contra a influenza equina em dia. Ao mesmo tempo, você precisa estar pronto para agir em situações emergenciais e reconhecer os principais sinais de doenças, como esta.
Tratamento
Instalada a doença no seu haras, algumas providências devem ser tomadas para o tratamento dos animais. O vírus da influenza equina possui características peculiares. Sobretudo porque ele é capaz de sofrer mutações na sua estrutura. Portanto, não há um protocolo de tratamento específico para a enfermidade, mas ações devem ser implementadas.
Todos os equinos infectados devem ser rapidamente isolados do restante do rebanho, permanecer em repouso, ter acesso a água e comida de qualidade. Enquanto os animais estiverem acometidos pela doença, não devem realizar atividades físicas extenuantes, como por exemplo, competições. Se você tomar as medidas corretas a gravidade dos sinais clínicos será reduzida drasticamente.
Outro ponto que é bom lembrar é que o acompanhamento periódico de seu plantel por um médico veterinário capacitado é fundamental. Pois, é ele quem indicará, caso seja preciso, antibióticos corretos para o animal.
Texto baseado em artigo do médico-veterinário Fernando Santos da Syntec do Brasil