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Lubrificando motores

Operação de lubrificação de motor
Um bom funcionamento do maquinário é fruto de uma boa manutenção
 
Os lubrificantes são indispensáveis para o bom funcionamento de um motor de combustão interna e merecem atenção diária dos operadores de máquinas agrícolas.

Lubrificantes em forma de óleo são classificados de acordo com:

  • Viscosidade (SAE)
  • Qualidade (API).

Antes de começar a lida, verifique sempre o nível de óleo do motor e, caso esteja abaixo do nível indicado, complete até o nível ideal.

NÃO SE ESQUEÇA! Esta operação deve ser realizada com o trator desligado, o motor frio e em local nivelado. 

Como identificar se o motor está precisando de o óleo? Além de verificar por meio da vareta, você deve estar atento a qualquer barulho estranho, fumaça excessiva no cano de descarga ou cheiro incomum.

E quando trocar o óleo?

Geralmente, a orientação é trocar o lubrificante a cada três meses. Mas, para tratores que operam diariamente, é recomendável que a troca seja feita a cada 200 horas de serviço.

ATENÇÃO! Ao trocar o lubrificante, o produtor deve substituir também o filtro de óleo. Aproveite para realizar a manutenção do filtro de ar do motor. 
Tenha sempre às mãos o manual de sua máquina para ficar ciente dos prazos estipulados e mantenha a periodicidade das manutenções. Um bom funcionamento do maquinário é fruto de uma boa manutenção.

Principais funções dos lubrificantes:

  • reduzir o atrito entre as peças metálicas do motor, evitando o desgaste das peças;
  • diminuir o ruído do motor, uma vez que as peças se movimentam de forma mais fácil;
  • controlar a temperatura do motor, uma vez as peças metálicas funcionando com atrito, geram calor;
  • limpar dos componentes, protegendo contra corrosão e formação de agentes ácidos no interior do motor.
O óleo lubrificante em bom estado de utilização promoverá maior eficiência do motor, menor consumo de combustível, menor gasto com manutenção, o que visa menor custo operacional para o produtor rural.

Com o uso do maquinário, observa-se a diminuição da viscosidade – este fator pode sofrer uma alteração de cerca de 10% quando comparado a um produto novo. Esse fenômeno ocorre pelo encontro do óleo com o combustível. Ao diminuir a viscosidade, um óleo lubrificante perde sua maior função e expõe o contato entre as peças metálicas do motor.
 
Também é possível observar uma maior viscosidade do óleo – com o óleo se tornando mais grosso. Esse fenômeno ocorre por acúmulo de sujeira, proveniente da queima do combustível, sujeira no ar que entra no motor, pequenas partículas de metal e umidade.
 
Um óleo “grosso”, com alta viscosidade, irá dificultar o funcionamento do motor, pois terá menor espalhamento entre as peças, elevando o consumo de combustível e a temperatura.
 
O produtor deve seguir as recomendações dos fabricantes que estão descritas no manual do trator! Não utilize lubrificantes de viscosidades diferentes em seu equipamento, isto certamente irá diminuir a vida útil e trará prejuízo.
Hoje, podemos encontrar óleos de multiviscosidade! No tempo mais frio, eles apresentam o grau de viscosidade 5 e, no verão, 30. Ou seja, quando o motor está em temperaturas mais amenas, o óleo apresenta uma viscosidade mais “grossa” e, à medida que a temperatura ambiente ou do motor aumenta, o óleo vai se ajustando à necessidade, passando a operar com viscosidade 30.

ATENÇÃO: Se os números apresentados na embalagem do produto forem maiores, significa que o óleo é mais viscoso, popularmente, mais grosso. Este avanço tecnológico foi excelente para aumentar a vida útil do motor de combustão interna, desta forma o lubrificante se ajusta à necessidade do motor, adequando-se a viscosidade pela temperatura do motor.

Outra classificação que observamos na embalagem dos óleos lubrificantes se refere ao local de utilização e à qualidade do produto, sendo divididos em três categorias e representados por letras.
 
Os motores à combustão interna que utilizam velas para a explosão do combustível (motores do ciclo OTTO) devem ser lubrificados pelos óleos API “S”.
 
Já para motores a diesel (motores do ciclo Diesel), é utilizada a sigla os API “C”.
Finalmente os óleos lubrificantes para engrenagens são os API GL, onde “GL” indica lubrificantes de engrenagens na língua inglesa.
 
A letra que acompanha a classificação de local de utilização se refere à qualidade do produto, geralmente vinculada à quantidade de aditivos presentes no óleo lubrificante. 

DICA PRINCIPAL: Sempre observe a recomendação do manual do trator para escolher qual lubrificante atende à necessidade da sua máquina e não deixe de realizar as manutenções referidas neste artigo, são rápidas, fáceis e de certo modo baratas em vista do prejuízo que pode vir a ocorrer ao não trocar o lubrificante.

Aproveitando que estamos falando de motores, que tal conhecer os principais aditivos para motores?

Detergentes dispersantes: substâncias que minimizam a formação de resíduos de carbono, produzidos na combustão.

Antioxidantes: aditivos que evitam a oxidação.

Anticorrosivos: protegem as partes metálicas da corrosão, podendo proteger o metal da umidade e/ou proteger o metal de outras substâncias corrosivas.

Antiespumantes: impedem a formação de espuma, que limitam a capacidade de lubrificação.

Extrema pressão: substâncias que impedem que a película formada entre partes em contato se desfaça.

Melhoradores do índice de viscosidade: substâncias que atuam em função da variação de temperatura, com a finalidade de diminuir os efeitos da temperatura na viscosidade dos óleos.

Abaixadores do ponto de fluidez: têm a finalidade de evitar a acumulação de cristais de parafina, que obstruem a circulação do óleo.

Anticongelante: compostos que evitam o congelamento dos lubrificantes em baixas temperaturas.

Cuide bem das suas máquinas e você terá aliados potentes na sua produção. Além de evitar futuros e inesperados prejuízos!
 
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