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Enoturismo no Brasil

Vinho, queijos e uvas na cantina
Segmento chama atenção de visitantes no retorno às atividades turísticas
 
Seguindo a tendência da retomada das atividades turísticas no Brasil, que aponta para a preferência por viagens curtas e com natureza, o segmento de enoturismo está em plena recuperação. E otimista. O turismo associado à cultura, tradição e apreciação de vinhos tem se fortalecido no país, juntamente com a estrutura de atendimento ao turista com hotéis, pousadas, bares e restaurantes. O cenário fica ainda mais promissor com a chegada da vindima, que é a época de colheita das uvas.
Os números mostram que o enoturismo foi responsável por muitas viagens pelo Brasil. De acordo com a Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura), antes dos impactos da pandemia de coronavírus, o número de “enoturistas” vinha crescendo de 10% a 15% ao ano. Apenas a cidade de Bento Gonçalves (RS) recebeu mais de 1,5 milhão de turistas em 2019, sendo 500 mil somente no Vale dos Vinhedos. A expectativa é que em 2021 o setor possa retomar a mesma performance.

Grande parte das vinícolas são pequenas e familiares, com uma dependência muito significativa do enoturismo. A venda direta ao consumidor no próprio varejo da vinícola, o contato do produtor com o turista, as experiências em torno da cultura da uva e do vinho são fundamentais para o desenvolvimento do setor.
A partir do crescimento do enoturismo, surgiu também uma estrutura para atender os visitantes. Um exemplo é o Vale dos Vinhedos, única região do país com Denominação de Origem (DO) de vinhos.
 
Como o turismo de proximidade ainda deve aumentar muito em razão das viagens para o exterior ainda estarem distantes, o enoturismo só tem a crescer.

Experiências

Dependendo da época do ano, o turista pode viver experiências diversas no enoturismo, mas é só de janeiro a março que ele vive a vindima no sul do país. É possível, inclusive, participar da colheita numa programação turística pensada especialmente para esta finalidade. As experiências contemplam, ainda, piqueniques, almoços e jantares harmonizados, cursos rápidos de degustação, visitas guiadas com degustação, passeios de trator no meio do vinhedo, colheita noturna, cinema entre os vinhedos, entre outras opções.

A cidade de Bento Gonçalves, por exemplo, foi pioneira no Selo Ambiente Limpo e Seguro que capacitou e avaliou os estabelecimentos do segmento. A iniciativa é do governo local baseada nos protocolos de segurança do Ministério da Saúde que prevê a disposição de com álcool em gel 70%, uso e disponibilização de máscaras, distanciamento controlado, diminuição da capacidade de atendimento, limpeza geral a cada 3 horas, sinalização para conscientização, treinamentos.
O enoturismo é o grande responsável pelo sustento das pequenas vinícolas familiares que são maioria no setor. Além disso, apostando em experiências sensoriais capazes de criar memórias para uma vida inteira, as vinícolas não medem esforços para criar novos atrativos em torno da cultura do vinho.

Vale dos Vinhedos

Uma das mais famosas opções de enoturismo no Brasil, o Vale dos Vinhedos se localiza no centro do triângulo formado pelas cidades de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Garibaldi.

O Vale dos Vinhedos é a primeira região brasileira oficialmente reconhecida como Indicação Geográfica e a ter Denominação de Origem (DO), uma classificação exclusiva e que garante que os vinhos e espumantes produzidos ali tenham qualidades únicas.

Fonte: Ministério do Turismo – Amanda Costa

Para entender o Vale dos Vinhedos – Documentário Memórias do Vale dos Vinhedos
 
Vinhos do Brasil – Serra Gaúcha

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