O manejo na vacinação deve ser feito de maneira racional e com planejamento para evitar perda de doses, menor número de agulhas tortas, redução de abscessos, menor índice de acidente de trabalho com os animais, além de otimizar a eficácia da imunização
Para facilitar o dia a dia do manejo e ainda auxiliar para obter melhores resultados, separamos algumas regras que você deve seguir:
Na seringa, procure trabalhar com poucos animais, pois isso facilita a entrada deles no brete. Evite manter os animais por longo tempo nas mangas do curral.
Leve os animais ao brete sem correria, gritos ou choques para evitar que eles se estressem.
Não encha o brete a ponto de apertar os animais, nem as mangas, onde os animais devem ocupar no máximo metade do espaço disponível.
Conduza um a um os animais ao tronco de contenção, o que pode ser facilitado com a utilização de bandeiras.
A contenção deve ser sempre individual e não se esqueça de trabalhar com os portões laterais fechados durante a entrada do animal no equipamento. É questão de segurança para quem maneja e evita lesões sérias no animal, caso ele tente escapar.
Antes de conter o animal com a pescoceira, feche a porteira dianteira do tronco de contenção e só depois contenha-o com a pescoceira.
Dê preferência para conter cada animal na pescoceira com ele já parado e sem golpes.
O fechamento das porteiras de entrada e saída também deve ser feito sem pancadas.
A equipe de trabalho deve estar bem posicionada: uma pessoa cuida da porteira de entrada e da contenção do posterior do animal (quando necessário) e outra cuida da porteira de saída e da pescoceira. Com o animal contido, um deles realiza a aplicação da vacina. Com isso, há diminuição do risco de acidentes e menor desgaste dos vaqueiros.
No caso de mais de um tipo de vacina ou de aplicação simultânea de vermífugos, é conveniente contar com mais uma pessoa, aplicando os produtos em lados opostos do pescoço do animal.
Após a contenção do animal, abra a janela do tronco e proceda à vacinação. Em seguida, feche a janela, solte a pescoceira e, só então, abra a porteira dianteira de saída.
O ideal é que o animal saia direto em uma manga ou piquete que tenha água e sombra e, se possível, que encontre ali uma recompensa na forma de alimento (isso pode ser feito a cada lote, ou no caso de lotes muito grandes, a cada 20-30 animais).
Ao final do trabalho, faça o possível para passar os animais novamente pela seringa, brete e tronco de contenção (com todas as porteiras abertas), conduzindo-os imediatamente de volta ao pasto.
Siga estes passos e você estará colaborando para o bem-estar de seus animais e para a otimização da produção.
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