Período começa dia 15 de junho e se estende até 15 de setembro. Neste intervalo, está proibida a presença de plantas vivas de soja em território mato-grossense!
VAZIO SANITÁRIO
Período em que obriga-se não ter plantas de
determinadas espécies nas lavouras. Existem vazios para
cada cultura (de soja, feijão e algodão…) e sua função é
evitar que doenças fiquem incubadas para a safra seguinte.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) orienta que sejam destruídas todas as plantas guaxas (plantas de uma cultura anterior que persistem na nova lavoura são conhecidas como plantas tigueras, guaxas ou voluntárias) para não sofrerem sanções. O Vazio Sanitário foi instituído pela Instrução Normativa conjunta nº 002/2015 e o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT).
O presidente da Aprosoja-MT, Antonio Galvan, afirma que a entidade tem lutado e apoia integralmente o vazio sanitário da soja. “Incansavelmente temos lutado para manter esse período e o apoiamos, inclusive, livre de qualquer tipo de pesquisa que tenha soja verde. O defendemos desde a criação em 2006, e continuaremos lutando para que o vazio exista em sua totalidade”, reforçou.
O presidente também ressalta a importância de o produtor estar atento e cuidar ao máximo de suas lavouras para o controle da Ferrugem Asiática. “Pedimos aos produtores que façam a erradicação de qualquer pé de soja que possa existir, seja na lavoura ou no entorno da rodovia próxima de sua propriedade. É muito importante a erradicação e controle da ferrugem dentro desse período para mantermos esse mal afastado”, conclamou.
Na safra 2019/2020 foram cadastradas no INDEA-MT 12.441 propriedades com plantio de soja, com área declarada de mais de 8,8 milhões de hectares plantados.
Conforme a gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Jerusa Rech, a medida fitossanitária é importante, pois quebra o ciclo reprodutivo de pragas e doenças, principalmente da Ferrugem Asiática dentro da propriedade.
“Orientamos aos produtores a destruírem as plantas guaxas de soja, que são prejuízo para economia do Estado, para a região e para o próprio produtor, que também pode ser penalizado com multas se houver plantas vivas na área”, reforçou.
A ferrugem asiática da soja ocasiona perdas em torno de 20% ao ano, provocando a desfolha precoce da planta e impedindo a completa formação dos grãos, o que gera redução na produtividade, sendo considerada uma doença de importância econômica.