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Casca de pequi se transforma em pesticida natural

Estudante cria pesticida natural a partir de casca de pequi

Estudante cria produto biodegradável, que não prejudica o solo e ainda tem baixo custo

Aos 19 anos, o estudante João Matheus Balduíno, de Juazeiro do Norte, cidade localizada na Região Metropolitana do Cariri, no Ceará, desenvolveu um biopesticida usando o pequi como matéria-prima. O produto foi desenvolvido como seu último trabalho do ensino médio no Colégio Objetivo.

O pequi é muito comum na região e João percebeu que, durante a safra, havia muito desperdício. A ideia foi criar um pesticida natural e não prejudicial ao solo. O objetivo do estudante é fazer com que o produto chegue gratuitamente aos pequenos agricultores, que sofrem com os ataques de formigas-cortadeiras que fazem grandes estragos nas hortas, afetando a produtividade e a rentabilidade.

Aluno transforma casca de pequi em pesticida natural

João conta que a experiência só foi possível com a orientação da professora Lilian Duarte e, que para dar continuidade ao projeto, abriu financiamento coletivo no site Vakinha.

Outras características do pequi

Fruto típico do Cerrado, o pequi é base de vários projetos científicos, além de apresentar vantagens à saúde. O extrato do óleo do pequi possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidante e anticâncer.

Casca do pequi como alternativa de combustível renovável

Outro estudo importante para o usO da casca do pequi foi realizado pelas estudantes Aryane de Oliveira Coelho e Maria Alice Andrade Ferreira, do curso de Engenharia Química do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Campus Montes Claros.

A pesquisa, que durou cinco meses, apontou a presença de álcool no fruto na concentração de 8,5% (v/v) no destilado proveniente da etapa de fermentação. Isso significa que a partir do pequi é possível obter um combustível de fonte renovável de grande aplicabilidade social. A universitária Maria Alice (foto) conta que a casca do pequi foi obtida junto a comerciantes do fruto na cidade de Francisco Sá, no norte de Minas Gerais.

Um ganho para a sustentabilidade ambiental

O estudo não utilizou a polpa do fruto porque ele possui valor comercial e nutritivo. A estudante justifica o porquê de ter escolhido apenas a casca: “A escolha da casca de pequi veio da grande disponibilidade do fruto na região. Assim, nosso intuito foi impactar na redução de lixo orgânico na região, além do incremento da renda familiar daqueles que usam o fruto como fonte de renda, pois, assim, além da venda do caroço e do óleo de pequi, também seria possível a venda da sua casca para os possíveis produtores em larga escala desse bioetanol”.

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