Metodologia utilizada
Acima de 100, a posição é de otimismo e abaixo, de pessimismo. É interessante notar que, na composição do índice, o segmento dos entrevistados de dentro da porteira, ou seja, os agropecuaristas, é o que apresentou o melhor resultado, com 132,7 pontos, seguido pela agroindústria (123,3) e empresas de insumos agrícolas (122).
Os números são congruentes com o desempenho setorial. A safra de grãos 2019/20, um recorde, está estimada em 257 milhões de toneladas, 4,8% acima na comparação com 2018/2019. Quase 70% do aumento referem-se a ganhos de produtividade e eficiência, impulsionados por tecnologia. Ademais, o agronegócio, cujo PIB é de R$ 1,55 trilhão, representa 21,7% do nacional e suas exportações, 43% do total do País, garantindo o superávit de nossa balança comercial, com embarques significativos de produtos como soja, carnes, cereais e do complexo sucroalcooleiro.
O campo não se abateu com a pandemia e ante fatores internos de nosso país passíveis de prejudicá-lo, como alguns projetos relativos à reforma tributária em trâmite no Congresso Nacional, que podem aumentar sua taxação agravando os custos da produção em 2021.
Em São Paulo, estado forte no agronegócio, o governo tem dialogado com o setor e sido razoável no aspecto fiscal. O Brasil precisa mesmo de um sistema de impostos mais moderno e desburocratizado, entretanto menos oneroso para a sociedade, em especial no tocante aos segmentos que mais geram empregos, renda e divisas internacionais.
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