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Ginseng – De Querência do Norte para o mundo

Produtor colhendo o ginseng
A planta é cultivada nas ilhas e várzeas do Rio Paraná
 
Até o fim do ano, o Sebrae realiza um levantamento de 110 regiões do Brasil que possuem potencial para conquistar o reconhecimento oficial como Indicações Geográficas (IG). No total, 79 regiões já foram diagnosticadas, a maioria voltada para o agronegócio.
 
Querência do Norte, município do noroeste do estado do Paraná, conhecido como o “Pantanal Paranaense”, que faz divisa com o Mato Grosso do Sul, é uma destas localidades.
 
A Associação de Pequenos Agricultores de Ginseng de Querência do Norte (Aspag) abriu o mês de fevereiro exportando para o Japão. Do pedido de 3 toneladas, foram enviados 450 Kg nessa primeira remessa. O restante está em fase de colheita e será embarcado nos próximos dias.
O Japão negocia mais duas toneladas do ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata) cultivado pela associação. Essa demanda deverá ser atendida logo após a exportação de cinco toneladas para a França e de outras cinco toneladas para a China, as quais foram negociadas, anteriormente.
 
A planta é cultivada nas ilhas e várzeas do Rio Paraná. O produtor e sócio-presidente da Aspag, Misael Jefferson Nobre, ressalta que o ginseng brasileiro de Querência do Norte é nativo no município e adaptado ao solo e clima da região. “Conseguimos colher o ano todo um produto com qualidade. Com capacitações e orientações estamos trabalhamos para buscar a IG, posicionar o produto e expandir o mercado”, diz.
A Aspag conta com uma área de 30 hectares e possui 27 agricultores associados. Além de trabalhar com agricultores em assentamento de reforma agrária, o projeto alcança os povos e comunidades tradicionais dos ilhéus do Rio Paraná.

Busca pela IG 

A expectativa dos produtores é aumentar a exportação e alavancar negócios com o mercado nacional nos próximos anos, ao agregar diferencial ao produto com a obtenção do registro de Indicação Geográfica (IG) junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na modalidade de Denominação de Origem.

O registro implica em reconhecer e proteger o valor agregado ao ginseng brasileiro cultivado em Querência do Norte. Nesse processo, a Aspag conta com apoio de universidades, Prefeitura de Querência do Norte, acompanhamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com suporte e orientação do Sebrae/PR.

O grupo trabalha com a perspectiva de fazer o depósito do registro da IG para análise do INPI num prazo de dois anos. Entre as ações que fazem parte do processo, a associação desenvolveu em 2020 o logotipo, material de apresentação contendo os selos de qualidade e certificações conquistados, rótulo, e aderiu ao Fórum Origens Paraná, iniciativa do Sebrae/PR que ajuda a posicionar pequenos produtores no mercado, e trabalha na organização de um caderno de anotações técnicas para produtores.
 
Outros produtos paranaenses na lista são a ponkan, do Vale do Ribeira, os vinhos de Bituruna, o porco moura e o queijo colonial do Sudoeste e a Cracóvia, de Prudentópolis.
 
Fonte: Sebrae – Agência Sebrae de Notícias

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