MEIO AMBIENTE -  Como atrair corrupião

Sistema de produção de biogás a partir de dejetos da suinocultura
Em 2020, 69 novas plantas de produção do gás renovável, de diferentes tamanhos, foram concluídas no país, segundo a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás)
 
Nos últimos dois anos, os investimentos em novas plantas foram de mais de R$ 700 milhões. Só no ano passado, esses projetos injetaram no sistema 50 megatwatts (MW), o equivalente a 100 milhões de metros cúbicos de biometano por ano.
 
A maioria das novas unidades foram erguidas por empresas e cooperativas agropecuárias interessadas em reaproveitar resíduos, sobretudo da criação de animais, para diversificar a produção e aumentar a renda. 

Biogás e o agro

O setor com maior espaço de expansão da capacidade é o sucroalcooleiro, avalia a associação, que prevê potencial de produção de até 57,6 milhões de metros cúbicos por dia dada a capacidade atual do setor.

Além disso, outros tem grandes potenciais de produção:

  • Segmento de proteína animal – 35,3 milhões de metros cúbicos diários
  • Segmentos agrícola – 18,1 milhões de metros cúbicos diários
  • Segmento de saneamento – 6,1 milhões de metros cúbicos ao dia.

Várias utilidades

Resultado da decomposição de materiais orgânicos hoje descartados no ambiente, o biogás tem a versatilidade de ser utilizado tanto para a geração de energia como na produção de biometano para indústrias, residências e automóveis.

Por ser uma alternativa renovável ao gás natural fóssil, o biogás começa a atrair o interesse, até pelo alto potencial financeiro atrelado à baixa emissão de carbono.

A produção nacional de biogás atual é de 1,5 bilhão de metros cúbicos ao ano, o que representa menos de 4% da produção de origem fóssil. O volume também está longe do potencial de biogás no Brasil, de 40 bilhões de metros cúbicos anuais, segundo a ABiogás.

Vários aportes menores ou mesmo em mini e microgeração distribuída (com potência de até 5 MW) também vêm ocorrendo e representam pouco menos da metade da capacidade adicional de 2020.

Para este ano, especialistas apontam que deverão aumentar os incentivos tanto para o biogás na matriz elétrica como para biometano.
Apesar dos potenciais, a fonte ainda encontra gargalos. Uma delas é a falta de fornecedores industriais que garantam o desempenho dos equipamentos no pós-venda. Em sua avaliação, o investimento em biogás ainda é caro, se depender de fornecedores estrangeiros.
 
No entanto, o valor do aporte pode mudar muito a depender da matéria-prima. A Abiogás calcula que uma planta associada a uma usina sucroalcooleira custe entre R$ 50 milhões e R$ 200 milhões. Para plantas associadas à criação de animais, em torno de R$ 10 milhões.
 
Fonte: Grupo Idea

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