Os resultados de uma política ambiental errática aparecem nos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam o resultado das políticas ambientais implantadas pelo Ministério do Meio Ambiente cujo titular, Ricardo Salles, é investigado por participar de esquema de exportação ilegal de madeiras correndo o risco de ser preso.
O desmatamento na Amazônia cresceu 46% nos primeiros dois anos do atual governo se comparados ao período entre 2017 e 2018, chegando a mais de 21 mil km2 devastados. Este é o maior número da década para dois anos consecutivos.
A Amazônia Legal bateu mais um recorde de área sob alerta de desmatamento no mês de maio. Esse é o terceiro mês consecutivo em que os índices batem recordes históricos. Os dados contribuem para piorar a imagem do Brasil no mercado internacional.
Até o dia 28 de maio, a região tinha 1.180 Km2 de área sob alerta de desmatamento. Esse é o maior número de maio desde 2016. Os alertas foram feitos pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto. O sistema emite sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que três hectares, alertando sobre o problema de áreas desmatadas e em processo de degradação florestal.
Em unidades de conservação, a taxa de desmatamento saltou 62% nos dois primeiros anos do governo em comparação aos dois anos anteriores. Nas terras indígenas o número é ainda mais aterrorizante: um crescimento de 150%.
Nesta última sexta-feira (4), o Inpe divulgou que o desmatamento em maio deste ano cresceu 40% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O Estado que teve a maior área sob alerta foi o Pará, com 425 Km2. O número equivale a 36% do total que foi contabilizado até o dia 28. O Amazonas aparece em segundo lugar, com 289 Km2 sob alerta. Em terceiro lugar, aparece o Mato Grosso, com 242 Km2. Já Rondônia teve 180 Km2.
O Acre apareceu em seguida, com 31 Km2 sob alerta, seguido pelo Maranhão, com 11 Km2. Já Tocantins e Roraima tiveram um Km2 sob alerta, e o Amapá não registrou nenhuma área.
Fontes: O Globo, 247 e Brasil de Fato por Vinícius Segalla
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