Sala de maternidade. Tudo começa no cuidado dispensado à ambiência e às condições sanitárias da sala de maternidade. Promova a adequada limpeza, desinfecção, secagem e manutenção das instalações antes do recebimento das fêmeas. Cheque o fluxo de água dos bebedouros, a condição e o ajuste dos comedouros, o funcionamento dos sistemas de calefação/ventilação e garanta que as salas foram bem limpas e desinfectadas.
Supervisão dos partos. Assegurar uma boa assistência aos animais durante o parto é a base para obter um maior número de leitões nascidos vivos, para garantir sua viabilidade nos primeiros dias de vida e para a manutenção da saúde reprodutiva da fêmea. Verifique as matrizes a cada 20 minutos. Não deixe as salas de parto sem supervisão. Observe o comportamento individual das fêmeas e saiba quando intervir. Priorize intervenções não invasivas como massagem e mudança de decúbito. Se for necessário intervir com toque, tome todos os cuidados de higiene e medicação preventiva. O toque feito no momento correto é a maneira mais efetiva para reduzir os natimortos.
Oriente e promova a mamada segregada. No período neonatal os animais são muito vulneráveis, pois possuem reservas limitadas de energia. Por isso, a orientação da primeira mamada é uma prática fundamental para a sobrevivência e desenvolvimento dos leitões. Oriente as mamadas nas primeiras 24 horas com o objetivo de proporcionar a ingestão uniforme de colostro. É necessário garantir que os leitões tenham uma adequada ingestão de colostro, uma questão de vida ou morte para categorias de <1 kg. Dedique maior atenção a esse manejo até o 3º dia de vida do leitão, uma vez que mais de 50% da mortalidade pré-desmame ocorre nesse período.
Uniformização da leitegada. Ao nascerem, os leitões de baixo peso apresentam desvantagens físicas na disputa pelo acesso à matriz com seus irmãos mais pesados. Faça a uniformização da leitegada entre 12 e 24 horas depois do parto. Utilize fêmeas jovens (<OP4), com bons tetos, para leitões de baixo peso. O número de tetos viáveis deve ser o balizador para a composição da leitegada. Siga o princípio de leitão por teto viável e jamais deixe tetos viáveis sobrando. Evite movimentos desnecessários. Monitore diariamente a evolução das leitegadas e intervenha quando necessário. Mantenha o foco na identificação e na resolução de possíveis causas de refugagem.
Manejo de alimentação das fêmeas. Após o parto, o arraçoamento das matrizes deve ser sem restrições. A restrição de ração culmina em baixa produção de leite e maior estresse da fêmea, podendo contribuir para o esmagamento do leitão. Nos primeiros três dias após o parto, tenha maior atenção ao momento do arraçoamento devido ao alto risco de esmagamento. Os leitões devem ser treinados para entrar na área dos escamoteadores. O consumo da ração pela fêmea está relacionado a sua ingestão de água, dessa forma, revise a disponibilidade de ambos diariamente.
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