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BlogFlora RuraltecTV – Palmito Juçara

Palmito Juçara (Euterpe edulis) com visão pela parte inferioir da copa
O corte da palmeira para obtenção do palmito é proibido com exceção de áreas que possuem um plano de manejo aprovado por órgãos ambientais. A espécie demora no mínimo sete anos para produzir o palmito e sua extração exige que a palmeira seja derrubada, o que contribui para a devastação da espécie.

O Rio de Janeiro ainda possui grandes áreas de cultivo de banana e nessas áreas poderiam ser consorciadas as duas espécies, contribuindo para a geração de renda e para a conservação do palmito juçara. Essas ações são importantes para transformar áreas de produção agrícola em polos de conservação de diversidade de espécies e diversidade genética, além de produzir renda para os produtores de entorno de unidades de conservação.

PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis)
Ocorrência – da Bahia ao Rio Grande do Sul
Outros nomes – jiçara, juçara, palmito doce, içara, ripeira, ensarova, palmiteiro, ripa, inçara, iiçara, palmito branco, palmito vermelho, açaí do sul.

Características – espécie com estipe simples, reto, com 10 a 20 m de altura e 10 a 20 cm de diâmetro. Folhas de 1 a 1,5 m de comprimento, em número de 20 contemporâneas, pinadas, com bainhas de coloração acastanhada e folíolos longos, estreitos e geralmente pendentes, com a base das folhas formando o palmito. Esta palmeira monóica (espécie em que cada indivíduo apresenta órgãos sexuais dos dois sexos, indivíduos bissexuados ou hermafroditas) possui uma inflorescência infrafoliar (parte inferior da folha) muito ramificada, de 60 cm de comprimento, e espata acanoada que se desprende da planta com a inflorescência ainda jovem. Depois de maduros, os frutos esféricos são de coloração preta. Raízes bem visíveis na base do tronco. Sua dispersão natural é feita por vários mamíferos (morcegos, porcos-do-mato, serelepes) e aves (sabiás, jacus, tucanos, macucos, jacutingas).

Habitat – locais úmidos e sombreados da Mata Atlântica exceto em áreas de manguezais
Propagação – sementes
Utilidade – o estipe pode ser usado em construções rústicas e suas fibras na fabricação de vassouras. As folhas podem servir de alimentação para o gado e coberturas formando telhados rústicos. O principal produto é o palmito, alimento requintado, saboroso e valioso, preparado em conserva e consumido no mercado interno e externo. A palmeira é esbelta com ótimo potencial para paisagismo. Seus frutos são muito apreciados pela fauna silvestre.
Florescimento – setembro a dezembro
Frutificação – abril a agosto

Cuidados – para que não haja nenhum prejuízo à regeneração natural dessa espécie, deve ser mantido, no mínimo, 1 palmiteiro, em fase de frutificação, a cada 200 m2 de mata.

Ameaças – extração indiscriminada e destruição do habitat apesar da proteção da legislação ambiental. A extração do palmito, que resulta na morte da planta, é feita, na maioria das vezes, de maneira predatória, eliminando-se inclusive plantas muito jovens. Altamente ameaçada de extinção.

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